Primeiro técnico de Ronaldo revela apelido no São Cristóvão: Mônica

Roberto Gaglianone conta que antes de ganhar o apelido de Fenômeno, ele era comparado com a personagem de Mauricio de Souza, devido aos dentões

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O "Esporte Espetacular" vai mostrar reportagens especiais sobre Ronaldo Fenômeno. Mas antes de conquistar esse apelido, o craque ganhou um outro, logo no início de sua carreira, no São Cristóvão. E quem conta essa história e muitas outras curiosidades sobre o camisa 9 é o primeiro técnico de futebol de campo: Roberto Gaglianone.
Aos 13 anos, Ronaldo conheceu o treinador quando despontava nas categorias infantil e juvenil do time da Zona Norte do Rio de Janeiro. Gaglianone percebeu que o garoto de Bento Ribeiro era diferenciado. Principalmente pelo futebol, mas também pelos dentões. Pronto, ganhou rapidamente o apelido de Mônica (personagem das histórias em quadrinhos do cartunista Mauricio de Souza).
- O Ronaldo, quando chegou aqui, por causa dos dentes para fora, ganhou o apelido de Mônica, aquela do Cebolinha - revelou.

No São Cristóvão, Ronaldo ganhou o apelido de Mônica, pelos dentões (Foto: Editoria de Arte/Ge.com)

Apesar das brincadeiras, Ronaldo não se abalou e mostrou as habilidades que o fizeram ser o melhor jogador do mundo por três vezes. Das quadras para o campo, o menino mostrava que tinha talento de sobre e despertou a atenção do primeiro treinador.
- Olha, ele veio do futebol de salão para cá. Com aquela ginga, drible rápido, ligeireza a conduzir a bola, pensando rápido. O que sabia fazer melhor era jogar bola. Nas atividades diárias, eu já tinha visto que dali sairia um grande jogador. Não imaginava a grandeza que ele iria ser, o Fenômeno para todo mundo, campeão do mundo... Mas eu sabia - disse Gaglianone.

O primeiro treinador guarda recortes de jornal do
Fenômeno (Foto: Reprodução/TV Globo)

E a agilidade de Ronaldo não se resumia ao campo. Fora dele, Roberto Gaglianone revela mais uma curiosidade sobre o Fenômeno:
- Ele era pidão mesmo! Tinha no grupo um garoto de poder aquisitivo bom. Quando ele via o seu Haroldo aqui, o pai do menino, ele torcia para acabar o treino rápido para chegar no seu Haroldo e pedir algum. E sempre pegava. Dificilmente saía daqui sem um lanche e um dinheirinho no bolso. O que ele mais pedia era um dinheirinho. Toda vez que eu chegava para pegar o carro depois dos treinos tinha sempre umas moedas no porta-luvas que ele já chegava esfregando o dedo: 'o que tem hoje aí?' E já pegava as moedas que eu dava para ele - contou.
Neste domingo, no "Esporte Espetacular", você vai conhecer muitas outras histórias sobre Ronaldo. O primeiro companheiro de ataque, o primeiro treinador que o convocou para a Seleção Brasileira, o último jogo, entre outras curiosidades. Não perca!