José Aldo volta aos seus tempos de menino no dia das crianças no Maraca

Acompanhado da filha e da esposa, campeão do Ultimate torce, sofre e até mostra dedos médios para a torcida do Cruzeiro durante vitória do Flamengo

Por Marcelo Russio Rio de Janeiro

Em uma tarde dedicada inteiramente às crianças, José Aldo pôde voltar a ser menino no Maracanã. Acompanhado da filha, Joana, e da esposa, e ao lado de amigos como Thales Leites, Rogério Minotouro, Rafael Feijão e Warlley Alves, o campeão dos penas do UFC assistiu à vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Cruzeiro. Torcedor rubro-negro confesso, Aldo chegou ao estádio por volta de 15h30 usando uma camisa do time com seu nome nas costas. Após posar para fotos com a filha, o campeão concentrou-se na partida. Tenso, ele vibrava a cada jogada, dava instruções aos jogadores e falava muito, às vezes sozinho, e outras com quem estivesse ao seu lado. O nervosismo era evidente.

José Aldo sofreu e vibrou durante a vitória do Flamengo sobre o Cruzeiro neste domingo (Foto: Marcelo Russio)

O gol contra de Dedé, aos 13 minutos do primeiro tempo, fez o campeão explodir. Pulando sem parar, Aldo desabafou contra a torcida cruzeirense, que estava à sua direita, mostrando os dedos médios das duas mãos enquanto cantava as músicas da torcida rubro-negra.
- O juiz tá de brincadeira, só marca falta contra a gente. Mas estamos ganhando, está bom. Só não pode recuar - disse Aldo.

José Aldo comemora gol do Flamengo com gesto ofensivo para cruzeirenses (Foto: Marcelo Russio)

Ao fim do primeiro tempo o lutador pôde relaxar um pouco, e após tirar fotos com torcedores dos camarotes vizinhos e comer um cachorro-quente, fugindo um pouco da dieta rigorosa a que se impõe por estar a menos de duas semanas da defesa do cinturão contra Chad Mendes no UFC Rio 5. De muito bom humor, mostrava a filha uniformizada a todos os presentes.

José Aldo com a filha no Maracanã
(Foto: Marcelo Russio)

- Ela vem comigo sempre ao Maracanã. Adora ver a torcida, canta as músicas. Não deixo de trazer. Essa já é rubro-negra, e é a minha cara, só que muito melhorada - brincou antes de voltar para a cadeira para assistir ao segundo tempo.
Novamente concentrado no jogo, Aldo festejou os outros dois gols rubro-negros, marcados por Canteros e Gabriel, comentando a atuação do time.
- Se jogar assim na Copa do Brasil, acaba levando o título. No Brasileirão acho que não dá mais, estamos muito longe. Mas a torcida está empurrando o time, tá jogando junto. Quando é assim, fica difícil segurar o Mengão - disse.
A presença dos lutadores foi uma estratégia do UFC para divulgar o evento do próximo dia 25 de outubro, que acontece no Maracanãzinho, marcando o retorno dos eventos de luta ao ginásio. Antes da chegada de Aldo ao estádio, os demais lutadores participaram de um jogo de perguntas e respostas na área "Maracanã Mais", e ajudaram torcedores a ganharem brindes exclusivos do UFC como cadernos, fichários, copos e, principalmente, dois pares de ingressos para a pesagem e para o evento em cadeiras VIP.
Após a interação com o público, na qual tiraram muitas fotos, os atletas voltaram para o camarote para tirar mais fotos com as crianças presentes, e a partir daí quem roubou a cena foi Valentina, filha de Thales Leites. Com cinco anos de idade, a pequena circulava com desenvoltura pela área e tirava fotos com muita simpatia. O jogo não recebia muita atenção da pequena, mas os balões de gás a fascinaram. Os ornamentos, que decoravam o camarote, eram levados aos montes por Valentina para a área externa ao camarote. Muitos acabaram voando e indo para a cobertura do estádio.
Os lutadores deixaram o local pouco antes do fim da partida, para evitar o acúmulo de torcedores na saída do estádio. Menos Aldo. O campeão esperou o apito final para comemorar a vitória e deixar o local com sua família, sendo sempre muito cumprimentado e assediado por torcedores e fãs.

Rafael Feijão, Rogério Minotouro, José Aldo, Warlley Alves e Thales Leites (Foto: Marcelo Russio)

Felipe Sertanejo sonha em enfrentar Frankie Edgar: "Sou muito fã do cara"

Lutador contesta resultados passados e mostra humildade ao avaliar sua situação atual: "Ainda estou instável". Ele volta ao octógono no UFC Rio 5

Por Ivan Raupp São Paulo

Quando seus ídolos viram seus adversários, você recebe um claro sinal de que atingiu o sucesso. A campeã peso-galo (até 61kg) do UFC, Ronda Rousey, sempre diz isso quando o assunto é o possível e muito especulado duelo contra Gina Carano, de quem sempre foi fã. E um lutador que espera também alcançar esse status um dia é Felipe Sertanejo. O peso-pena (até 66kg) brasileiro revela que tem o sonho de enfrentar o americano Frankie Edgar, ex-campeão dos leves (até 70kg) do Ultimate, apesar de admitir que ainda está longe desse objetivo.

Felipe Sertanejo é atleta da Chute Boxe Diego Lima, em São Paulo (Foto: Ivan Raupp)

- Vou ser muito sincero. Não estou nem perto de lutar contra ele, mas sou muito fã do cara e adoraria poder enfrentá-lo algum dia. Estou falando do Frankie Edgar. Sou muito fã dele. E o Charles (do Bronx) fez uma guerra contra ele. Foi uma baita luta. É um combate que eu queria. Mas vai demorar ainda. Daqui a umas quatro, cinco, seis, dez lutas, quem sabe um dia? Não é desafiar, longe disso, mas é para ter aquela sensação de falar: "Poxa, saí na mão com o Frankie Edgar. Bati no Frankie Edgar". Se Deus quiser, um dia poderei fazer isso. Gostaria muito - disse Sertanejo ao Combate.com, relembrando a derrota do amigo para Edgar por decisão unânime dos jurados no UFC 162, onde ganharam o prêmio de "Luta da noite".
Em seis lutas no UFC, Felipe Sertanejo tem três vitórias, duas derrotas e um empate. Dois desses resultados, no entanto, são considerados injustos por ele: o empate com Miltinho Vieira e o revés por decisão dividida para Kevin Souza. Ainda assim, o paulistano mostra humildade ao avaliar sua situação atual na organização:

Frankie Edgar (Foto: Ivan Raupp)

- Acho que estou construindo. Não me estabilizei ainda, tenho essa consciência. Tive uns resultados que, na minha opinião, não foram muito justos. Era para eu estar vindo numa sequência de vitórias. Por exemplo, sou amigo do Miltinho (Vieira), converso com ele, mas acho que ganhei dele. Na luta contra o Kevin (Souza) eu o botei para baixo o tempo inteiro. Terminei montado. No segundo round eu botei para baixo umas três vezes e terminei batendo. É uma luta que não entra na minha cabeça e nunca vai entrar, mais até do que a do Miltinho. Isso é complicado. Me sinto um pouco injustiçado, mas não quero ficar pensando nisso, até porque já passou. Não existe como voltar atrás. Sei que ainda estou instável. Quero primeiro me estabilizar, para depois pegar um top 15, um top 10 e devagarzinho chegar lá.
Sertanejo, de 26 anos, vem de triunfo sobre Maximo Blanco e tentará emplacar o segundo seguido no dia 25 de outubro, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O adversário dele no UFC Rio 5, ou UFC 179, é o americano Andre Fili. O duelo faz parte do card preliminar do evento.
UFC 179
25 de outubro de 2014, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD PRINCIPAL
Peso-pena: José Aldo x Chad Mendes
Peso-meio-pesado: Glover Teixeira x Phil Davis
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Hans Stringer
Peso-pena: Darren Elkins x Lucas Mineiro
Peso-leve: Diego Ferreira x Beneil Dariush
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio: William Patolino x Neil Magny
Peso-leve: Yan Cabral x Naoyuki Kotani
Peso-mosca: Wilson Reis x Scott Jorgensen
Peso-pena: Felipe Sertanejo x Andre Fili
Peso-leve: Gilbert Durinho x Christos Giagos
Peso-leve: Fabrício Morango x Tony Martin

Técnico tenta explicar fase de Paulo Thiago: "Problema é só psicológico"

Josuel Distak, líder da XGym, cita "medo de perder de novo" após derrotas consecutivas, saída do Bope e "má sorte" do lutador por levar knockdowns

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro

O treinador Josuel Distak (Foto: Ivan Raupp)

Após 10 vitórias em solo nacional, Paulo Thiago foi contratado pelo UFC em 2009 e estreou no octógono com um nocaute surpreendente sobre o veterano e bem ranqueado Josh Koscheck. Nas três lutas seguintes, perdeu para o também experiente Jon Fitch, resultado considerado normal, e venceu Jacob Volkmann e Mike Swick. Chegou a ser tratado como uma promessa do Brasil na organização. De lá para cá, no entanto, foram mais nove duelos, com sete derrotas e apenas dois triunfos. O nível das performances do brasileiro foi caindo gradativamente, assim como a relevância dos adversários. O que houve? Como explicar uma queda tão substancial em cinco anos? O Combate.com procurou o treinador principal de Paulo, Josuel Distak, que apontou o lado psicológico como grande obstáculo que o lutador de Brasília enfrenta atualmente.
Para Distak, as seguidas derrotas têm minado cada vez mais a tranquilidade de Paulo Thiago - perdeu as três últimas lutas, para Brandon Thatch, Gasan Umalatov e Sean Spencer. É o que o técnico chama de "medo de perder de novo". E por conta dos maus resultados, o atleta acaba sendo questionado diversas vezes a respeito da pressão e da ameaça de demissão. Mas o UFC parece apostar mesmo em Paulo, pois, pelo menos até a publicação desta matéria, ele seguia com contrato vigente na organização, o que o torna uma rara exceção nesse quesito.

A derrota atrapalha um lutador, porque ele fica com medo de perder de novo"

Josuel Distak

- A derrota atrapalha um lutador, porque ele fica com medo de perder de novo. O Fedor (Emelianenko), melhor lutador de todos os tempos, perdeu para o (Fabricio) Werdum e em seguida perdeu também para Pezão e Dan Henderson. Ele voltou para o lugar dele e teve de fazer um trabalho psicológico. Aí voltou a ganhar. O medo de perder de novo é uma barreira muito grande. Mas nós vamos trabalhar isso. Os leões sempre dão a volta por cima. O problema do Paulo é só psicológico. O resto está tudo ok - disse Distak.
O treinador contou que já acertou parceria com uma psicóloga para dar suporte não só a Paulo Thiago, mas a todos os lutadores da equipe XGym, do Rio de Janeiro, na questão emocional a partir de agora. E para o peso-meio-médio (até 77kg) brasiliense será ainda mais importante. Segundo Distak, o fato de Paulo há cerca de quatro meses ter trocado o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), com o qual tinha grande identificação, tendo inclusive o apelido de "Caveira", pelo Batalhão de Polícia de Choque, abalou-o bastante. O lutador também mudou sua música de entrada de "Tropa de Elite", do Tihuana, para "Que país é esse?", do Legião Urbana, no último duelo.
- Para quem não sabe, o Paulo saiu do Bope. O Paulo tem a maior paixão pelo Bope, e até na luta teve que mudar a música de entrada. Trocou o comandante do batalhão, e ele proibiu o Paulo de treinar, para ele fazer a missão de trabalho por lá, e isso o atrapalhou. O coração dele ficou dividido, porque o Paulo é apaixonado pelo Bope. Mas ele teve que trocar de batalhão, teve que resolver os problemas por lá, e isso também atrapalha emocional e psicologicamente. Essa foi a maior dificuldade dele. O Paulo ama o Bope, ama ser o "Caveira". Isso influenciou com certeza. Você olha a música com a qual ele entrou, do Legião Urbana. A música antiga (Tropa de Elite) inspirava o Paulo, trazia a torcida junto dele. O emocional dele foi abaixo ali.

Paulo Thiago (de costas) perdeu para Sean Spencer em Brasília, sua casa (Foto: Rodrigo Malinverni)

Contactada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Paulo Thiago, por outro lado, negou que a troca de batalhão o tenha influenciado emocionalmente e disse que ele deixou o Bope somente por conta da missão de reforçar o Choque nos eventos da Copa do Mundo. E continua por lá. A assessoria afirmou ainda que a mudança de música foi ideia do próprio lutador para homenagear sua cidade, Brasília, com o som de uma banda local.

O Paulo não está tendo sorte.
Mas não dá para dizer que é questão de tática ou técnica. Só que estamos levando má sorte
em tomar knockdown"

Josuel Distak

Outro ponto destacado por Josuel Distak é a sorte. Ou a falta dela, de acordo com o treinador. Ele lamentou os knockdowns sofridos por Paulo Thiago nas últimas lutas. Na última, contra Sean Spencer, o atleta foi ao chão após um direto logo no início do combate.
- Esse último camp foi o melhor da história do Paulo Thiago. A gente estava pronto para vencer. Mas a gente tomou uma mão em menos de 5 segundos, e a luta desandou. A luta entre o Tim Kennedy e o Yoel Romero foi um exemplo disso. O Romero teve 28 segundos para se recuperar e fazer uma luta dinâmica. E o Paulo não teve esse tempo. Teve que se recuperar aos trancos e barrancos. Você vê que ele estava bem condicionado. Depois do knockdown, tentamos buscar a luta, mas desandou. Na outra luta (contra Gasan Umalatov) ele também tomou knockdown. Todo mundo pode tomar knockdown, mas são poucos os que se recuperam e terminam lutando. Tem lutador que toma knockdown e não volta. Na última eu não vi um lutador de muita expressão. Vi um lutador que teve sorte de conectar um golpe no Paulo Thiago, e nós tentamos buscar a luta, só que não deu. Paciência. Mas a gente acredita que o Paulo vai dar a volta por cima na sorte de luta, não na sorte de treino. Para todos os meus lutadores eu digo: a vontade de treinar tem que ser maior do que a vontade de vencer. O Paulo não está tendo sorte. Mas não dá para dizer que é questão de tática ou técnica. Só que estamos levando má sorte em tomar knockdown. Não vejo o Paulo vencendo, mas ele tem tentado buscar a vitória. Ele está se livrando do fantasma.

"Pipeline Europeia", Supertubos pode consagrar Medina na história do surfe

Fenômeno de 20 anos tem a chance de conquistar inédito título mundial na etapa de Peniche, cidade pacata portuguesa que reúne elite do surfe até o dia 23 de outubro

Por Carol FontesDireto de Peniche, Portugal

1. o que medina precisa para ser campeão mundial em peniche
2. confira as baterias da 1ª fase em portugal

saiba mais

• Confira o ranking do circuito mundial
• No "olho do furacão", Medina poupa aéreos em treino em palco alternativo
• Ventos de até 100km/h provocam caos e atrasam etapa de Peniche
• Perto de título inédito para o Brasil, Medina espanta trauma em Portugal
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• Amuleto de Gabriel Medina, irmã de 9 anos segue os passos do fenômeno
• Medina vira tema de música reggae e se empolga com homenagem

A pequena cidade portuguesa de Peniche, de apenas 8,9 mil habitantes, entrou para o mapa do surfe mundial com a famosa praia de Supertubos, conhecida pelas ondas perfeitas e tubulares. A cerca de 90 quilômetros de Lisboa, a península oferece uma série de "beach breaks" - fundo de areia -, com ondulações abrindo para os dois lados, rampas de decolagem para aéreos, paredes verticais para soltar o pé em manobras mais explosiva, além de tubos e mais tubos para a esquerda. Batizada de "Pipeline Europeia", a praia costuma receber competições de surfe, jet-ski, kitesurfe, windsurfe e bodyboard. Palco ideal para o espetáculo de Gabriel Medina, que luta para conquistar o inédito título mundial para o Brasil na penúltima das 11 etapas do Circuito Mundial de Surfe (WCT). Campeão por lá em 2013, o australiano Kai Otton mede forças com o brasileiro e o compatriota Jacob Willcox na sexta bateria da primeira fase, que pode começar nesta terça-feira, às 3h30 (de Brasília), dependendo das condições climáticas.

- Gosto muito de Portugal e da onda de Supertubos, me sinto em casa aqui. Falamos a mesma língua, a comida é parecida e o ambiente da cidade é bem legal. Toda a vez que eu venho rolam altas ondas. Esta já é a minha terceira vez e eu estou muito animado. As condições este ano estão difíceis, mas não vejo a hora de começar. O que me deixa mais tranquilo é a presença da minha família, está todo mundo aqui me dando suporte. Os portugueses também. Fiquei muito feliz com a recepção no aeroporto - contou Medina, referindo-se à surpresa que recebeu logo que desembarcou em Lisboa, com um vídeo que trazia a frase "Medina, aqui estás em casa" e exibia alguns de seus tubos e manobras na praia.

Pacata Peniche pode consagrar Medina campeão mundial (Foto: Montagem sobre fotos de divulgação e Carolina Fontes )

Fenômeno da nova geração, o jovem de 20 anos lidera o ranking mundial, com 56.550 pontos, depende apenas de si mesmo para chegar ao topo, basta vencer em Supertubos. Se não, pode levantar o caneco terminando até em nono lugar, em uma combinação de resultados envolvendo Kelly Slater, Mick Fanning, Joel Parkinson e John John Florence. O pico português, no entanto, não traz boas lembranças para Medina, que terá de espantar um fantasma. Há dois anos, o paulista de São Sebastião foi vice após perder para o australiano Julian Wilson na última onda em uma final polêmica, que o deixou bem abalado. Mas, agora, são apenas águas passadas.
No auge da carreira e sem guardar mágoas, ele tem a chance de dar a volta por cima com o tão sonhado título mundial. Caso não vença nenhuma bateria, a decisão do título vai automaticamente para a última etapa, o Pipeline Masters, no Havaí, de 8 a 20 de dezembro.

Enquanto aguarda início da disputa, Medina treinou em Supertubos (Foto: Carol Fontes)

O clima pacato de Peniche na maior parte do ano dá lugar à badalação toda a vez a elite do surfe desembarca no pico repleto de bancadas de pedra e fundos de areia. Kelly Slater, Mick Fanning, Joel Parkinson, John John Florence, Taj Burrow e Adriano de Souza, o Mineirinho, são alguns dos nomes que marcam presença na cidade, que aguarda a passagem de uma tormenta para dar início ao campeonato, com janela aberta até o dia 23 de outubro. Uma chamada está marcada para a manhã desta terça-feira - madrugada no Brasil. Em boas condições, o mar cresce, e as ondas podem chegar até a quatro metros de altura. Por conta da tradição do esporte, o lugar é enfeitado com pranchas e outros símbolos do surfe, seja em restaurantes, bares ou em monumentos espalhados pelas ruas.

Ao norte de Peniche, fica a tenebrosa Praia do Norte, em Nazaré, onde nasce um monstro de 30 pés que despertou a atenção do mundo pela primeira vez com o recorde do havaiano Garrett McNamara, em 2011, que surfou uma onda gigante. O big rider Carlos Burle também esteve lá com a sua equipe, composta por Pedro Scooby, Felipe "Gordo" e Maya Gabeira, que quase perdeu a vida no ano passado, quando sofreu uma queda ao tentar surfar a maior onda de sua vida em um swell histórico. Resgatada e reanimada por Burle, ela fraturou apenas o tornozelo.

o que medina precisa para ser campeão mundial em peniche

- Vencer a etapa independentemente de outros resultados;
- Ser finalista, desde que Kelly Slater vença a etapa;
- Perder na semifinal, e Kelly Slater ou Mick Fanning não vencerem a etapa;
- Cair nas quartas de final, Kelly Slater não chegar à final, e Mick Fanning não vencer a etapa;
- Se for eliminado na quinta rodada, Kelly Slater não passar das quartas de final, Mick Fanning não ser finalista, e Joel Parkinson ou John John Florence não vencer a etapa.

confira as baterias da 1ª fase em portugal

1: Taj Burrow (AUS) x Freddy Patacchia (HAV) x Travis Logie (AFS)
2: John John Florence (HAV) x Jadson André (BRA) x Brett Simpson (EUA)
3: Joel Parkinson (AUS) x C.J. Hobgood (EUA) x Jeremy Flores (FRA)
4: Mick Fanning (AUS) x Sebastian Zietz (HAV) x Raoni Monteiro (BRA)
5: Kelly Slater (EUA) x Matt Wilkinson (AUS) x Nico Von Rupp (PRT)
6: Gabriel Medina (BRA) x Kai Otton (AUS) x Jacob Willcox (AUS)
7: Michel Bourez (TAI) x Filipe Toledo (BRA) x Aritz Aranburu (ESP)
8: Adriano de Souza (BRA) x Julian Wilson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
9: Jordy Smith (AFS) x Adrian Buchan (AUS) x Mitch Crews (AUS)
10: Kolohe Andino (EUA) x Miguel Pupo (BRA) x Adam Melling (AUS)
11: Josh Kerr (AUS) x Bede Durbidge (AUS) x Dion Atkinson (AUS)
12: Owen Wright (AUS) x Nat Young (EUA) x Tiago Pires (POR)

Pacotão da F-1: Mercedes se consagra e pilotos fazem homenagem a Bianchi

Em meio a clima de comoção por acidente de Bianchi, pilotos disputam o primeiro GP da Rússia na história da F-1. Com dobradinha, Mercedes se sagra campeã antecipada

Por GloboEsporte.comSochi, Rússia

1. todos com jules
2. momento-chave
3. todo poderoso
4. maré de azar
5. homem de gelo
6. flechas de ouro
7. FROM RUSSIA WITH LOVE

Uma etapa tranquila, sem grandes problemas. Isso era tudo o que a Fórmula 1 queria após o dramático GP do Japão, que foi marcado pelo mau tempo provocado pela chegada de um tufão e pelo gravíssimo acidente ocorrido com o francês Jules Bianchi, da Marussia. No primeiro GP da história realizado na Rússia, em meio a um forte clima de comoção e tristeza, os pilotos fizeram questão de lembrar o tempo todo do colega, que permanece internado em estado grave no Hospital Geral de Mie, próximo ao circuito de Suzuka. Veja a seguir os principais fatos que marcaram a estreia de Sochi no calendário da principal categoria do automobilismo mundial:

todos com jules

Mensagem "Todos com Jules" no capacete de Nico Rosberg (Reprodução / Twitter)

Apesar da festa pela estreia da Rússia no calendário da F-1, o clima de tristeza pelo estado de saúde de Bianchi deu o tom do fim de semana. Além de demonstrações de apoio de pilotos e equipes, que dedicaram mensagens ao francês em carros e capacetes, a etapa teve um minuto de silêncio e uma oração coletiva antes da largada do domingo. Abalado, Lewis Hamilton dedicou sua vitória ao colega de 25 anos. A Marussia correu apenas com o carro de Max Chilton, mas deixou o de Bianchi montado nos boxes, como forma de homenagem.

Antes da largada, pilotos se reúnem e fazem oração por Jules Bianchi (Foto: AFP)

momento-chave

Mais uma vez, a afobação de Nico Rosberg para desbancar Lewis Hamilton comprometeu a corrida do alemão. Logo após a largada, na segunda curva, Nico fritou os pneus para fazer a ultrapassagem sobre o companheiro. Mas o piloto acabou não conseguindo fazer a curva corretamente e passou reto na área de escape. Para piorar, ele comprometeu os pneus e precisou fazer uma parada precoce. Voltou entre os últimos e fez uma bela corrida de recuperação, mas chegou em 2º, atrás do inglês.

Nico Rosberg retardou freada e acabou fritando pneus ao tentar passar Lewis Hamilton no GP da Rússia (Foto: AFP)

todo poderoso

A presença de governantes e autoridades não é novidade nas corridas de Fórmula 1. Mesmo assim, Lewis Hamilton, que já foi até mesmo condecorado pela Rainha da Inglaterra por suas conquistas nas pistas, se mostrou surpreso por receber o troféu de vencedor do GP da Rússia das mãos do presidente Vladimir Putin. O piloto da Mercedes, que abriu 17 pontos de vantagem sobre o companheiro Nico Rosberg na liderança do campeonato, classificou a experiência como "surreal", e não poupou elogios ao entusiasmo dos torcedores russos com a chegada da F-1 ao país.

Vladmir Putin parabeniza Lewis Hamilton pela vitória no GP da Rússia (Foto: Reuters)

maré de azar

O fim de semana não foi dos melhores para Felipe Massa. No sábado, o brasileiro teve um problema no motor e foi eliminado ainda no Q1 do classificatório. No domingo, após largar em 18º, o piloto da Williams fez uma arriscada estratégia, fazendo um pit stop logo no começo da prova para colocar pneus macios. O brasileiro começou uma escalada para recuperar posições, mas ficou muito tempo preso atrás de Sergio Pérez, da Force India, e chegou apenas em 11º, fora da zona de pontuação.

homem de gelo

Enquanto o companheiro enfrentava dificuldades, Valtteri Bottas confirmou o bom momento da Williams ao ficar no encalço do líder Hamilton durante boa parte da corrida. No dia anterior, o finlandês já havia surpreendido ao ameaçar a pole da Mercedes. Bottas não conseguiu segurar Rosberg, que vinha voando baixo para compensar o problema da largada, mas cruzou em terceiro e conquistou seu quinto pódio nesta temporada, pulando de 6º para 4º no Mundial de Pilotos.

flechas de ouro

A consagração definitiva da Mercedes após o retorno à Fórmula 1, em 2010, aconteceu em Sochi, três etapas antes do fim da temporada. As Flechas de Prata, que conquistaram resultados apenas discretos nos primeiros anos, quando tinham uma dupla formada por Michael Schumacher e Nico Rosberg, começaram a se destacar no campeonato passado e estabeleceram um domínio incontestável a partir deste, com a nova era de motores turbo da categoria. Além de não poder mais ser alcançada pelas outras equipes, a escuderia alemã deve conquistar o título do Mundial de Pilotos - a disputa, acirradíssima, está concentrada entre Lewis Hamilton, reforço contratado no ano passado, e Rosberg.

Nico Rosberg, Lewis Hamilton e equipe Mercedes comemoram título do Mundial de Construtores (Foto: Getty Images)

From Russia with Love

As belas grid girls russas fizeram a alegria de pilotos e espectadores em Sochi (Foto: AP)

Famosas em todo mundo pela beleza, as mulheres russas foram uma atração à parte em Sochi. As belas grid girls que desfilavam pelo novíssimo autódromo da cidade encantaram pilotos e espectadores pela simpatia e o visual, inspirado nas cores da bandeira da Rússia. Além da receptividade calorosa, a organização do primeiro GP da F-1 no maior país do planeta surpreendeu pela estrutura disponibilizada aos torcedores e o belo circuito construído em meio ao parque olímpico que sediou os Jogos de Inverno, no início deste ano.

Circuito de Sochi surpreendeu pela beleza e ganhou elogios de torcedores e pilotos (Foto: Getty Images)

Madureira estreia camisa em alusão
à viagem proibida à China comunista

Marketing do clube tenta repetir receita que deu certo com a venda dos uniformes que estampam o rosto do guerrilheiro Ernesto Che Guevara, lançados no ano passado

Por Gustavo GarciaCabo Frio, RJ

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Camisa do Madureira em homenagem à viagem proibida à China (Foto: Fabricio Salvador / Madureira Esporte Clube)

O Madureira lançou nesta segunda-feira à noite o uniforme em alusão à "viagem proibida" à China comunista realizada pelo time em 1964. Na ocasião, a delegação do Tricolor Suburbano foi recebida por Mao Tse Tung em pessoa. A ideia do marketing do clube é tentar repetir a receita que deu certo no ano passado com o sucesso da camisa em homenagem ao guerrilheiro Ernesto Che Guevara - mais de 8.300 foram vendidas, de acordo com o último levantamento feito pela direção do clube. A estreia do novo manto da equipe aconteceu na vitória do Fut7 do Madureira sobre o São Cristóvão por 3 a 1, pela segunda rodada do Carioca da modalidade.
 A camisa dos jogadores de linha é vermelha e estampa as estrelas da bandeira da China. Já a do goleiro tem o dourado como cor predominante e uma faixa vertical com a frase, em mandarim, "viagem proibida", além da data em que a delegação foi ao Oriente: 1964. Os uniformes foram projetados pelo designer Rogério Nunes.
O vice de marketing do Madureira, Carlos Gandola, explica que o lançamento do uniforme faz parte das comemorações do centenário do clube. A intenção é resgatar parte da história da equipe e, quem sabe, repetir o sucesso de vendas da camisa que homenageia Che Guevara.

Camisa do Madureira em homenagem à viagem proibida à China (Foto: Fabricio Salvador / Madureira Esporte Clube)

- Esse projeto começou no ano passado, quando resolvemos contar a história do Madureira. Em 1963, o Madureira foi o primeiro time a entrar em Cuba após a revolução socialista. E no ano seguinte, o Madureira fez a famosa viagem proibida. Na ocasião, a federação determinava que os times não fizessem viagem aos países considerados comunistas, e o Madureira foi até à China de Mao Tse Tung. O clube foi muito bem recebido. Mas calhou que o golpe de 64 aconteceu, e o presidente João Goulart foi deposto quando o time do Madureira estava na China comunista. E o time ficou preso na China, que tentou trocar os jogadores pelos chineses que ficaram presos no Brasil. Então, resolvemos  resgatar essa história no ano centenário do clube com o lançamento da camisa - disse o vice de marketing do Madureira, Carlos Gandola.
A exemplo da camisa de Cuba, o novo uniforme será utilizado, a princípio, somente pela equipe de Fut7 do Madureira. Mas poderá ser utilizado também pelo time de futebol de campo, como ocorreu com o do Che no confronto contra o Vasco, pelo estadual deste ano.

Uniforme do Madureira em homenagem a Che foi o mais vendido da história do clube (Foto: Divulgação)

Damião critica câmera lenta e pede que STJD veja imagem "normal"

Paulo Schmitt disse que órgão avaliaria "eventual e péssima atuação teatral" do atacante, que teria simulado pênalti puxando a própria camisa contra o Criciúma

Por Lincoln ChavesSantos, SP

 

O atacante Leandro Damião minimizou a declaração do procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, de que o órgão iria analisar a "eventual e péssima atuação teatral" na derrota do Santos para o Criciúma, por 3 a 0, no último domingo. O camisa 9 voltou a negar que simulou um pênalti ao puxar a própria camisa dentro da área e pediu que o lance fosse analisado sem a câmera lenta.

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•  Damião puxa a própria camisa na área, mas nega tentativa de cavar pênalti

- Acho que ele precisa ver a imagem normal, pois em câmera lenta é fácil falar que fiz encenação. É o que falei: a camisa estava grudando e eu tentei tirar. Mas faz parte. Falaram que pedi pênalti, e em nenhum momento fiz isso. Eu estava olhando para a bola, concentrado no jogo - disse o atacante, no desembarque do elenco santista no CT Rei Pelé, nesta segunda-feira.
- Estou tranquilo, sou trabalhador e honesto. Sei o que faço. Infelizmente, acho que as pessoas usaram a imagem de má fé, colocando na câmera lenta. Foi um lance rápido - completou.
Schmitt disse ao GloboEsporte.com que Leandro Damião poderia ser denunciado e enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).  Ele pode pegar um gancho de seis jogos. A pena mínima é de uma partida.
Depois da partida, disputada no estádio Heriberto Hulse e válida pela 28ª rodada do Brasileirão, Leandro Damião já havia negado a simulação e afirmado que apenas tinha ajeitado a camisa, que o incomodava.
O artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva legisla sobre "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código". O atacante Robinho, por exemplo, por simular uma falta e desrespeitar o árbitro na partida do Santos contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, também foi enquadrado nessa mesma regra.

Leandro Damião puxa a própria camisa dentro da área do Criciúma (Foto: Reprodução SporTV)