McGregor dispara contra Ricardo Lamas: "É uma bicha fazendo vídeos"

Irlandês explica sinal obsceno para Siver e diz que gostou da chegada de Joseph Duffy, seu último algoz, ao UFC. "Essa luta venderia muito bem!"

Por Combate.com Boston, EUA

A vitória sobre Dennis Siver em Boston deixou o irlandês Conor McGregor ainda mais falante que o normal. O peso-pena disparou sua metralhadora-giratória sobre diversos alvos após o evento, e um dos mais citados foi o também peso-pena Ricardo Lamas, que na última semana divulgou um vídeo feito por ele que ironizava McGregor através do personagem Conrad McGillicutty (clique aqui para ver o vídeo na íntegra). Para o irlandês, Lamas e José Aldo, que confeccionou um pôster com a cara de McGregor caracterizado como bobo da côrte, foram uma perda de tempo.
Confira as declarações de Conor McGregor:

Ricardo Lamas encarna versão satírica de Conor
McGregor: Conrad McGillicutty (Foto: Reprodução)

Sobre vídeo de Lamas, doping de Siver e a impressão de que ele é só "conversa"
- Estou inteiro. Estou pronto para lutar de novo. Três nocautes seguidos depois da minha lesão mais séria na carreira. As pessoas acham que é só conversa, e agora tem bichas fazendo vídeos.... O que o Ricardo Lamas pensou com aquele vídeo besta? Imagine o esforço que ele teve para fazer aquela vídeo idiota! E depois José Aldo fez aqueles pôsteres... Eles acham que é só diversão, mas eu não estou brincando aqui. Chegou a hora, agora temos um local, agora o José é o próximo da fila. Ele vai ser o próximo a aprender que não é só conversa, que não é uma piada. Eu respeito o Dennis, ele é um veterano, cometeu erros no passado com seu abuso de esteroides, mas o respeito. Ele teve mais lutas no UFC que eu na minha carreira, mas ele foi outra vítima. Não é só conversa. Para mim, não é uma piada. Eu disse que vou matar todo mundo, limpar a divisão, e agora só resta um homem.

Antes de nocautear Siver, McGregor fez um gesto
obsceno ao alemão no octógono (Foto: Getty Images)

Sobre o sinal obsceno feito a Dennis Siver antes da luta, no octógono em Boston
- Não odeio ninguém aqui. Estamos todos perseguindo o mesmo sonho. Tudo o que falei sobre Dennis, até onde vejo, são verdades: ele abusou de esteroides e entrou dopado numa luta contra outro lutador. Ele disse que eu sou desrespeitoso. O que quer que tenha sido dito por nós dois durante a promoção era só promoção. Quando nos encaramos antes de lutar, estendi minha mão ali para tocar sua luva e dá-lo a oportunidade de dizer, "É isso aí, vamos lutar." Quando ele não respondeu, eu disse: "F***-se, você é que é o trapaceiro." Eu sou o cara que está vindo aqui com meu próprio corpo preparado e pronto. E aquele vídeo do Lamas, aquele vídeo idiota, não consigo esquecer, é a coisa mais ridícula que já vi na minha vida! Olhei para a plateia e vi 40 queixos, aí olhei em cima dos 40 queixos e era o Ricardo Lamas, então mandei o dedo para ele também. Eu vi o Lamas no hotel com uma caixa enorme de pizza, daquelas grossas, e refrigerante. Ele está gordo pra caramba, fazendo vídeos idiotas. Vá para a academia e lute de forma impressionante. Você lutou como uma bicha quando enfrentou o José. Ele é uma bicha.
Sobre a chegada ao UFC de Joseph Duffy, último lutador que o derrotou
- Certamente não sou o mesmo cara que o enfrentou muitos anos atrás. Nos enfrentamos em uma era diferente. Mas estamos falando em pay per view e numa luta que pode vender? Digamos que José Aldo amarele e não apareça em Vegas. Vamos trazer o "último homem que bateu Conor McGregor". Isso também vende! Eu que contratei o Joseph. Eu pensei: "Se alguém desistir da luta, Joseph pode entrar no seu lugar". Joseph é um cara legal. Se essa oportunidade aparecer, pode acreditar que quero essa luta. Tem outro cara que me derrotou na Lituânia em 2007, quando eu era um boxeador com apenas um overhand de esquerda que eu tinha certeza que ninguém ia aguentar. Entrei no ringue com esse lituaninho filho da mãe, ele agarrou minha perna e me pegou numa chave de perna. Paddy (Holohan) deu uma surra nele uns três anos depois. Contratem ele também em breve, f***-se. Se precisarmos, nós o promoveremos como o "penúltimo homem a bater o Notório!" Está valendo!

Vítima do "Rei", Edgar avisa McGregor: "José Aldo é um animal diferente"

Americano diz que Siver partiu seu coração, já que vitória do alemão o deixaria próximo de disputar o título dos pesos-penas contra o brasileiro

Por Combate.com Boston, EUA

Frankie Edgar sabe bem como é difícil enfrentar José Aldo. Ex-campeão dos pesos-leves (até 70kg), o americano desceu de categoria após perder duas disputas de cinturão contra Ben Henderson, mas logo de cara teve que lutar contra o brasileiro, que saiu vitorioso por decisão unânime, em fevereiro de 2013. Vindo de uma sequência de três vitórias seguidas, o atleta torceu por um triunfo de Dennis Siver sobre Conor McGregor, já que isso o tornaria o favorito a ser o próximo rival do lutador da Nova União, mas acabou tendo o sonho da revanche frustrado. Apesar disso, ele elogiou o irlandês, mas mandou um recado para ele ao dizer que não será tão simples ter o campeão como adversário.
- Siver partiu meu coração (risos). Mas McGregor trouxe muita empolgação para a divisão. Todos temos que agradecê-lo. Não estou feilz por ter perdido a chance de lutar pelo cinturão, mas ele mereceu. Só que José Aldo é um animal diferente, que tem velocidade e controla a distância como ninguém - afirmou, para a "Fox Sports".

Frankie Edgar mandou recado para McGregor sobre luta com Aldo (Foto: Evelyn Rodrigues)

Outro fator que Edgar considera que será um empecilho para McGregor é a motivação de Aldo após as provocações do polêmico irlandês, que posteriormente foi chamado de bobo da corte pelo brasileiro, que se intitulou o Rei da divisão até 66kg.
- McGregor está indo muito confiante para essa disputa de cinturão. Ele chegou rápido, lá, mas Aldo é o campeão há muito tempo. Ele está muito motivado, mas o Aldo também está. Em algumas lutas o Aldo parecia muito motivado, mas para essa acho que ele chegará motivado - concluiu.

Jones ainda está se submetendo a teste antidroga surpresa semanal

Lutador afirma que teve medo de ser retirado de duelo contra Daniel Cormier: "Sabia que tinha feito algo errado e que o exame mostraria isso", diz

Por Combate.com Las Vegas, EUA

Jon Jones em sua primeira aparição após divulgação de seu exame antidoping (Foto: Reprodução Twitter)

Campeão meio-pesado do UFC, Jon Jones concedeu uma longa entrevista ao programa americano "Fox Sports Live" para falar sobre o fato de ter testado positivo para uso de cocaína em um exame antidoping surpresa ao qual se submeteu no dia 04 de dezembro.
Duante o seu depoimento, o lutador enfatizou que não é viciado em cocaína e afirmou que fez uso da droga em uma festa. Ele também declarou que sabia que o exame daria positivo e temeu, inclusive, ser retirado do duelo contra Daniel Cormier por conta disso.
- Foi um dia de ataque de nervos. Eu sabia que tinha feito algo errado e que o teste mostraria isso, mas eu não falei para ninguém. Apenas o meu tio sabia que eu poderia testar positivo. Mantive tudo em segredo. Claro que passou pela minha cabeça que eu poderia ser suspenso ou que poderia não lutar, mas quando eu cheguei até a pesagem, percebi que ninguém tinha falado nada a respeito e que o teste talvez não tivesse dado positivo - declarou.
"Bones" contou que não foi a primeira vez que fez uso da droga, mas ressaltou que nunca passou por nenhum tipo de problema relacionado ao vício:
-  Eu definitivamente não tenho uma desculpa, não estou aqui para inventar desculpas para o que aconteceu. Basicamente estava em uma festa (...) Eu não vou colocar a culpa nos meus amigos, em nada, nem ninguém, mas eu vou dizer que eu estraguei tudo. Não posso chamar isso de erro porque eu o cometi conscientemente. Já usei cocaína antes, cheguei a usar algumas vezes durante a faculdade. Mas foi basicamente isso. Usei na época da faculdade, mas isso nunca foi um problema. Não tenho problema, sei que não tenho. Meus amigos, meu time, meus amigos próximos, todo mundo sabe que não há espaço na minha vida para vício em cocaína.
Questionado sobre a decisão de se internar em uma clínica de reabilitação assim que o resultado de seu teste se tornou público, Jones revelou que, apesar de sua mãe ter dito que ele só passou uma noite no local, ainda continua se submentedo ao tratamento e a testes surpresas semanais.
- Ir para a clínica de reabilitação foi uma decisão coletiva . Alguns dos meus parceiros de negócio acharam que seria uma boa ideia, mas eu disse a eles: “Eu não tenho problemas com drogas, eu só fui pego”. Eles disseram que não sabiam se eu tinha problema com drogas ou não, mas que eu deveria ir para a clínica e deixar os médicos decidirem quão saudável eu estava, e eu aceitei. Então, eu fui para a clínica e fiz uma avaliação durante 24 horas, falei com três médicos por cerca de  sete horas e nós falamos sobre drogas, minha vida e eles decidiram que eu não precisava me internar.  Aí, eles me colocaram em uma casa para pacientes que não eram viciados, eu fiquei lá e esses profissionais chegaram para mim e disseram: “Jones, nós acreditamos que você cometeu um grande erro, mas você não precisa viver aqui conosco o tempo todo. No entanto, nós vamos continuar testando você, vamos até a sua casa duas vezes por semana, vamos testá-lo frequentemente. E eles ainda estão me testando semanalmente. As sessões vão continuar por uma, duas, três vezes por semana. Eu não sei como é o processo, até mesmo por conta do programa em que me colocaram. Mas quando fui para a clínica de reabilitação, eu fiquei lá pelo tempo que eu precisava ficar.
O exame realizado em 4 de dezembro apontou a presença de benzoilecgonina, principal metabólico da cocaína, no organismo de Jones; todavia, a substância só aparece na lista de itens proibidos da Agência Mundial Antidoping (Wada) durante o período de competição, considerado como até 12 horas antes do início da disputa - no caso, da luta. Como o teste foi feito fora desse período, a Comissão Atlética do Estado de Nevada não puniu o lutador. Jonesse mostrou irritado com o fato de o exame antidoping ter vindo a público, mas evitou comentar mas a fundo.
- Eu não sei o motivo de o meu teste ter vindo a público. Há muitas perguntas que eu, meu time e os meus advogados estamos tentando responder. Nesse momento, não vou comentar se vou ou não processar a Comissão.
O lutador declarou que, apesar de ter desapontado a família e os amigos, está recebendo todo o apoio que precisa. Ele também fez um pedido público de desculpas aos fãs.
-  Minha mensagem para os meus fãs é: desculpe por talvez tê-los desapontado. Eu desapontei a mim mesmo, desapontei o meu time, a minha família, o UFC… isso é um pedido de desculpas sincero. Eu também estou tentando entender quem eu sou. Como todo mundo,  também tenho os meus problemas para lidar, tenho as minhas inseguranças e a minha vida, assim como você. A melhor coisa que eu posso tirar disso tudo é continuar vencendo, não deixar essas coisas acontecerem de novo e aprender. Isso não é uma derrota se você aprender com ela. Eu não vou sentar aqui e dizer que nunca mais vou beber ou aproveitar a vida. Acho que há muita gente que entende isso. O importante é aprender quando a gente cai, não ser muito duro com você mesmo e tentar fazer as coisas da melhor forma possível - finalizou.

Após três vitórias seguidas, Tibau diz: "Uma burrice eu não estar ranqueado"

Brasileiro com mais lutas na história do UFC afirma que é hora de entrar no top 15 da divisão dos leves e quer rival bem posicionado na sua próxima luta

Por Raphael Marinho Rio de Janeiro

Gleison Tibau fez sua 24ª luta pelo UFC no último domingo, no UFC: McGregor x Siver, em Boston (EUA), e se aproximou ainda mais do recorde de Tito Ortiz, que pisou 27 vezes no octógono. O triunfo por decisão dividida sobre Norman Parke lhe garantiu o terceiro resultado positivo consecutivo. Agora, o brasileiro com mais aparições pela organização quer entrar no top 15 da divisão dos leves (até 70kg) e chegou a ser duro ao dizer que considera "uma burrice" não estar na lista dos melhores da sua categoria. Ele reiterou que está pronto para lutar mais quatro vezes em 2015 e pediu por um adversário bem posicionado no ranking para o seu próximo duelo.
- O ranking esse ano não foi mudado ainda, mas com essa sequência de vitórias acho que o UFC vai mexer no ranking e, pelo amor de Deus, já passou da hora de eu entrar nele. Com a história que tenho no UFC, as lutas, os caras duríssimos que enfrentei, acho uma burrice eu não estar ranqueado. Está na hora sim de entrar, mas acho que a minha próxima luta, no mínimo, tem que ser contra um cara bem ranqueado para eu poder entrar, porque não sei nem como não estou lá ainda - disparou, em entrevista por telefone ao Combate.com.

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Tibau venceu Parke por decisão dividida no último domingo (Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC UFC)

A vitória não deixou Tibau satisfeito de imediato. Ao deixar o octógono depois da dura vitória, sentiu que não teve a atuação que imaginava. Entretanto, depois de assistir a luta em casa, acabou mudando de ideia e gostou de ver a evolução mostrada em seu jogo em pé, que é a sua maior deficiência.
- Saí um pouco chateado da luta porque não desenvolvi bem meu jogo, estava meio preso. Ele jogou muito certinho, não me deu erro. Estava escorregadio no chão, e eu realmente fiquei pensando que não fiz muita coisa na luta, mas vi o video em casa e vi que foi de alto nível, aí me senti melhor e fiquei mais feliz porque sei que ele estava bem treinado, com uma defesa boa de quedas, e eu com a parte de trocação mais solta, confortável, mexendo bem, trocando a parte de muay thai e boxe muito bem. Até fui muito elogiado no boxe, fiquei feliz, venho trabalhando muito nisso. Vi evolução nessa luta, apesar de ter pego cinco semanas antes, com pouco tempo de treino, então estava bem pesado. Foi um período muito ruim da minha vida pessoal com o roubo que teve lá em casa. Mas fiquei super feliz e quero voltar mais forte, melhor e focado para o meu objetivo, que é buscar nocautes e finalizações para agradar o público do UFC. Nessa luta não deu, mas vou me esforçar - prometeu.

Com a história que tenho no UFC, as lutas, os caras duríssimos que enfrentei, acho uma burrice eu não estar ranqueado. Está na hora sim de entrar, mas acho que a minha próxima luta, no minimo, tem que ser contra um cara bem ranqueado para eu poder entrar, porque não sei nem como não estou lá ainda"

Gleison Tibau

O resultado positivo diante de Parke elevou Gleison Tibau ao posto de terceiro lutador com mais vitórias no Ultimate, tendo 16 no total, empatado com Anderson Silva, Chuck Liddell e Randy Couture. Acima dele, apenas Matt Hughes (18) e Georges St. Pierre (19). O brasileiro garantiu que fará história ao encerrar a carreira no topo da lista de quem mais lutou e de quem mais venceu dentro do octógono.
- Fico muito orgulhoso da minha história, porque quando saí da praia de Tibau foi um sonho de criança que era muito distante da realidade de hoje. Na época era Vale Tudo, há 15 anos. Eu sonhava, imaginava lutar em grandes eventos, mas não imaginava a imensidão que o MMA está hoje. Lembro de quando me olhavam mal por ser lutador e hoje o público, os fãs, veem com outros olhos, valorizam o atleta, então fico muito orgulhoso de estar tanto tempo no UFC. Isso é gratificante. Vou marcar história na organização como o cara que tem mais vitórias e mais lutou - declarou.

Carro roubado de Gleison Tibau
(Foto: Acervo Pessoal)

Polícia ainda não recuperou seus pertences
Cerca de três semanas antes de enfrentar Norman Parke, Gleison Tibau teve sua casa assaltada e obteve prejuízos avaliados em US$ 32 mil (cerca de R$ 84 mil), além de terem levado seu carro, um Audi Q5. O automóvel foi para o desmanche e o seguro foi acionado, mas os pertences do lutador e de sua família, como jóias e documentos, não foram encontrados pela polícia ainda, que está investigando.
- Até agora não recuperaram nada. Pegaram os bandidos e estão investigando onde os objetos foram parar. O carro já deram perda total e acionaram o seguro porque foi para o desmanche. Os próprios bandidos falaram, então não existe mais. Minhas joias, objetos e documentos ainda não apareceram - finalizou.

Wanderlei Silva entra com processo contra NSAC para reverter punição

Advogado do Cachorro Louco já entrou com ação na Justiça alegando que a Comissão Atlética de Nevada não pode examinar lutadores sem licença

Por Combate.com Las Vegas

Wand e Goodman na NSAC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Como já era esperado, Wanderlei Silva entrou com um processo na Justiça contra a Comissão Atlética de Nevada (NSAC) para tentar reverter a suspensão vitalícia dada pela entidade ao lutador por ter fugido de um exame antidoping surpresa. Na ação feita pelo advogado Ross Goodman, a alegação é de que a NSAC não poderia fazer exames em atletas que não estão licenciados pela entidade, logo, não poderia puni-lo por não ter passado pelos testes.
- A NSAC tenta expandir a sua jurisdição para assuntos que não são suas atribuições, legislando sem autoridade da lei e sem efeito. Ao contrário do que diz a injusta ação contra Wanderlei Silva, não existe nenhuma autoridade legal do ponto da NSAC que lhe permita alargar a sua limitada jurisdição para disciplinar pessoas que não estão licenciadas pela agência - escreveu Goodman.
Pouco antes da NSAC anunciar a punição para Wanderlei, o Cachorro Louco anunciou a sua aposentadoria do MMA e, desde então, declarou guerra à Comissão Atlética e ao UFC. Sua última luta foi em 2013, quando nocauteou Brian Stann.

Botafogo-SP marca no fim, elimina Grêmio e avança à semi da Copinha

Com gol do atacante Wesley aos 42 minutos do 2º tempo, Pantera vence Tricolor gaúcho por 2 a 1 na Rua Javari e confirma condição de surpresa da competição

Por GloboEsporte.comSão Paulo

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   chuta de longe!
2. 02.
   arrancada no final

O Botafogo-SP demonstrou na tarde desta terça-feira, na Rua Javari, em São Paulo, que o sonho em repetir sua melhor campanha na Copinha é cada vez mais possível, e que pode ir além. Vice-campeão em 1983, o Pantera de Ribeirão Preto garantiu vaga na semifinal da edição de 2015 da competição ao derrotar o Grêmio por 2 a 1.

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• Relembre o Tempo Real de Grêmio x Bota-SP
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O Tricolor gaúcho foi melhor no primeiro tempo, mesmo após ter saído atrás no placar, em um belo chute do meia William, conseguiu reagir na sequência, com Vico. Teve chances de virar com Tilica, por duas vezes, mas falhou. Na segunda etapa, quando o jogo parecia caminhar aos pênaltis, o atacante Wesley, do Bota, arrancou da intermediária, deixou três gremistas para trás, e fez o gol da vitória da equipe paulista.
Com a vitória, o Pantera confirmou a condição de surpresa na Copa São Paulo. Na fase eliminatória da competição, eliminou Botafogo, Fluminense e agora o Grêmio. Já os gaúchos seguem sem vencer o principal torneio de base do país e sequer alcançaram a melhor participação, que ocorreu em 2002, quando ficou entre os quatro melhores.

Botafoguenses celebram vitória sobre o Grêmio nas quartas de final da Copinha (Foto: João Valdevite/Ag. Botafogo)

O adversário do Bota na próxima fase da Copinha será o Palmeiras, que venceu o Vitória por 2 a 0, em Limeira. A partida acontecerá na quinta-feira. A data e o local do jogo, porém, ainda não foram divulgados pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

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chuta de longe!

Botafogo e Grêmio sofreram com o calor de 36º C em São Paulo (Foto: Pedro Venancio)

As dimensões pequenas do campo da Rua Javari proporcionaram aos dois times várias oportunidades para chutar de fora da área. E os gols aconteceram desta maneira na primeira etapa. Aos 12, o zagueiro Denilson, do Grêmio, vacilou, o botafoguense Isaac retomou a bola e rolou para o meia William encher o pé e acertar o ângulo superior direito de Gritti. Os gaúchos não ficaram sequer um minuto atrás no placar, logo na sequência, o meia Vico girou sobre a marcação e, mesmo com três adversários na frente, chutou forte, da intermediária, no canto esquerdo de Talles para empatar.
Sem acertar a saída de bola, o Botafogo passou sufoco no restante da etapa. O Tricolor gaúcho mostrou força física, disposição e por pouco não virou o jogo. As chances mais claras aconteceram com o centroavante Luis Felippe, que parou em Talles, e Tilica, que acertou a trave e, em outra oportunidade, ficou cara a cara com o goleiro, mas errou a finalização.

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arrancada no final

O calor de 36º C da capital paulista parecia ter vencido tanto gremistas quanto botafoguenses no segundo tempo. Chutões, cãibras e parada técnica dominaram a etapa até que aos 42 minutos, o atacante Wesley, do Pantera, arrancou com a bola da intermediária, passou por três rivais e tocou na saída de Gritti, para deixar a equipe paulista em vantagem no placar. Vantagem que o Grêmio tentou tirar nos últimos minutos, porém, não conseguiu evitar a derrota e a festa dos botafoguenses.

Gabriel Jesus decide contra o Vitória e coloca o Palmeiras na semifinal

Com gol e assistência no segundo tempo, atacante resolve a parada nas quartas de final, e Verdão segue na briga por título inédito; próximo adversário é o Botafogo-SP

Por GloboEsporte.comLimeira, SP

Na saída para o intervalo, Gabriel Jesus deu o recado: se tivesse mais uma chance para marcar, não perdoaria. E a joia alviverde honrou a palavra. Após deixar passar duas oportunidades no primeiro tempo, o atacante decidiu na etapa final.
Com um gol e uma assistência, ele comandou a classificação do Palmeiras às semifinais da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, na tarde desta terça-feira, em Limeira, mantém o Verdão na briga pelo título inédito. Chistopher, artilheiro do time na Copinha, fez seu quinto gol no torneio e completou a festa. 

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Por um lugar na grande decisão, o Palmeiras terá pela frente o Botafogo-SP, principal surpresa desta edição do torneio, que, depois de eliminar o Fluminense nas oitavas, despachou o Grêmio nas quartas.
O duelo acontecerá quinta-feira, provavelmente em Limeira. A Federação Paulista de Futebol deve confirmar o local e o horário nesta quarta.

O talento de Gabriel Jesus consolidou o domínio palmeirense na partida. Desde o início, o Vitória se fechou na defesa e pouco ameaçou. O Verdão tinha mais posse, rondava a área. Mas faltava algo. Faltava um toque diferenciado, que primeiro apareceu no drible desconcertante dentro da área e no chute seco de Gabriel Jesus para abrir o placar e depois no passe preciso para Chistopher liquidar a fatura. Pela nona vez o Palmeiras está na semifinal da Copinha. Graças a ele, Gabriel Jesus.
O jogo
Foi um primeiro tempo morno. O Palmeiras até teve mais iniciativa, buscou mais o ataque, mas parou na marcação do Vitória. Não foram raras as vezes em que os 10 jogadores de linha do time baiano estavam atrás da linha da bola. A postura do Leão foi priorizar a defesa e só sair na boa. O resultado foi uma etapa sem fortes emoções. Apenas três lances de perigo.
Pelo Palmeiras, Gabriel Jesus teve duas chances. Na primeira, demorou para bater e mandou para fora. Depois, acertou o cabeceio, mas Wallace evitou o gol. Do lado do Vitória, a oportunidade nasceu em uma cobrança de escanteio. Rafaelson testou na trave e depois Ramon não conseguiu completar o rebote.

Gabriel Jesus comemora gol que abriu o caminho para classificação alviverde (Foto: Luciano Claudino / Agência Estado)

Com duas arrancadas logo no início do segundo tempo, o Vitória passou a impressão de que mudaria a postura. Nada disso. A etapa era de Gabriel Jesus. O aviso foi dado na ida para os vestiários. Errar duas vezes foi demais para o atacante. Ele aprendeu com os equívocos e agarrou a terceira chance. Foi aos 10 minutos, após o cruzamento de Guilherme bater no travessão. No rebote, Jesus dominou, fintou Pranke e bateu firme para abrir o placar, com imensa frieza.
Nem em desvantagem o Vitória conseguiu sair de trás. Quando o fez, no fim, na base do desespero, deixou espaços para Gabriel Jesus encontrar Chistopher na área. O meia mostrou categoria para selar a classificação palmeirense às semifinais.

Montillo aceita proposta e redução salarial para jogar no Fla: "Gigante"

Meia revela oferta por 18 meses, aguarda liberação do Shandong e projeta: "Tive a chance de vestir camisa do Maradona e do Pelé, seria uma honra a do Zico também"

Por Fábio Lima, Thiago Corrêa e Thiago LimaRio de Janeiro

A busca do Flamengo por um camisa 10 pode estar perto do fim. O argentino Montillo elogiou o clube e já aceitou a oferta rubro-negra. E para voltar ao Brasil, onde já defendeu Cruzeiro e Santos, está disposto até a aceitar uma drástica redução salarial. Mas para a história ter um final feliz, falta a liberação do Shandong Luneng, da China. O meia, de 30 anos, tem contrato com a equipe asiática por mais duas temporadas, e a vontade do Fla seria acordar um empréstimo de 18 meses. Enquanto espera o desfecho das negociações, ele alega que não deixa o desejo se transformar em ansiedade e garante não temer a pressão de usar o número eternizado por Zico.

Ele não quer que eu vá embora, mas vendo o plano familiar, o plano que tenho para meu filho, ele não iria atrapalhar a negociação".

Montillo, revelando que Cuca aceita liberá-lo

- Vontade sim, ansiedade não. Tive a chance de vestir a camisa do Maradona (com a seleção da Argentina) e do Pelé (com o Santos), seria uma honra vestir a do Zico também. É uma camisa de muita história no clube e todo o mundo gostaria de vesti-la. Só o Flamengo fez proposta. Fiquei muito feliz quando fizeram uma oferta para mim. É um clube gigante. O fato de o professor Luxemburgo e o presidente olharem para mim para ajudar o time é muito gratificante. O contrato a princípio seria por 18 meses, mas tem que ver se o Shandong vai querer por esse prazo - afirmou o argentino.

Montillo treinou no Ninho do Urubu nesta terça-feira e marcou dois gols no mesmo time de Vagner Love (Foto: Fábio Lima)

Apesar de manifestar sua vontade, Montillo se mostrou desconfortável por falar sobre o tema, alegando que ainda tem contrato com o clube chinês e que deve respeitar tanto o Shandong quanto o técnico Cuca, responsável por sua contratação. Tanto que avisou que não falará novamente até que sua situação seja definida.

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• Montillo não fala na chegada ao Rio, e Cuca
  admite: "Combinaria bem com a 10 do Fla"
• Cuca se opõe a eventual saída de Montillo:
  "Na minha ótica, ele é imprescindível"

- É difícil. Ainda sou jogador do Shandong e não posso falar. Tenho contrato assinado e devo treinar pensando no meu time. Minha parte já foi feita, já foi falada. Agora é a parte do clube. É a vez de o Cuca e o presidente darem um retorno para o Flamengo. Vai virar uma novela que não quero. Tenho que respeitar meu clube. Se eu estivesse aqui no Brasil falando que gostaria de sair, a torcida iria me matar. Flamengo e Shandong estão se falando entre eles. Agora está entre os presidentes dos clubes, com o Cuca. Tenho que treinar pensando que vou jogar uma final no dia 14 com o Shandong. Se não voltar (para a China), tenho que continuar treinando para chegar da melhor forma ao Flamengo.
Montillo teve uma primeira experiência de Flamengo nesta terça-feira. O Shandong realizou um treinamento no Ninho do Urubu, CT do Rubro-Negro, e ao lado do ex-rubro-negro Vagner Love o meia fez dois gols durante a atividade em campo reduzido (veja lances no vídeo abaixo).

Após um ano na China, 26 jogos disputados, dois gols marcados e o título da Copa da Ásia, Montillo manifestou o desejo de deixar o país alegando dificuldade de adaptação. Mas o motivo principal são os filhos: Valentim, de seis anos, e Santino, de quatro, portador de Síndrome de Down e que nasceu com má formação no intestino e no coração. Ele explicou que algumas exigências previstas no contrato não foram cumpridas por parte do Shandong.
- Quero voltar porque minha família não tem conforto. Não estou pensando em dinheiro, estou pensando no futuro dos meus filhos. O plano familiar não foi feito. Pedi um fonoaudiólogo, um fisioterapeuta e um professor de espanhol. Não quero morar num castelo, numa mansão. Como eu gosto muito do Cuca, eu não ia voltar sem jogar. Combinei com minha esposa de ficar um ano lá - explicou o argentino, que tem boa relação com o treinador e não pensa em entrar na Justiça contra o clube chinês.

Quero voltar porque minha família não tem conforto. Não estou pensando em dinheiro, estou pensando no futuro dos meus filhos. O plano familiar não foi feito. Pedi um fonoaudiólogo, um fisioterapeuta e um professor de espanhol. Não quero morar num castelo, numa mansão"

Montillo, sobre insatisfação na China

Cuca, aliás, é a maior barreira para a contratação de Montillo pelo Flamengo. O técnico, embora admita que o meia cairia bem com a camisa 10 rubro-negra, mostrou-se contra a negociação alegando que o jogador é imprescindível para sua equipe. Mas o argentino garantiu que o comandante não irá se opor caso o Shandong continue não cumprindo a parte extra-campo.
- Ele não quer que eu vá embora, mas vendo o plano familiar, o plano que tenho para meu filho, ele não iria atrapalhar a negociação.
Pesa a favor do Fla o fato de o clube chinês ter contratado Diego Tardelli e somar seis estrangeiros no elenco, que conta ainda com os brasileiros Vagner Love, Aloísio e Júnior Urso, além do australiano Ryan McGowan. De acordo com o regulamento local, o time pode utilizar só três atletas de outras nacionalidades por partida.

Central do Mercado: Dracena é do Timão, e Walter é oferecido ao Santos

Jorge Wagner volta ao futebol brasileiro para defender o Vitória, arquirrival do clube que o revelou, o Bahia

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

A ida de Edu Dracena para o Corinthians já estava desenhada há algumas semanas. O presidente Mario Gobbi e Edu Gaspar já haviam confirmado que o acerto estava na iminência de acontecer. Nesta terça-feira, porém, as dúvidas foram liquidadas. Treinou e fez exames no CT Joaquim Grava, e o anúncio oficial depende apenas da chegada de documentos. Agora sem o defensor, o Santos avalia a contratação do atacante Walter, que foi oferecido ao clube. O técnico Enderson Moreira é um dos entusiastas do hoje jogador do Fluminense.
A terça-feira santista, aliás, foi movimentada. Avançou na busca pelo goleiro Vanderlei e o zagueiro Leandro Almeida, ambos do Coritiba. Outras duas boas notícias foram reveladas: a direção rejeitou proposta do Torino por Lucas Lima, e Arouca teve pedido de se desvincular do Peixe na Justiça negado.

Walter, também na mira do Flu, pode parar no Peixe, que não conta mais com o agora corintiano Dracena. Jorge Wagner vai defender arquirrival do clube que o revelou (Foto: GloboEsporte.com)

O meia Jorge Wagner, após passagem breve pelo Japão, está de volta ao Brasil e defenderá o Vitória, arquirrival do Bahia, clube que o revelou para o futebol.
O meia Walter Montillo, grande alvo do Flamengo nesta janela, escancarou de vez o desejo de defender o Rubro-Negro. Em entrevista coletiva concedida após treino do Shandong no Ninho do Urubu, explicou que, em caso de um desfecho positivo, chegará ao clube por empréstimo e o tratou como um gigante. Pediu aos chineses que anuncie logo sua decisão.
Ainda no Rio de Janeiro, uma boa nova para os botafoguenses e uma frustração para os vascaínos. Pimentinha, atacante que se destacou na última Série B pelo Sampaio Corrêa, disse estar a dois dias de realizar o sonho de defender o Botafogo. Já o volante Bruno Silva, que estava próximo de ser anunciado pelo Vasco, teve sua ida para o Gigante da Colina negada pela Ponte.

Familiares temem impunidade em caso de PM suspeito de matar surfista

Receosos com andamento da investigação policial, parentes e pessoas próximas
vão encomendar camisas com o rosto de Ricardinho para protestar e exigir justiça

Por Renan KoerichSão José, SC

A morte de Ricardo dos Santos, que não resistiu à quarta cirurgia após ser baleado na manhã da última segunda-feira, consterna familiares, amigos e moradores da Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina. Diante do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, o sentimento de indignação e tristeza com a tragédia, mas também o desejo de que a justiça seja feita em relação ao policial militar suspeito de cometer o crime, ao disparar três vezes contra o atleta de 24 anos. 

Paraíso em luto: locais da Guarda do Embaú demonstram indignação com o caso (Foto: Caio Santos/Arquivo Pessoal)

Entre choros e lamentos, as pessoas próximas ao surfista não se conformam com a versão dita em depoimento pelo policial militar de Joinville, que estava de folga. Há o temor de que o caso não seja julgado de forma legítima, por se tratar de um soldado. A versão do PM, que diz ter agido em legítima defesa, difere totalmente dos relatos dos familiares. De acordo com o tio do surfista, uma discussão teria acontecido, mas sem níveis alterados, por conta da presença do carro estacionado sobre um cano em uma obra na residência de Ricardinho. Depois de pedidos para deixar o local, ele acabou alvejado três vezes. O soldado, no entanto, diz ter sido atacado com um facão, apesar de nenhuma arma branca ter sido encontrada no local pela polícia.

Diante disso, um advogado, amigo paulista de Ricardo, deve acompanhar o desdobramento do caso, principalmente em relação ao inquérito policial. As incertezas em relação aos procedimentos internos da corporação faz com que amigos e familiares queiram dar mais destaque ao caso. Uma camiseta com o rosto do surfista morto será encomendada para uma manifestação de paz. O grupo quer reunir o máximo de amigos e moradores da Guarda do Embaú para um protesto nos próximos dias.

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• Em 2011, Ricardinho citou "bandidos"
  e "medo de tiro" onde foi baleado
• Preso em flagrante por alvejar surfista,
  policial militar alega legítima defesa
• "Presenciei meu filho esticado no chão",
  diz a mãe do surfista baleado

Em Palhoça, os moradores misturam sentimentos. Revolta, angústia, tristeza e lamentações, mas há também a certeza de que o que Ricardo dos Santos deixa para a região é um legado de coragem, força e perseverança em seus sonhos. Com o falecimento do surfista, comerciantes fecharam suas vendas, encerram o expediente e foram para a praça principal. Com placas, cartazes e fotos de Ricardinho, a população manifestou o sofrimento pela perda do jovem de 24 anos.

- Eu vivia na Guarda, principalmente na infância. Eu tenho uma noção, mas não era tão próximo assim. Mesmo para quem é de fora, a vontade ao entrar aqui é de chorar, imagina para quem é muito próximo. Todo mundo está muito abatido, os nativos aqui estão muito sentidos, parece que morreu um irmão de todo mundo – disse Caio Santos, filho de empresários da região.

Cartazes foram espalhados pela praia da Guarda do Embaú (Foto: Caio Santos/Arquivo Pessoal)

Adeus

O surfista Ricardo dos Santos morreu às 13h10 desta terça-feira, um dia depois de levar três tiros em frente à sua casa, na Guarda do Embaú. O atleta passou por quatro cirurgias no Hospital Regional de São José, mas perdeu muito sangue e não resistiu aos múltiplos ferimentos que atingiram pulmão e tórax. Ele acabou sofrendo uma parada cardíaca.

O corpo do surfista deverá ser cremado, e suas cinzas jogadas no mar da Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina. A família aguarda a liberação do corpo do atleta pelo Instituto Médico Legal (IML) da região para ser transportado até uma paróquia, onde será realizado o velório. Apesar do desejo de jogar as cinzas de Ricardinho no mar, os parentes ainda não sabem quando isso poderá ser feito, uma vez que a morte envolve um crime, e ele ainda pode precisar passar por perícia.
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Placas em memória de Ricardo dos Santos (Foto: Caio Santos/Arquivo Pessoal)

De volta à Cidade do Galo, Bernard admite medo e infelicidade na Ucrânia

Com mais três anos e meio de contrato, jogador revela que dirigentes do Shakhtar não aceitam propostas, mas se mostra aliviado com situação: “Contrato não é eterno”

Por Léo SimoniniBelo Horizonte

Bernard voltou a sorrir no Galo, reencontrando velhos conhecidos no clube (Foto: Léo Simonini)

Bernard voltou a sorrir. O jogador esteve na Cidade do Galo, nesta terça-feira, onde o Shakhtar Donetsk-UCR treinou na véspera do reencontro da cria com o seu criador: o Atlético-MG. Em casa, o jogador conversou rapidamente com antigos funcionários do clube antes de iniciar os trabalhos ao lado da legião de brasileiros que defendem o clube. O mais assediado após o fim do treinamento, Bernard não escondeu a infelicidade por seguir no futebol ucraniano, além do medo, uma vez que o país passa por um conflito com a Rússia. O jogador revelou que a cada janela de transferências recebe propostas, não é liberado, mas que em três anos e meio poderá sair, já que o “contrato não é eterno”.
- Toda janela e férias que entro, sempre tenho propostas e passo para a diretoria, mas eles nunca aceitam. Então, é continuar trabalhando e na hora certa vai chegar. O contrato não é eterno e tenho que tentar cada vez mais. Mas sei que não há espaço para acomodação, e quando se acomoda têm jogadores que procuram evoluir, e você fica para trás. Feliz ou não, tenho que trabalhar, respeitar o clube pelo que investiu em mim e tentar dar o retorno o mais rápido possível.

Feliz ou não, tenho que trabalhar, respeitar o clube pelo que investiu em mim e tentar dar o retorno o mais rápido possível

Bernard

Com o conflito existente no país da sua atual equipe, o medo faz com que a infelicidade do jogador brasileiro aumente, e ele não faz questão de esconder isso.

- Feliz eu não estou no clube que defendo atualmente, deixo isso bem claro. Se dissesse que estou feliz, estaria mentindo, mas eles investiram muito em mim, por isso vão querer um retorno. Eles pagam o salário em dia e tenho que cumprir meu contrato, já que tenho mais três anos e meio.
Temor
Com relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, o jogador mostrou preocupação com a situação.

- Medo sempre deixei bem claro que é muito grande. A Ucrânia vive uma crise política muito grande, ainda mais contra uma potência, que é a Rússia. Venho vendo a situação em que se encontra nossa ex-cidade, Donetsk, e está complicada, inclusive para voltar.

Bernard garante não estar contente no Shakthar, mas vai cumprir contrato no clube (Foto: Reprodução / Facebook )

Corinthians sofre dois gols, mas vira para cima do Azulão e vai à semifinal

Em busca do nono título na Copinha, Timão bate o time do ABC por 4 a 2, após ficar duas vezes atrás no marcador. Rival na semi será São Paulo ou Atlético-MG

Por GloboEsporte.comBarueri, SP

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Foi o jogo mais difícil do Corinthians até aqui nesta Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Timão ficou duas vezes atrás nesta terça-feira, mas colocou a cabeça no lugar e virou o placar para vencer o São Caetano por 4 a 2, na Arena Barueri, avançando assim à semifinal da competição na qual ele busca aumentar a sua hegemonia com o nono título.
Por uma vaga na decisão, o Timão vai encarar na quinta-feira o vencedor do confronto entre São Paulo e Atlético-MG, que se enfrentam ainda nesta terça, às 21h (de Brasília), em São José dos Campos.

Matheus Cassini comemora o seu gol, o terceiro da vitória do Corinthians (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)

O jogo
A partida começou movimentada e cheia de alternativas. O Corinthians pecou nos seus dois primeiros ataques. Já o São Caetano precisou de apenas uma boa chance, aos cinco minutos de bola rolando, para abrir marcador.  Após cruzamento de Japa, Igor desvia na pequena área e o atacante Panambi completou de cabeça para o fundo da rede, sem chances para o goleiro Caique França. Curiosamente, logo após o gol, Panambi levou a pior em uma dividida e deixou o estádio com suspeita de fratura no tornozelo esquerdo. Ele deu lugar a Somália.

Sair atrás no placar não intimidou o Corinthians, que partiu com tudo ao ataque. Foram algumas boas oportunidades seguidas, porém o empate veio em uma falha infantil do goleiro Victor Cecchini. Aos 16 minutos, o volante Marciel cobrou falta da intermediária, a bola foi no meio do gol, mas o arqueiro vacilou ao tentar encaixar, deixando ela morrer no canto esquerdo.
Quando parecia que o Timão iria deslanchar em campo, o Azulão demonstrou qualidade e mais uma vez deixou claro que aproveitava melhor as chances que tinha. Após bate-rebate, o atacante Santiago recebeu na meia-lua e deu um tapa certeiro para marcar o segundo gol do time do ABC, o oitavo do artilheiro da Copinha. Na comemoração, ele imitou Cristiano Ronaldo, dizendo para a torcida do Corinthians "eu estou aqui".

Nos primeiros minutos da segunda etapa, o Corinthians já deixou claro que não desistiria de buscar o segundo gol o quanto antes. Tocantins e Matheus Cassini pecaram nas finalizações. Porém, aos dez minutos, após boa descida pela canhota, o lateral-esquerdo Arana cruzou boa bola para o centroavante Gabriel Vasconcelos empatar a partida em 2 a 2 e fazer o sétimo gol dele nesta Copinha.
Após tanto insistir, o time do Parque São Jorge acabou conseguindo a virada. Gabriel Vasconcelos caiu pela ponta esquerda e acabou sendo derrubado pelo zagueiro Vitão. Bem posicionado, o árbitro Douglas Marques das Flores marcou pênalti. Aos 22, em cobrança certeira, o meia Matheus Cassini mandou no meio da meta para virar a partida.
A partir daí, o Corinthians soube cadenciar o jogo e brecar as investidas do oponente. Quando parecia que o placar estava definido, ainda houve tempo, aos 43, para que o zagueiro Rafael Augusto fizesse o quarto gol corintiano, decretando o resultado e classificação alvinegra à semifinal da Copinha.
Formações dos times:
Corinthians: Caíque França; Léo Príncipe, Rafael Augusto, Rodrigo Sam e Guilherme Arana; Maycom, Marciel, Matheus Cassini (Yan) e Matheus Vargas (PC); Tocantins (Marcinho) e Gabriel Vasconcelos. Técnico: Osmar Loss
São Caetano: Victor Cecchini; Arthur, Vitão, Wesley e Japa; Igor, Guilherme Zanetti, Matheuzinho e Nonato (Erikinho); Panambi (Somália) (Diogo) e Santiago. Técnico: Márcio Griggio

São Paulo atropela o Atlético-MG e se agora pega o Corinthians na semifinal

Com três gols de João Paulo, sendo um olímpico, Tricolor despacha o Galo em São José dos Campos e agora se prepara para fazer clássico paulista na Copinha

Por GloboEsporte.comSão José dos Campos

Um São Paulo fulminante atropelou um inseguro Atlético-MG em São José dos Campos, na noite desta terça-feira, pelas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com três gols ainda no primeiro tempo e um quarto marcado no início do segundo, o Tricolor atropelou o Galo (4 a 0) e se classificou para as semifinais do torneio.

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• Veja como foi o Tempo Real do jogo
• Tabela da Copa São Paulo

Foi uma revanche são-paulina, já que o time havia sido goleado pelo Atlético-MG por 5 a 1 na mesma fase da edição do ano passado. Desta vez, o Tricolor se mostrou uma equipe mais rápida e focada, explorando os muitos erros da defesa mineira, que ousou ao repetir o modelo europeu de jogar mais avançada, mas acabou vacilando no mano a mano e nas saídas de bola. O centroavante João Paulo foi o destaque: fez três gols, sendo um olímpico. Luiz Araújo completou o placar.
O adversário nas semifinais será o Corinthians, que eliminou o São Caetano com uma vitória de virada, por 4 a 2, na Arena Barueri. O jogo será na quinta-feira. A Federação Paulista divulgará nesta quarta o horário e o local.

João Paulo comemora um de seus três gols contra o Atlético-MG (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)

O jogo
O São Paulo atropelou o Atlético-MG na etapa inicial. Empurrado pela torcida, o Tricolor sufocou o Galo e foi criando chance atrás de chance. O primeiro gol saiu aos 13: Lucas Fernandes enfiou para Matheus Reis, que foi à linha de fundo e cruzou. Na área, João Paulo, de voleio, completou de primeira, sem chance para o goleiro Rodolfo.
O próprio João Paulo fez o segundo, aos 27, completando de cabeça um excelente cruzamento de Luiz Araújo, da direita.

O São Paulo matou o jogo ainda no primeiro tempo, aos 44. Num vacilo incrível da defesa atleticana, que se atrapalhou toda numa cobrança de tiro de meta do goleiro são-paulino, Luiz Araújo aproveitou a sobra, limpou Rodolfo e marcou com categoria.
Se havia alguma dúvida sobre a vitória são-paulina, ela acabou logo aos três minutos do segundo tempo. Já viu centroavante batendo escanteio? E fazendo gol olímpico? Pois no Tricolor isso acontece. João Paulo, o camisa 9, contou com a ajuda do vento e fez um golaço - seu terceiro na noite. Depois disso, foi só esperar o tempo passar e confirmar a classificação. O São Paulo segue vivo, e o Atlético-MG dá adeus à Copinha.

Surfistas fazem roda no mar do Havaí,
e Slater fica horrorizado por Ricardinho

Morte de Ricardo dos Santos deixa consternado onze vezes campeão mundial: "O que aconteceu traz a luta o número de assassinatos no Brasil, que são mais de 50.000"

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Surfistas fazem roda no mar de Pipeline em homenagem a Ricardo dos Santos (Foto: Reprodução / Facebook)

Surfistas que estavam em Pipeline, no Havaí, renderam uma homenagem a Ricardo dos Santos, logo que souberam da morte do brasileiro na tarde desta terça-feira. A imagem da roda no mar foi registrada pelo fotógrafo Bidu Correia e testemunhada pelo surfista mais vitorioso de todos os tempos, o americano Kelly Slater. Na rede social, o onze vezes campeão mundial escreveu um texto em memória ao brasileiro, ressaltando o fato que Ricardo era um dos maiores pegadores de tubo do mundo. O chamou de "amigo" e lamentou o alto índice de assassinatos no Brasil, resultado, segundo ele, da "falta de educação, pobreza e drogas".

Facebook de Kelly Slater em homenagem ao surfista brasileiro (Foto: Reprodução/Facebook)

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•  Em 2011, Ricardinho citou "bandidos" e "medo de tiro" onde foi baleado
• Preso em flagrante por alvejar surfista, policial alega legítima defesa
• "Presenciei meu filho esticado no chão", diz mãe de surfista baleado
• "Corre atrás dele, faz alguma coisa", disse surfista ao tio, após ser baleado

Confira o texto de Slater na íntegra:
Uma manhã bonita, mas estou horrorizado ao perceber que todo mundo estava remando para o outside em Pipeline para formar um círculo e homenagear a memória do meu amigo Ricardo dos Santos, que faleceu no hospital após ser baleado três vezes no Brasil. Ricardo dos Santos foi realmente um dos maiores pegadores de tubo em sua curta vida (eu e outros aprendemos muito com ele, quando ele venceu um evento em Teahupoo. Ele também ganhou a prova Onda do Inverno em 2012 e 2013, com um tubo maluco em Pipeline e foi destaque nos tubos mais pesados do mundo. Essa sim foi uma perda sem sentido de vida. Infelizmente, o que aconteceu traz a luta o número de assassinatos no Brasil, que são mais de 50.000 oficializados, além de muitos outros que não são declarados. Falta de educação, pobreza e drogas não fazem uma boa mistura e torna a vida um desafio no país, um dos mais belos lugares que já fui. Minhas condolências à família e amigos de Ricardo ao redor do mundo. Nossa pequena comunidade perdeu alguém muito cedo. 
Os principais surfistas brasileiros também homenagearam Ricardinhos nas redes sociais. Gabriel Medina, Silvana Lima, Mineirinho entre outros escreveram sobre o especialista em ondas grandes.

Homenagem a Ricardinho Foto: Reprodução/ Instagram)

McGregor: "Só não bati em José Aldo ali mesmo porque amo meu dinheiro"

Irlandês diz que queria "matar" campeão dos penas quando o confrontou na plateia e afirma que brasileiro teve medo de encará-lo dentro do octógono

Por Combate.com Boston, EUA

A expectativa do público era que José Aldo, campeão dos pesos-penas do UFC, entrasse no octógono logo após a vitória de Conor McGregor sobre Dennis Siver na noite de domingo e encarasse seu próximo desafiante. Porém, o encontro entre os dois aconteceu do lado de fora do cage: o irlandês saltou a grade imediatamente após nocautear seu adversário alemão e correu na direção do brasileiro, para quem berrou uma série de provocações; Aldo, que não entende a língua inglesa, apenas riu de sua cara. McGregor afirmou na coletiva de imprensa pós-luta que tinha vontade de "matar" o rival, mas que se conteve por medo de multas por brigar fora do octógono.

O encontro entre Conor McGregor e José Aldo do lado de fora do octógono (Foto: Reprodução/Twitter)

- Apenas vi sua cabeça brasileira magricela e pensei, o que ele está fazendo sentado na primeira fileira? Pulei a grade e aí acharam que eu tinha ido ver minha namorada (que estava sentada próxima a Aldo), devem ter achado que sou romântico (risos). Mas eu queria matar aquele pequeno brasileiro. Mas Pat, braço direito do Lorenzo (Fertitta, coproprietário do UFC), interveio e eu o agradeço, porque eu gosto de dinheiro, e quando lutas acontecem do lado de fora do octógono, eles tiram seu dinheiro. Quero manter meu dinheiro. (...) Olhei para a plateia e o José estava com um pôster com minha cara fantasiado de coringa. Não sei que diabos é aquilo. Eles todos acham que é só diversão, mas não estou brincando aqui. A única coisa que me impediu de bater no José e arrebentá-lo ali na plateia foi o dinheiro, porque amo o dinheiro - disse o "Notório".
A tão aguardada encarada dentro do octógono chegou a ser anunciada pelo comentarista oficial do UFC, Joe Rogan, mas não aconteceu; segundo Dana White, presidente do UFC, José Aldo recusou o encontro por superstição:não gosta de entrar no cage se não for para lutar. McGregor não se convenceu com a "desculpa" e aproveitou para provocar.
- Superstições e rituais. "Preciso usar minha cueca da sorte", "Preciso de minha calça da sorte ou não posso lutar", "Preciso que certas coisas aconteçam para a luta acontecer". Superstições e rituais, para mim, são outras palavras para medo. Ele devia ter entrado na p*** do octógono. Entre e diga o que tem a dizer. Ele segue dizendo todas essas coisas, mas, cara a cara, ele não diz nada. Só sei isso.
A reação de José Aldo, rindo na direção do irlandês, também gerou interpretações distintas nos fãs e lutadores do Ultimate. Uns acharam que o brasileiro se saiu bem ao ridicularizar as caretas do "Notório"; outros sentiram o campeão intimidado, com "sorriso amarelo". Frequentemente comparado a Chael Sonnen, McGregor puxou outra página do repertório do falastrão americano ao citar a origem humilde de Aldo em seu comentário sobre o que viu naquele momento.
- Não sei, só vi um brasileiro magricelo. Eles todos (pesos-penas) parecem pequenos para mim. Bater este peso é trabalho duro, mas eu o faço da forma correta, o faço profissionalmente. Quando estou lá dentro contra esses caras, eles são pequenos, não se destacam, eles parecem tímidos. Olhando para ele, ele parecia só um brasileiro magricelo da favela. Só isso, igual a como o Diego (Brandão) pareceu, como um menino de 12 anos. Acho que, quando nós colidirmos, ele vai cair - afirmou McGregor, que, numa entrevista à TV americana, garantiu que vencerá o brasileiro por nocaute, "ou em quatro minutos, ou no quarto round".

Gleison Tibau vence irlandês Norman Parke por decisão dividida em Boston

Brasileiro se torna o terceiro maior vencedor da história do UFC, com 16 triunfos, atrás apenas de Matt Hughes (18) e Georges St-Pierre (19)

Por Combate.com Boston, EUA

Recordista do Brasil em número de lutas no UFC, com 24, o peso-leve Gleison Tibau abriu o card principal do "UFC: McGregor x Siver" com uma importante vitória por decisão dividida sobre o irlandês Norman Parke (29-28, 28-29 e 29-28), acabando com uma sequência de 12 lutas invicto do adversário. Esta foi a 16ª vitória de Tibau no UFC, terceira maior marca da história do evento, atrás apenas de Matt Hughes (18) e Georges St-Pierre (19), e ao lado de ninguém menos que Anderson Silva, Chuck Liddell e Randy Couture.

Gleison Tibau venceu por decisão dividida o irlandês Norman Parke em Boston (Foto: Getty Images)

A luta começou com Parke tentando aplicar chutes altos, retos e rodados, todos bloqueados pelo brasileiro. Tibau tentava entrar na guarda do irlandês, que se movimentava muito e evitava a aproximação  e os golpes do brasileiro. Os lutadores buscavam ajustar a distância e aplicavam muitos golpes no vazio, e as tentativas de luta agarrada paravam nas guardas de ambos.
No segundo round, após ouvir as instruções do seu córner, Gleison Tibau começou buscando levar Parke para o chão, mas o irlandês defendeu a tentativa, e a luta voltou a ser disputada como no primeiro round até a metade do round, quando Tibau conseguiu a derrubada, mas Parke levantou-se rapidamente, evitando o jogo de chão do brasileiro. Tibau conseguiu uma nova queda, mas Parke livrou-se agilmente da posição a segundos do intervalo.
No terceiro e último round, ciente que perdeu o round anterior, Parke voltou mais ativo, buscando novamente atacar Tibau logo no início. O brasileiro aceitava o jogo do irlandês e não tomava a iniciativa da luta como no round anterior. Parke buscava o combate, e nem mesmo uma tentativa errada de aplicar uma queda, cedendo as costas ao brasileiro, tirou o domínio do irlandês no round. No fim, ambos comemoraram, mas apenas Tibau manteve a celebração após o anúncio do resultado.
Ferimento no supercílio esquerdo dá vitória a Uriah Hall sobre Ron Stallings
Na antepenúltima luta da noite, Uriah Hall, o "Homem-Ambulância" do TUF 17, conseguiu mais uma vitória no UFC ao derrotar o estreante Ron Stallings por nocaute técnico após a interrupção médica a 3m37s do primeiro round, em decorrência de um corte profundo no supercílio esquerdo após um duro cruzado aplicado por Hall logo no início da luta. Após a interrupção, Uriah Hall cumprimentou Ron Stallings e mostrou-se preocupado com o ferimento.

Uriah Hall tenta aplicar uma bela joelhada voadora contra Ron Stallings em Boston (Foto: Getty Images)

- Eu vim para me divertir. Sabia que meu adversário teve de aceitar a luta com pouco tempo de antecedência, e queria parabenizá-lo por isso. Eu vi que a pele dele estava começando a dobrar, e quero agradecê-lo de verdade por aceitar essa luta - disse Uriah Hall após a luta.
A luta começou com Hall buscando imediatamente uma joelhada voadora, mas Stallings conseguiu desviar. Aparentando muita confiança, Hall tentava golpes de efeito, e lutava com a guarda totalmente baixa. Após alguns chutes baixos de Stallings, Hall conseguiu aplicar um belo cruzado de direita que derrubou o adversário. Após alguns golpes no chão, Stallings levantou-se, mas o árbitro Herb Dean decidiu interromper a luta e chamar o médico para avaliar um corte no supercílio esquerdo do lutador. O médico examinou e ordenou que a luta fosse encerrada.
Confira as lutas do card preliminar:
Cathal Pendred venceu Sean Spencer por decisão unânime (29-28, 30-27 e 30-27)
Lorenz Larkin venceu John Howard por nocaute técnico aos 2m17s do R1
Chris Wade venceu Zhang Lipeng por decisão unânime (triplo 30-26)
Patrick Holohan venceu Shane Howell por decisão unânime (triplo 30-27)
Johnny Case venceu Frank Perez por nocaute técnico a 1m54s do R3
Charles Rosa venceu Sean Soriano por finalização aos 4m43s do R3
Sean O'Connell venceu Matt Van Buren por nocaute técnico aos 2m11s do R3
Joby Sanchez venceu Tateki Matsuda por decisão dividida (29-28, 28-29 e 30-27)

Cerrone pede folga e diz que deve enfrentar Nurmagomedov em seguida

Vitória sobre Ben Henderson, na decisão unânime, foi a sétima seguida em 14 meses. Lutador aceitou combate com apenas 15 dias de antecedência

Por Combate.com Boston, EUA

Donald Cerrone venceu Ben Henderson na decisão unânime dos juízes (Foto: Getty Images)

Quando Donald Cerrone anunciou, um dia depois de derrotar Myles Jury no UFC 182, que substituiria Eddie Alvarez e enfrentaria Ben Henderson cerca de 15 dias mais tarde, muita gente o criticou por aceitar um duelo com tão pouco tempo. Mas o “Caubói” queria ter uma performance melhor do que a que teve contra Jury, a qual chegou a considerar como a “pior de sua carreira”. Mesmo com pouco tempo para se preparar, ele entrou no octógono do UFC em Boston, na madrugada deste domingo, e conquistou a sua sétima vitória seguida em 14 meses, derrotando o amigo e ex-campeão da categoria na decisão unânime dos juízes. Mas foi só o duelo acabar para o  lutador da Jackson’s MMA mudar o seu tradicional discurso de quem não vê a hora de voltar ao octógono.
- Ben é um grande amigo e essa é uma vitória difícil de comemorar. Agora tenho sete vitórias seguidas, me sinto bem, só que é hora de tirar um tempo de folga, curtir o Super Bowl, descansar um pouco - disse, provocando surpresa entre os jornalistas presentes à coletiva de imprensa pós-luta.
Questionado se ainda gostaria de lutar em Denver, no evento que acontecerá em 14 de fevereiro, Cerrone sorriu, afirmando que não seria possível. Mas, mesmo pensando em suas merecidas férias, o lutador não consegue se desligar completamente do esporte e já planeja  seu próximo combate, que deve ser contra o atual segundo colocado do ranking da divisão, o russo Khabib Nurmagomedov.
- Acho que não será possível (lutar em Denver), mas falando com o Dana (White) e o Lorenzo Fertitta, acho que o Khabib será o próximo com certeza. Espero que ele esteja pronto até lá, mas não sei. Como disse, luto contra qualquer um em qualquer lugar, então eu estarei pronto para enfrentar quem quer que esteja pronto - declarou.
Enquanto Cerrone tira férias, Nurmagomedov se recupera de uma grave lesão no joelho, que o tirou a chance de ser o próximo a disputar o cinturão de Anthony Pettis. O lutador russo está invicto na carreira há 22 lutas e vem de vitória sobre o brasileiro Rafael dos Anjos, em abril do ano passado. Cerrone, por sua vez, chegou, na madrugada deste domingo, a um cartel de 27 triunfos, seis derrotas e um empate.