terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CBV e Banco do Brasil assinam aditivo e patrocínio ao vôlei está mantido

Acordo entre as partes é celebrado após denúncia de supostas irregularidades em contrato anterior. Novos itens contratuais devem ser implementados em 90 dias

Por Rio de Janeiro
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou, nesta segunda-feira, a manutenção do patrocínio do Banco do Brasil. O contrato foi celebrado após a assinatura de um aditivo entre as duas partes. O patrocínio havia sido suspenso em dezembro do ano passado, após denúncia de supostas irregularidades. Entre as novas medidas adotadas estão a definição de parâmetros na destinação do bônus de performance aos atletas, criação da ouvidoria da CBV e o compromisso de buscar ressarcir os valores pagos de serviços sem comprovação de execução. Segundo a assessoria de imprensa da CBV, os valores somados totalizam aproximadamente R$ 30 milhões.
Polônia x Brasil vôlei (Foto: AP)Voleibol brasileiro é patrocinado pelo Banco do Brasil desde 1991 (Foto: AP)
A CBV assumiu junto ao Banco do Brasil o compromisso de que todos os itens do aditivo sejam implementados em 90 dias. A continuidade dos pagamentos previstos em contrato, retomada pela assinatura dos aditivos, garante ao voleibol a manutenção das etapas do vôlei de praia e o planejamento das seleções com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016.
Patrocinador da CBV desde 1991, o Banco do Brasil suspendera momentaneamente os pagamentos à entidade, não repassando as quantias referentes aos meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Após o novo acordo, os dois repasses serão realizados de forma retroativa.
- A CBV nunca pensou em encerrar o patrocínio, mas tínhamos ciência de que precisávamos racionalizar gastos, melhorar o controle e uma gestão que pudesse gerar ainda mais conquistas, ainda mais desenvolvimento e ainda mais orgulho aos brasileiros. Nós temos esse compromisso não só com o Banco do Brasil, mas com nossos outros parceiros, nossos atletas, e o mais importante, o compromisso com o amante do voleibol brasileiro - afirmou o presidente da CBV, Walter Pitombo Larangeiras.
Superintendente geral da entidade, Neuri Barbieri elogiou a celebração do contrato e ressaltou o novo crédito dado pelo banco estatal.
- Uma negociação é produtiva quando os dois lados ganham. Com a continuidade, ganha a CBV, ganha o voleibol brasileiro. Esse crédito que o atual presidente recebeu é uma prova da confiança que ele possui dentro da CBV com seus filiados, também externamente com nossos parceiros - ressaltou.
entenda o caso
No dia 11 de dezembro, o Banco do Brasil anunciou a suspensão do patrocínio à CBV após o relatório divulgado pela CGU que aponta irregularidades na gestão do dinheiro público na entidade desportiva. Os contratos irregulares, juntos, atingiriam o valor de R$ 30 milhões em pagamentos feitos entre 2010 e 2013.
Entre as irregularidades encontradas na auditoria realizada pelo órgão do Governo Federal estão pagamentos para empresas possivelmente fantasmas de genros do ex-presidente da Confederação, Ary Graça. A CGU também identificou que bônus de performance não eram repassados aos atletas.
confira o comunicado emitido pela cbv
Nesta segunda-feira (19.01) a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e o Banco do Brasil assinaram aditivos ao contrato de patrocínio entre as entidades e reafirmaram a mais vitoriosa parceria do esporte brasileiro.
Desde dezembro CBV trabalha para a implantar um novo modelo de gestão com maior controle dos recursos pela comunidade do voleibol e pelo patrocinador. Nos aditivos assinados constam a implantação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV com participação de representantes da comunidade do voleibol, implantação de regras de contratações, reformulação do Conselho Fiscal, definição de parâmetros na destinação do bônus de performance aos atletas, criação da Ouvidoria da CBV e o compromisso de buscar ressarcir os valores pagos de serviços sem comprovação de execução.

A CBV assumiu junto ao Banco do Brasil o compromisso de que todos os itens dos aditivos sejam implementados em 90 dias. A continuidade dos pagamentos previstos em contrato, retomada pela assinatura dos aditivos, garante ao voleibol a manutenção das etapas do vôlei de praia e o planejamento das seleções com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016, inalterados.

A CBV destaca que o Banco do Brasil foi o maior parceiro do voleibol brasileiro nos últimos 24 anos, período em que conquistamos 11 medalhas olímpicas na praia e outras 08 medalhas na quadra, além de se apresentar como favorito em todas as competições e em todas as categorias. As conquistas atraíram novos parceiros como a Olimpikus, Gol Linhas Aéreas, Gatorade, Mikasa e Nívea.

A assinatura dos aditivos também marca uma nova fase no relacionamento da atual diretoria com a comunidade do voleibol, com o compromisso de compartilhar as decisões que impactam no desenvolvimento da modalidade em nosso país.

Mais do que comemorar a continuidade da parceria, o brasileiro já acostumado às conquistas do voleibol, quer ver em destaque no pódio olímpico a camisa amarelinha tradicional estampando a logomarca do Banco do Brasil, um orgulho nacional.

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