Sem Fred, mas com vitória: Flu bate o Inter em noite de reencontros
Cavalieri defende penalidade, Souza faz gol de centroavante e Rafael Moura completa de pênalti no Engenhão: 2 a 0 na estreia da nova camisa
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Na estreia do novo terceiro uniforme, o Fluminense não teve Fred, que foi à delegacia em vez de ir para o estádio – incomodado com ameaças de torcedores que, segundo ele, tiraram sua condição psicológica para atuar. Mas teve gols de centroavante mesmo assim. Com Souza brincando de ser camisa 9 e Rafael Moura completando de pênalti, o Tricolor venceu o Inter por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, no Engenhão, em jogo que marcou o reencontro do time gaúcho com três símbolos de sua história recente: o volante Edinho, o atacante Rafael Sobis e o técnico Abel Braga.No final da partida, os autores dos gols do Flu dedicaram a vitória a Fred.
- Corremos por um companheiro que teve que sair da concentração para se proteger de algumas coisas. Dedicamos essa vitória ao Fred, que é fundamental para nós, um líder - disse Souza, que teve a declaração reforçada por Rafael Moura.
- O gol e a vitória são para o Fred - declarou o He-Man.
Os gaúchos foram superiores no primeiro tempo, mas perderam repetidas chances, especialmente com Tinga. O Flu voltou melhor do intervalo, fez o gol da vitória, suspirou de alívio ao ver Diego Cavalieri defender pênalti batido por D’Alessandro e ainda aumentou com Rafael Moura. O time da casa reclamou de dois outros lances duvidosos na área colorada. A arbitragem nada marcou.
Tinga não é Damião
Tinga, Tinga e mais Tinga. Posse, posse e mais posse. E nada de gol. Contra um Fluminense pouco criativo e sem poder de marcação capaz de anular o oponente, o time gaúcho apresentou sua maior qualidade e seu maior defeito ao mesmo tempo: ter a bola sob seu domínio e não conseguir transformar isso em agressividade.
O Fluminense ficou a ver navios nos primeiros 20 minutos. E depois melhorou. Mas não foi um crescimento significativo a ponto de tomar o controle do jogo. Dos males, o menor: para quem corria o tempo todo para lugar nenhum, firmar pé em campo e pelo menos conseguir medir forças com o adversário foi um avanço.
Como consequência, até surgiram chances para a turma comandada por Abel Braga. Gum, de cabeça, teria marcado se Muriel não voasse com perfeição para espalmar. Rafael Sobis também teve sua chance, mas não conseguiu o melhor encaixe – concluiu fraco.
O time da casa reclamou de um pênalti. Marquinho e Kleber enroscaram os braços dentro da área. O jogador tricolor foi ao chão. Os colorados se irritaram com ele. A arbitragem preferiu nada marcar.
Gols estilo Fred. Cavalieri defende pênalti
Etapa nova, vida nova para o Fluminense. O intervalo fez bem ao time carioca, que inverteu a lógica do primeiro tempo e voltou melhor a campo. Os tricolores aumentaram a posse, avançaram o time, manifestaram mais perigo ao gol de Muriel. E chegaram lá.
Se Tinga não foi Damião no primeiro tempo, Souza viveu um momento de Fred no segundo. Mariano cruzou da direita, a bola atravessou a área, passou por Rafael Moura e caiu na cabeça do meio-campista. A conclusão foi cruzada, no canto oposto de Muriel: 1 a 0 para o Flu.
O Fluminense ainda teria tempo de mostrar ao Inter que pênalti não é artigo que se jogue fora. Wilson Matias derrubou Fernando Bob dentro da área - e foi expulso. Rafael Moura foi melhor que D'Alessandro. Bateu firme, superou Muriel e encerrou a esperança de reação dos colorados.
Final: 2 a 0 para os tricolores, diante de público de 4.637 pagantes e renda de R$ 155.385,00.
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