Tranquilo, Rubinho chega ao seu 19º GP do Brasil: 'Não vou me despedir'
Sem ansiedade, brasileiro diz que principal chance em 2012 é continuar na Williams. Para o piloto, carinho do público em Interlagos é algo inigualável
(Foto: Rafael Lopes/GLOBOESPORTE.COM)
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Rubinho disse que não vai se despedir da torcida brasileira neste GP do Brasil em Interlagos. Segundo ele, sua forma está no auge; a motivação, em alta; e seria um desperdício não aproveitar sua competitividade.
- Não vou me despedir do Brasil e nem o Brasil vai se despedir de mim. É um fim de semana de amor. Sinto que estarei aqui no ano que vem. Só vou me despedir uma vez dos brasileiros e espero que seja com 114 anos (risos). Não tenho medo de deixar de me despedir. Amo o país e estou aqui pela torcida. Veja quanta gente boa não durou na Fórmula 1. Estar aqui há 19 anos é muito bom e quero estar competitivo no 20º. Nunca estive tão bem fisicamente e seria um desperdício não utilizar a minha competitividade agora. Nem sei o número de corridas que disputei. Para mim, o que vale é o fato de lutar por uma equipe (a Williams) que será melhor em 2012. Vejo como uma chance a mais. Quero ir com tudo - disse Rubinho.
Por isso, Rubinho prefere curtir os dias em Interlagos. Ele fez questão de levar a família para o autódromo e aproveitar cada momento. Cada passagem pela entrada do paddock, a parte de trás dos boxes, é uma festa para o público, que não cansa de gritar o nome do piloto. As dificuldades das primeiras corridas no Brasil ficaram para trás.
- No começo, Interlagos era uma situação de muita pressão para mim. Queria abraçar o mundo. Foi muito, muito difícil. Mas tudo isso me deu essa alegria e a paz que tenho. É bom olhar para o público e sentir aquele carinho. Meu coração está em paz. É a melhor semana do ano, estou vivendo um momento especial. Tenho de me orgulhar desses 19 anos, pelo fato de ainda andar bem. Ninguém vai fazer o favor de deixar o Rubinho correr. Se Deus quiser e eu realizar esse sonho, será porque acharam que eu era competitivo, e isso terá um valor até maior do que a parte financeira, o que acontece muito na Fórmula 1 atualmente.
Tudo isso após uma temporada complicadíssima para a Williams, que apareceu muito bem nos testes de pré-temporada, mas caiu muito já no início do ano. Rubinho admite que a equipe andou com pouca gasolina no tanque, mas o problema maior foi a altura do carro. Com ele cheio de combustível, ele ficava baixo demais, fora do regulamento. E os ajustes não foram os ideais.
- A gente estava andando com menos gasolina do que a galera nos testes. O carro se comportou de uma maneira que parecia melhor. No fim, tivemos noção de ele não poderia ficar tão baixo para a aerodinâmica. A equipe não conseguiria manter o carro dentro do regulamento. Aí danou-se tudo. Não estávamos competitivos na primeira prova e depois não houve o progresso durante o ano. Isso não se deve à falta de tentativas. Eles tentaram arrumar. Mas, com a saída do Sam Michael (ex-diretor-técnico) e a entrada do Mike Coughlan, ficou um vácuo.
- O sofrimento maior é da família. Eles me incentivam 100%, querem saber o que se passa na minha cabeça e passo uma calma muito grande. Até os acalmam, mas eles ficam naquela ansiedade. O pai quer saber o que o filho está pensando, a esposa quer saber do marido. As crianças é estão tranquilas, sabem que o papai vai sair para correr. Tenho um lado muito acolhedor pós-Fórmula 1, não estou preparado para ele, mas é muito acolhedor.
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