Andrada se defende e jura não ter participado de mortes na ditadura
Exclusivo: SporTV News ouve arqueiro do gol 1.000 de Pelé, acusado de
envolvimento em duas mortes durante o regime militar argentino em 1983
Andrada se tornou alvo do rancor da população, principalmente depois que a promotoria da província de Santa Fé o denunciou por, supostamente, ter participado da execução de dois militantes políticos em 1983. Osvaldo Cambiasso e Eduardo Pereira Rossi foram levados para um galpão onde foram torturados e assassinados. O ex-goleiro se diz inocente e garante ser vítima de calúnia e difamação.
- Me incomoda, sim, porque não é verdade. Mas não importa, tenho que esperar. A vida é assim. Quando você se descuida um pouquinho, o mundo desaba na sua cabeça. Eu sou inocente - disse Andrada.
Eduardo Constanzo, torturador confesso do governo militar que vive em prisão domiciliar, foi quem acusou Andrada pela primeira vez. Por ter denunciado vários ex-companheiros, ele é ameaçado de morte e vive com proteção policial.
A produção do SporTV News teve acesso ao processo contra Edgardo Norberto Andrada. O documento confirma que ele se juntou ao grupo de inteligência do exército em 1981, dois anos antes de encerrar a carreira, e usava o pseudônimo de Eduardo Néstor Antelo. Na época, atuava pelo Colón. Aos 73 anos, com problemas para se locomover e enxergar, Andrada se sente injustiçado. Ele não entende por que o passado, que já lhe trouxe tantas glórias, hoje também o persegue.
- Pode levar o tempo que leve. Se tudo correr bem e a inocência prevalecer, eu estarei aqui - afirmou Andrada.
A matéria completa com o ex-goleiro do Vasco vai ao ar nesta terça-feira no SporTV News a partir das 23h (de Brasília).
Nenhum comentário:
Postar um comentário