Final da Taça Rio reúne geração de velhos amigos do futebol carioca
Fellype Gabriel fala com carinho da antiga relação com Diego Souza, que também conhece zagueiro Antônio Carlos desde a base do Fluminense
- Quando ele foi para o Benfica-POR, eu estava na França (no Ajaccio), e não éramos tão aproveitados, havia muito rodízio. Então, nos dávamos força via MSN, telefone, sempre procuramos saber o que estava acontecendo um com o outro. É uma amizade que tenho orgulho de levar para a vida toda, independentemente da distância. Sempre marcamos algo no fim do ano, um churrasco, uma pelada, porque a rotina de jogos e viagens impede que a gente esteja junto - recordou o defensor, que, na base, atuava na mesma posição de Diego: volante.
- Ele era marcador, cara, pegava mesmo (risos). Depois, eu virei zagueiro, junto com o Rodolfo, outro parceiro nosso, que vivia na minha casa porque a família dele é de fora, e o Diego virou atacante. É até curioso, o caminho normalmente é ao contrário, mas ele sempre teve muita habilidade e é forte.
O camisa 10 cruz-maltino confirma que sempre tenta estar com o colega alvinegro, mas que nas últimas semanas o contato vêm sendo raro. Tudo para se preservarem até a final da Taça Rio.
- Nós nos enfrentamos várias vezes e estamos sempre juntos. Mas, quando chega perto de um jogo decisivo como o de domingo, a gente procura nem se falar, porque a rivalidade é muito grande. Quando você joga contra um amigo, não quer perder de jeito nenhum - ressaltou o vascaíno.
Antes da partida, Antônio Carlos se prepara para marcar mais uma vez o meia, como o fez na vitória por 3 a 1, em março, e revela que o antigo retrospecto contra o rival o perturbava.
- Espero que o Botafogo saia vencedor, porque na época dele de Palmeiras eu estava perdendo muito e estava me incomodando (risos). Agora já equilibrou - brincou.
Destes jogadores, fundamentais no esquema de Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges, apenas Fellype e Andrezinho foram criados na Gávea. Campeão carioca em 2005 pelo Tricolor, o zagueiro do Glorioso ressalta que o trabalho feito em Xerém foi marcante.
- Aquela geração de Xerém era muito boa, todos mundo que subiu conseguiu se firmar. A gente sempre foi unido, porque passou por dificuldades - comentou Antônio, que citou o técnico da época, Gilson Gênio, como o responsável por ajudar na cabeça e na técnica de cada um.
Amizade com Fellype Gabriel vem do tempo de escola
Léo Moura no Fla de 2005 (Foto: Agência Globo)
- Fomos da mesma turma e depois de turmas separadas. Nos conhecemos há muito tempo e nossas famílias também têm ótima relação. É um cara de quem todo mundo gosta, muito brincalhão. É o que vemos nas comemorações, não o que ele passa às vezes na imprensa, meio sério. Depois, nos separamos, mas mantivemos contato. A gente se fala, troca ideia sobre futebol... - contou Fellype, que voltou ao Rio no início deste ano, assim como Andrezinho e Rodolfo, depois de duas temporadas no Japão, e revelou uma dívida com o vascaíno.
- Estamos tentando marcar um futevôlei desde que eu voltei, estou devendo isso a ele.
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