TUF: Carina Damm critica 'chorões'
e enaltece atuação do irmão Rodrigo
Lutadora fala sobre infância pobre no Espírito Santo, ajuda ao irmão e início dele nas artes marciais: 'O Rodrigo tomava atraso nas lutinhas em casa'
- Na realidade, os "smurfs" vêm reclamando o programa inteiro. Vai muita da mentalidade do próprio treinador, o Wanderlei. É estratégia de quem perde. E como o Wanderlei vem no time de chorões, eles vêm fazendo isso - disse, fazendo referência ao apelido dado por Vitor Belfort, o outro treinador do programa, por causa da cor azul do uniforme da equipe do "Cachorro Louco".
- Achei que o Rodrigo dominou. Aplicou três quedas seguidas só ali no primeiro round. O Rodrigo foi oito vezes campeão brasileiro de luta olímpica (wrestling) e é atleta da seleção brasileira da modalidade. Ele sempre foi destaque nisso. Ele é muito bom, e é melhor ainda no jiu-jítsu. Já finalizou o José Aldo em uma competição de jiu-jítsu em Campos, no interior do Rio de Janeiro, e foi até capa de uma revista por causa disso.
John Macapá (Foto: Divulgação/TUF Brasil)
- O Rodrigo tomava muito atraso nas lutinhas em casa, depois que comecei a praticar jiu-jítsu. Eu dava uns atrasos nele porque a gente era muito agitado e elétrico. Aí ele resolveu que queria praticar também. Naquela época, o jiu-jítsu era caro para criança pobre, e a gente tinha que comprar quimono, pagar mensalidade...
Apesar de ter começado depois, o peso-pena hoje tem a mesma faixa-preta da irmã e uma graduação ainda mais elevada. A faixa preta de Carina, por sinal, foi entregue por Rodrigo. Sobre a história da venda de cordões contada por ele no programa, ela explicou:
- Eu tinha uns cordões, fazia outros e comprava algumas joias. Aí dava para ele vender para outras pessoas, assim poderia pagar as competições.
- A gente teve uma infância e uma adolescência muito difíceis. Faltou apoio da família pelas nossas condições. Éramos humildes mesmo. Eu, ele e nossa irmã mais velha, Suelen, que não tem nada a ver com lutas e se formou em Direito, cuidávamos uns dos outros. O Rodrigo teve um apoio maior da gente por ser o mais novo. Eu já trabalhava antes e tomava conta dele. Deixava de comprar às vezes o básico de casa para ajudá-lo a competir. E eu sempre acreditei no potencial dele. Ele me deu o primeiro chute quando tinha sete anos, e não consegui revidar (risos). Vou fazer tudo o que eu puder para ele chegar lá - finalizou Carina.
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