Rivais na segunda divisão, Jabuca e Briosa já contaram com Neymar
Craque do Peixe já passou pelas categorias de base das duas equipes santistas, que fazem neste fim de semana o Clássico das Praias
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Neymar
é o grande astro de um Santos cada vez mais campeão. Mas nem sempre ele
foi astro do Peixe. Sua história começou em clubes bem mais humildes,
vizinhos da Vila Belmiro: Jabaquara e Portuguesa Santista. As duas
equipes - que neste domingo, às 10 horas, fazem o Clássico das Praias
pela quinta rodada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão - já
puderam contar com o futebol do atacante antes de ele ir para o
Alvinegro Praiano, sempre sob a batuta de Roberto Antônio dos Santos, o
Betinho, descobridor e primeiro treinador do craque.
Neymar, com uma faixa na cabeça, atuando pela Briosa (Foto: Raimundo Rosa/Jornal A Tribuna)
O primeiro a ter a camisa vestida por Neymar foi o Jabaquara, em 1998.
Na ocasião, o então garoto de seis anos treinava com Betinho no Tumiaru,
tradicional clube de São Vicente, cidade vizinha a Santos, e participou
de um torneio interno de futebol de salão no Jabuca, a convite do
próprio técnico - que também possuía uma escolinha no clube da
Caneleira.
- Era um torneio de fim de semana e, naquela época, onde eu ia, o
Neymar ia comigo. Então, chamei ele e mais alguns meninos para disputar
aquele campeonato. E não deu outra: o time do Neymar foi campeão, ele
foi o melhor jogador e o artilheiro da equipe - recorda Betinho, que
também foi responsável por revelar o atacante Robinho e hoje trabalha
como um dos avaliadores das franquias de escolas de futebol do Santos.
Desde cedo, no Jabaquara, o futebol do então pequeno Neymar chamava atenção. Veloz e habilidoso, o hoje ídolo santista já se destacava pela agilidade de raciocínio e se sobressaía mesmo contra os garotos mais velhos.
- Neymar ainda não era forte fisicamente, mas era muito dinâmico, jogava com muita facilidade. Já era muito inteligente, isso a gente percebia rapidamente. Sempre chegava antes da marcação. E ele não ficava parado em quadra, buscava se movimentar constantemente. Já demonstrava uma coordenação motora muito grande - conta o antigo treinador do atacante.
Bicicleta na Briosa
No ano seguinte, Betinho passou a treinar o futsal da Portuguesa Santista - que havia firmado uma parceria para disputa da Série Ouro do campeonato regional da modalidade. Mais uma vez, levou Neymar para fazer parte da equipe. O título não veio (a Briosa ficou em terceiro lugar), mas o atacante mais uma vez brilhou, sendo o goleador do time rubro-verde.
Neymar com o troféu que ganhou defendendo o Jabaquara (Foto: Arquivo / Jabaquara AC)
Em 2003, os caminhos de Neymar e Portuguesa Santista voltaram a se
cruzar - e não só no futsal. Foi naquele ano que o jogador disputou pela
primeira vez um torneio oficial no futebol de campo. Mais uma vez,
comandado por Betinho.
- Na Portuguesa, o Neymar começou de meia-esquerda, e já fazia muito do que faz hoje, que é buscar a bola lá atrás e partir para cima com ela, sempre com muita habilidade - lembra Betinho, recordando ainda que foi com a camisa da Briosa que o craque marcou o gol que até hoje persegue como profissional. - Foi na final de um torneio em Cascavel, no Paraná. Ele virou uma bicicleta linda e marcou um golaço, em plena decisão. Impressionou todo mundo! - conta, empolgado.
No ano seguinte, Neymar se transferiu para o Santos. E se a carreira do craque tomou um rumo ascendente após a chegada à Vila Belmiro, o mesmo não pode ser dito de Jabuca e Portuguesa, que estão na última divisão do futebol paulista. Para Betinho, com a experiência de quem já trabalhou nos dois clubes, ver a dupla nesta situação é algo um tanto diferente.
- É esquisito, vamos dizer assim. Quem sabe, uma saída fosse esses garotos que não estão com espaço no Santos e acabam deixando o clube na base darem sequência nas demais equipes da região. Temos muitos talentos aqui na Baixada Santista - diz.
Neymar já era muito inteligente, isso a gente percebia rapidamente"
Betinho, primeiro técnico do craque, no Jabaquara
Desde cedo, no Jabaquara, o futebol do então pequeno Neymar chamava atenção. Veloz e habilidoso, o hoje ídolo santista já se destacava pela agilidade de raciocínio e se sobressaía mesmo contra os garotos mais velhos.
- Neymar ainda não era forte fisicamente, mas era muito dinâmico, jogava com muita facilidade. Já era muito inteligente, isso a gente percebia rapidamente. Sempre chegava antes da marcação. E ele não ficava parado em quadra, buscava se movimentar constantemente. Já demonstrava uma coordenação motora muito grande - conta o antigo treinador do atacante.
Bicicleta na Briosa
No ano seguinte, Betinho passou a treinar o futsal da Portuguesa Santista - que havia firmado uma parceria para disputa da Série Ouro do campeonato regional da modalidade. Mais uma vez, levou Neymar para fazer parte da equipe. O título não veio (a Briosa ficou em terceiro lugar), mas o atacante mais uma vez brilhou, sendo o goleador do time rubro-verde.
- Na Portuguesa, o Neymar começou de meia-esquerda, e já fazia muito do que faz hoje, que é buscar a bola lá atrás e partir para cima com ela, sempre com muita habilidade - lembra Betinho, recordando ainda que foi com a camisa da Briosa que o craque marcou o gol que até hoje persegue como profissional. - Foi na final de um torneio em Cascavel, no Paraná. Ele virou uma bicicleta linda e marcou um golaço, em plena decisão. Impressionou todo mundo! - conta, empolgado.
No ano seguinte, Neymar se transferiu para o Santos. E se a carreira do craque tomou um rumo ascendente após a chegada à Vila Belmiro, o mesmo não pode ser dito de Jabuca e Portuguesa, que estão na última divisão do futebol paulista. Para Betinho, com a experiência de quem já trabalhou nos dois clubes, ver a dupla nesta situação é algo um tanto diferente.
- É esquisito, vamos dizer assim. Quem sabe, uma saída fosse esses garotos que não estão com espaço no Santos e acabam deixando o clube na base darem sequência nas demais equipes da região. Temos muitos talentos aqui na Baixada Santista - diz.
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