Grêmio para na retranca do Coxa, e 0 a 0 só agrada um invicto no Olímpico
Times seguem com longas séries invictas no Brasileirão. O Tricolor gaúcho, no entanto, começa a sentir a pressão do São Paulo pelo G-3
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estatísticaposse de bolaO Grêmio teve muito mais posse de bola, 60%, por vezes, mais de 70%, mas deixou a prova de que isso não é sinônimo de vitórias.
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mais caçadoGladiadorKleber chegou ao seu sétimo jogo sem marcar gols no Grêmio. Ao menos segue a sua marca de ser o mais caçado: sofreu cinco faltas na partida
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não deu certoMarcelSubstituto do artilheiro Deivid, Marcel, ex-Grêmio não conseguiu manter os gols do titular. Sequer finalizou a gol e não trouxe perigo a Grohe
O duelo de invictos foi incapaz de tisnar as marcas de Grêmio e Coritiba No entanto, só um dos clubes saiu satisfeito do gramado do Olímpico na noite deste sábado. Firme na defesa, o Coxa segurou o ímpeto gaúcho e a pressão da torcida tricolor. Deixou o placar inalterado: 0 a 0, em duelo válido pela 31ª rodada do Brasileirão.
O empate frustra o Grêmio, que poderia dormir na vice-liderança pela segunda vez na competição - o que já ocorrera na 29ª rodada. Com apenas um ponto ganho, tem que contentar com a manutenção do terceiro lugar. O Atlético-MG, que enfrenta o Fluminense no domingo, está um ponto a frente. Também há o perigo do emergente São Paulo, que, se vencer o Flamengo, neste domingo, ficará a apenas um ponto de alcançar o clube gaúcho.
Mesmo estancando uma série de quatro sucessos consecutivos, o Coritiba só tem a comemorar. Sobe para a 10º posição, com 42 pontos, superando o Santos. Além disso, fica distante dez pontos da nebulosa zona de rebaixamento.
O Tricolor volta a pensar no Brasileirão só no sábado, quando enfrenta o Bahia, ás 18h30m, no Pituaçu. Antes, entra em campo pela Sul-Americana, na partida de volta das oitavas de final. O rival é o Barcelona-EQU na quarta-feira, no Olímpico. O Coxa vai tentar retomar o rumo das vitórias diante do líder Fluminense, na quinta, às 22h, no Engenhão.
Muralha verde barra ataque azul
Ambos desconheciam há tempos o acre sabor da derrota - o Grêmio começou o sábado há nove jogos sem perder, e o Coritiba, há cinco -, os visitantes não se importaram em sustentar a marca levando apenas um ponto do Olímpico. Sólido na defesa, o time de Marquinhos Santos não permitia finalizações próximas ao gol de Vanderlei. E o Grêmio bem que tentou. Aos 5 minutos, Julio Cesar, de volta à equipe depois de seis meses de molho por cirurgia no joelho, chegou à linha de fundo e ofereceu a bola a Leandro. Bem marcado, não conseguiu chutar com precisão.
Acuado, o Coritiba, que a muito custo chegava a 35% da posse de bola no primeiro tempo, preocupou a zaga tricolor apenas uma vez. Aos 27, em falta cobrada por Rafinha que Marcelo Grohe precisou se esticar e espalmar. Faziam falta o artilheiro Deivid e o criador Lincoln, ambos suspensos.
O marasmo paranaense passou a contagiar o Grêmio, que só voltou a causar frisson na torcida aos 40 minutos. De novo com Zé Roberto. Desta vez, tirou de seu cinto de utilidades uma cartada até então inédita. Contra o ferrolho alheiro, lançou mão um golpe de calcanhar que deixou Leandro frente a frente com Vanderlei. Melhor para o goleiro.
A queda de rendimento também foi percebida pelo árbitro, que encerrou a primeira etapa sem acréscimos, nos exatos 45 minutos.
- A gente precisa ter paciência - pediu o destaque Zé Roberto.
- O importante é que não sofremos gol no primeiro tempo. Vamos continuar assim e tentar sair com uma vitória - analisou Rafinha.
- Tem que colocar melhor o colega na cara do gol - receita Kleber.
As dicas foram azuis, mas quem as aproveitou no início do segundo tempo foram os jogadores do Coxa. Aos 2 minutos, Vinicius invadiu a área e soltou um foguete que passou zunindo, ao lado do poste de Grohe.
Bertoglio entra, mas não resolve
O lance foi isolado, de um Coritiba de poucas pretensões. Mesmo assim, foi a senha para a torcida do Grêmio se impacientar com o que seria o terceiro empate consecutivo no Brasileirão. A angústia se transformou em precipitação do experiente Zé Roberto. Em carrinho forte no campo de ataque, levou cartão amarelo e não enfrentará o Bahia. Um minuto depois, aos 17, foi a vez de Vinicius ser amarelado por falta dura em Kleber.
A torcida voltou a se animar com a falta, que seria desperdiçada por Fernando. Mas a animação ficou plena quando Luxemburgo apontou seu dedo para Facundo Bertoglio. O seu xodó estava de volta, e o grito das arquibancadas soava como o gol que teimava em não sair. Cinco meses depois de sua última partida pelo Grêmio, o argentino, que precisou ser reemprestado pelo Dinamo, de Kiev, e depois passar por um trabalho de recondicionamento físico, ingressou no gramado do Olímpico aos 20 minutos.
Também entraram Tony e André Lima, nas vagas de Julio Cesar e Leandro, respectivamente. As mudanças, no entanto, não surtiram efeito. Aos 37, André Lima inclusive perdeu, sozinho na área, a chance do gol salvador, em tentativa frustrada de cabeceio.
E tudo terminou como começara. Grêmio e Coritiba invictos e sem seus objetivos completamente satisfeitos. Ou melhor, com uma diferença: o 0 a 0 só teve sabor de vitória para os visitantes. Os mandantes amargam mais um deslize em casa (já havia ficado no 1 a 1 com o Botafogo, no domingo anterior). E gosto é gosto, não se discute.
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