Inter bate Veranópolis, vai à final do returno e fica a uma vitória do tri
Com um golaço de Willians, time do
técnico Dunga se credenciou a disputar a decisão com o Juventude. Se
vencer, será campeão do Gauchão
A CRÔNICA
por
Hector Werlang
97 comentários
Quando o centroavante corre da área do campo de ataque até a
intermediária defensiva, acompanhando o avanço de um zagueiro rival, é
sinal de um time bem ajustado. Quando o camisa 10, o cérebro do time,
técnico ao extremo, troca um passe de efeito por carrinho para recuperar
a bola, é sinal de um time comprometido. Quando um dos volantes agrega à
tarefa defensiva dribles, chutes de fora da área e gol, bom, aí é sinal
de algo maior. Assim foi o Inter, na tarde deste domingo, em Caxias do
Sul, ao vencer o Veranópolis por 1 a 0, alcançar a final do segundo
turno do Gauchão, e iniciar a contagem regressiva pelo tri estadual.
No próximo domingo, igualmente no Centenário, por ter melhor campanha, o Colorado receberá o Juventude, o responsável por eliminar o Grêmio no dia anterior. Se ganhar a Taça Farroupilha, será o campeão por antecipação – havia conquistado a Taça Piratini, o primeiro turno. Em caso de derrota, outras duas partidas apontarão o melhor time do Rio Grande do Sul.
Antes, porém, o Inter tem compromisso pela Copa do Brasil. Desafia o Santa Cruz, no Recife, na quarta-feira. Ao VEC, restou se despedir da temporada – não tem calendário no segundo semestre - de forma digna. Escapou do rebaixamento e foi à fase decisiva da etapa final da competição.
Gol saiu em lance de esperteza
O domingo começou alegre aos colorados. Ainda em comemoração pelo tropeço do rival, milhares foram ao Centenário. 13.170, precisamente, batendo o recorde de público na casa que substitui o Beira-Rio em reforma para a Copa do Mundo de 2014. O entusiasmo da arquibancada contagiou o time, que encarava o único rival a vencê-lo com titulares.
Pois o Inter repetiu a fórmula de toda a temporada: futebol coletivo. O drible sempre é dado de forma objetiva. Os passes são verticais, em direção ao gol. A marcação começa na frente e vai descendo até a defesa. Se um jogador erra um lance ou cai, ele não se lamenta. Corre para recompor.
Inter comemora gol de Willians contra o Veranópolis (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
Nesta lógica, as individualidades aparecem. Leandro Damião não teve a
mesma efetividade de outras jornadas, mas é uma preocupação constante.
Com a parede, cansou de servir os laterais Gabriel e Fabrício.
D’Alessandro comanda o time técnica e emocionalmente. É o termômetro.
Esperto, diga-se de passagem. Foi de uma sacada dele que o Colorado
abriu o placar.
A falta era na entrada da área, pelo lado direito. Ele não esperou. Bate rápido. Descobriu Willians, livre. O volante dominou, pedalou, tirou a marcação e chutou no ângulo direito de João Ricardo. Golaço. 1 a 0, aos 25 minutos. Àquela altura, o goleiro pentacolor havia feito ao menos três intervenções importantes. Forlán, Gabriel, Willians haviam assustado.
O VEC, após momento de instabilidade, conseguiu se acalmar. Porém, não apresentou força ofensiva. Apenas chutes de fora da área configuraram o ataque. Sentiu o peso dos três desfalques. Preferiu trocar passes no meio-campo, muito porque o Colorado diminuiu o ritmo.
VEC não teve força
A ideia era manter o nível da apresentação após o intervalo, mas o adversário precisa concordar. O time de Julinho Camargo voltou melhor. Manteve a posse de bola. Apostou nas jogadas pela laterais. E passo a envolver o Inter, curiosamente nervoso em campo.
D'Alessandro foi um dos destaques da partida em Caxias (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
Basta ver que D’Alessandro, em disputa de bola, acertou um tapa em
Jonas. Caberia expulsão, mas o árbitro Jean Pierre preferiu dar o
amarelo. Mas o VEC se ressentia de maior poder ofensivo. Só com Itaqui,
aos 15 minutos, chutou forte e obrigou Muriel da espalmar para
escanteio.
Foi quando, cinco minutos depois, Edson Borges cometeu falta em Damião. Levou o segundo amarelo, foi excluído e ajudou o Inter a retomar o controle da partida. Fred, Forlán e Damião exigiram novas boas defesas de João Ricardo.
Mas foi Ednei quem quase empatou. Numa escapada pela direita, o lateral fez Muriel se esticar todo para defender. Insuficiente para empatar. O Inter avançou. Mas com algo a melhorar: saber aproveitar melhor a superioridade numérica.
No próximo domingo, igualmente no Centenário, por ter melhor campanha, o Colorado receberá o Juventude, o responsável por eliminar o Grêmio no dia anterior. Se ganhar a Taça Farroupilha, será o campeão por antecipação – havia conquistado a Taça Piratini, o primeiro turno. Em caso de derrota, outras duas partidas apontarão o melhor time do Rio Grande do Sul.
Antes, porém, o Inter tem compromisso pela Copa do Brasil. Desafia o Santa Cruz, no Recife, na quarta-feira. Ao VEC, restou se despedir da temporada – não tem calendário no segundo semestre - de forma digna. Escapou do rebaixamento e foi à fase decisiva da etapa final da competição.
Gol saiu em lance de esperteza
O domingo começou alegre aos colorados. Ainda em comemoração pelo tropeço do rival, milhares foram ao Centenário. 13.170, precisamente, batendo o recorde de público na casa que substitui o Beira-Rio em reforma para a Copa do Mundo de 2014. O entusiasmo da arquibancada contagiou o time, que encarava o único rival a vencê-lo com titulares.
Pois o Inter repetiu a fórmula de toda a temporada: futebol coletivo. O drible sempre é dado de forma objetiva. Os passes são verticais, em direção ao gol. A marcação começa na frente e vai descendo até a defesa. Se um jogador erra um lance ou cai, ele não se lamenta. Corre para recompor.
A falta era na entrada da área, pelo lado direito. Ele não esperou. Bate rápido. Descobriu Willians, livre. O volante dominou, pedalou, tirou a marcação e chutou no ângulo direito de João Ricardo. Golaço. 1 a 0, aos 25 minutos. Àquela altura, o goleiro pentacolor havia feito ao menos três intervenções importantes. Forlán, Gabriel, Willians haviam assustado.
O VEC, após momento de instabilidade, conseguiu se acalmar. Porém, não apresentou força ofensiva. Apenas chutes de fora da área configuraram o ataque. Sentiu o peso dos três desfalques. Preferiu trocar passes no meio-campo, muito porque o Colorado diminuiu o ritmo.
VEC não teve força
A ideia era manter o nível da apresentação após o intervalo, mas o adversário precisa concordar. O time de Julinho Camargo voltou melhor. Manteve a posse de bola. Apostou nas jogadas pela laterais. E passo a envolver o Inter, curiosamente nervoso em campo.
Foi quando, cinco minutos depois, Edson Borges cometeu falta em Damião. Levou o segundo amarelo, foi excluído e ajudou o Inter a retomar o controle da partida. Fred, Forlán e Damião exigiram novas boas defesas de João Ricardo.
Mas foi Ednei quem quase empatou. Numa escapada pela direita, o lateral fez Muriel se esticar todo para defender. Insuficiente para empatar. O Inter avançou. Mas com algo a melhorar: saber aproveitar melhor a superioridade numérica.
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