Cielo explica sensação do tri: 'Pronto para desafiar qualquer um de novo'
Depois de um período difícil desde as Olimpíadas de Londres, tricampeão mundial diz que vitória em Barcelona resgata a sua vontade de nadar
Aquele Cesar Cielo
confiante e seguro que o torcedor brasileiro conheceu andava meio
escondido. O fim do reinado olímpico, uma lesão crônica e a difícil
recuperação o impediam de acreditar que ainda era o mesmo campeão de
sempre. Em momentos de crise, no ano passado, duvidou se conseguiria
voltar a nadar depois da delicada cirurgia nos joelhos
e perdeu o interesse pelo esporte. A fase ruim se encerrou de vez neste
sábado, exatamente um ano depois de quando ela começou, com o bronze
nos 50m livre dos Jogos Olímpicos de Londres. O agora tricampeão mundial voltou a ser aquele mesmo nadador destemido de antes.
Cesar Cielo posa com as medalhas de ouro conquistadas em Barcelona (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
Logo depois de conferir no placar a vitória na final dos 50m livre do
Mundial de Barcelona, o confiante Cielo de outrora reapareceu. O nadador
vibrou como nunca. Sentou na raia, deu um tapa no peito e disse: "Vem
aqui! Vem!". Depois da euforia, o tricampeão explicou o que passou pela
sua cabeça exatamente naquele momento de explosão.
Tricampeão mundial dos 50m livre faz graça com
as medalhas (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
Mesmo um ano depois dos Jogos Olímpicos de Londres, aquela indigesta
medalha de bronze nos 50m livre ainda insistia em seguir presa em sua
garganta. Para completar, sofria com a dura reabilitação da cirurgia nos
joelhos, realizada em setembro. Só realmente uma grande conquista, como
o terceiro ouro mundial consecutivo nos 50m livre, seria capaz de
fazê-lo apagar de vez a decepção na Inglaterra.
- Vim para esse Mundial querendo uma medalha de ouro, porque não queria ficar com aquele gosto amargo das Olimpíadas. Foi um ano que eu não gostava de ver notícia de natação. Via vídeo das Olimpíadas e ficava louco, queria jogar o computador longe. Era mais para eu conseguir viver comigo mesmo. Estava em uma maluquice que estava odiando o esporte que mais gosto. Não queria em momento nenhum olhar para a natação, daqui a dez anos, e ainda sentir o que senti nas Olimpíadas. Agora deu uma zerada em relação a isso. A vontade de competir está maior do que nunca. Aquele desafio antes da prova, aquela adrenalina é muito louca. Quando consegue ter sucesso então...É isso que me faz continuar voltando. Independentemente do que acontecer daqui para frente, essa medalha me fez gostar da natação de novo.
Ainda sem firmeza na largada com os "novos" joelhos, Cielo estava mais confiante no ouro na prova dos 50m borboleta, que também acabou se confirmando. Era difícil prever o que aconteceria na final dos 50m livre. O francês Florent Manaudou, atual campeão olímpico, era o principal favorito. Mas a noite do último sábado era mesmo do brasileiro. Talvez a melhor noite de sua carreira.
- Vim, sinceramente para conquistar uma medalha. Achei que a prova dos 50m borboleta era minha única chance real. E essa medalha de ouro era meio que para eu sentir que estava de volta, que a cirurgia não afetou minha capacidade de nadar. A hora que vieram as duas mesmo... foi uma surpresa. Acho que foi o melhor sentimento pós-prova da minha carreira inteira - opinou.
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- Aquela hora eu estava assim... "Estou pronto para desafiar qualquer
um de novo". Antes da prova, senti que tinha que me desafiar o tempo
inteiro. Meu joelho vai estar bom ou não vai estar bom, vou conseguir ou
não vou conseguir. Você não controla os pensamentos. No balizamento
você olha para os lados e fala: "Queria muito ganhar essa prova". Mas
você vê que não é brincadeira isso aqui. É uma final de Mundial - disse
Cielo, que foi bicampeão nos 50m borboleta.as medalhas (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
- Vim para esse Mundial querendo uma medalha de ouro, porque não queria ficar com aquele gosto amargo das Olimpíadas. Foi um ano que eu não gostava de ver notícia de natação. Via vídeo das Olimpíadas e ficava louco, queria jogar o computador longe. Era mais para eu conseguir viver comigo mesmo. Estava em uma maluquice que estava odiando o esporte que mais gosto. Não queria em momento nenhum olhar para a natação, daqui a dez anos, e ainda sentir o que senti nas Olimpíadas. Agora deu uma zerada em relação a isso. A vontade de competir está maior do que nunca. Aquele desafio antes da prova, aquela adrenalina é muito louca. Quando consegue ter sucesso então...É isso que me faz continuar voltando. Independentemente do que acontecer daqui para frente, essa medalha me fez gostar da natação de novo.
Ainda sem firmeza na largada com os "novos" joelhos, Cielo estava mais confiante no ouro na prova dos 50m borboleta, que também acabou se confirmando. Era difícil prever o que aconteceria na final dos 50m livre. O francês Florent Manaudou, atual campeão olímpico, era o principal favorito. Mas a noite do último sábado era mesmo do brasileiro. Talvez a melhor noite de sua carreira.
- Vim, sinceramente para conquistar uma medalha. Achei que a prova dos 50m borboleta era minha única chance real. E essa medalha de ouro era meio que para eu sentir que estava de volta, que a cirurgia não afetou minha capacidade de nadar. A hora que vieram as duas mesmo... foi uma surpresa. Acho que foi o melhor sentimento pós-prova da minha carreira inteira - opinou.
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