Dia de Érika: dica de Luciano Correa no café, e mãe judoca na torcida
Prata no Mundial, brasiliense quase mata dona Maria Lucia do coração e ouve conselho de campeão mundial para vencer 4 lutas e, enfim, ir ao pódio
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- Treinei judô pela necessidade do trabalho, porque sou policial civil. E eu achava que eles tinham que fazer um esporte. Ela queria fazer natação, mas falei que ela ia pro judô mesmo. Fui estimulando, levando nas competições e ela está aí hoje. Ela tem que perseguir esse ouro olímpico e mundial sem desistir jamais - avaliou dona Maria Lucia, de 50 anos, que é faixa marrom e tem três filhos faixa preta (Érika, Yuri e Carol).
Mundial do Rio (Foto: Leandra Benjamin/MPIX)
Deu tão certo que Érika entrou no tatame contra a holandesa Birgit Ente e estreou com ippon. É verdade que a luta foi difícil, com cinco punições para ambas, e a pontuação máxima só veio a 16 segundos do fim. Mas a pressão de lutar diante da torcida parecia não estar presente. Tanto que ela conseguiu administrar o segundo combate e venceu nos detalhes a russa Natalia Kuziutina. Inteligente, Érika avançou na competição porque levou apenas uma punição a menos que a rival.
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Enquanto isso, da arquibancada, dona Maria Lucia gesticulava e lutava
contra um oponente invisivel. Tudo isso sem a filha vê-la nervosa por
conta de suas lutas. Érika mesmo, claro, "não queria matar a mãe do
coração". A cada luta um sofrimento interno. E, apesar da conquista
inédita para a brasiliense, Maria Lucia não quer que a filha pare por
aí.encontrá-la após pódio (Foto: Raphael Andriolo)
A finlandesa Jaana Sundberg e a romena Andreea Chitu sentiram o resultado de tanto trabalho. De tanta entrega e renúncia. Elas sucumbiram à brasileira. Nas quartas, Sundberg perdeu por ippon. Na semifinal, Chitu foi derrotada por wazari. E Érika marcava um encontro com a número um do mundo da categoria na decisão do Mundial. Majlinda Kelmendi, do Kosovo, testou os nervos da torcida e de dona Maria Lucia no Maracanãzinho. Apesar dos gritos de incentivo, a brasileira sucumbiu e teve que se contentar com a prata - que, para ela, valeu como um ouro.
Coroada com os aplausos dos torcedores, Érika continuou seguindo a dica do amigo Luciano Correa e ainda não acreditava que estava, finalmente, no pódio de um Mundial. A judoca só teve o que agradecer, e agora promete ficar na torcida por Luciano:
- Lu, obrigada. Agora espero que você conquiste o bi e eu estarei aqui na torcida.
O SporTV transmite o Mundial de judô do Rio ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real com vídeos. Nesta quarta-feira, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros e Bruno Mendonça lutam na categoria leve (57kg feminino e 73kg masculino).
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