Ministro apoia Bom Senso FC e quer mais jogos para os 'sem calendário'

Em evento em São Paulo, Aldo Rebelo encampou movimento de jogadores, e disse que excesso de jogos compromete nível técnico

Por Alexandre Lozetti São Paulo

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Ministro Aldo Rebelo apoiou o Bom Senso FC
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)

O ministro do esporte Aldo Rebelo deu uma palestra em São Paulo sobre a preparação do país para receber a Copa do Mundo. Como de costume, citou a história das cidades-sedes para afirmar que não será difícil realizar o Mundial. Entre elogios de aliados políticos e engenheiros, que receberam o ministro em seu sindicato, Rebelo mostrou ser a favor do Bom Senso FC., movimento de jogadores que busca mudanças no futebol brasileiro.
Entre as principais reivindicações do Bom Senso está um calendário mais enxuto para os grandes times. Na visão dos atletas, o excessivo número de jogos e competições prejudica o nível técnico. A pressão do grupo já motivou alterações nos estaduais do ano que vem, comprometidos em razão da Copa do Mundo.
Porém, o Bom Senso espera mudanças mais profundas para 2015. Após reuniões com a CBF, os atletas receberam o apoio do ministro do esporte.

É uma preocupação importante o excesso de jogos para um grupo de clubes e atletas, que ocasionou uma queda no nível técnico, além de muitas lesões"

Aldo Rebelo

– É uma preocupação importante o excesso de jogos para um grupo de clubes e atletas, que ocasionou uma queda no nível técnico, além de muitas lesões. Algumas equipes estão inteiras no departamento médico. As equipes daqui disputam 20 jogos a mais do que as europeias de mesmo nível.
Em seguida, o ministro fez um alerta. Segundo ele, é preciso aumentar a atividade dos times menores, que normalmente disputam apenas os estaduais, e depois passam o ano em recesso, o que causa desemprego a muitos atletas.
Aldo Rebelo disse que o Bom Senso não tem tratado desse assunto, mas, na verdade, o movimento também defende que os pequenos possam jogar mais vezes.
– É preciso haver um equilíbrio entre os grandes e pequenos. Os sem calendário, que representam 90% dos jogadores e ficam sem receber salário. Esses precisam jogar o ano inteiro. Acho que é preciso encontrar uma solução.