Cruzeirenses se concentram na Avenida Raja para ironizar atleticanos
Celestes fazem questão de tripudiar em cima de rival e garantem que se trata de
uma vingança por causa da zoação da torcida do Galo após a Libertadores de 2009
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Com um turbante improvisado com duas camisas do Cruzeiro na cabeça, Fábio Veibel garante que o local virou o centro de concentração de cruzeirenses para tirar sarro da eliminação do Atlético.
- Aqui é o Casa Raja Shopping, Casa Raja Blanca, Raja
Casablanca. Aqui virou a embaixada de Marrocos no Brasil, é a sede do time que
os eliminou no Mundial. A noite inteira de festa, zoando para sempre.
Fábio garante que a comemoração dos cruzeirenses tem um
pouco de vingança depois da derrota do time celeste para o Estudiantes na final
da Libertadores de 2009.
- Cara, é a festa da vingança de 2009. Vamos fazer eles
amargarem tudo que fizeram. Nunca ganharam nada e queriam zoar a gente.
Agora aguenta. É o maior vexame do futebol brasileiro na história do futebol
mundial.
Cadê o troféu do Mundial?
Clemílson Maciel passeava pelas ruas de Lourdes por volta
das 20h30m (de Brasília), quando passou em frente à sede do Atlético-MG. Com
mais dois amigos, o torcedor do Cruzeiro se aproximou devagar e
começou a analisar a sala de troféus do Galo. Com ironia, o torcedor não perdeu
a oportunidade de cutucar o rival que foi eliminado do
Mundial de Clubes.
- Rapaz, eu estou procurando o título Mundial do
Atlético-MG aqui, mas não estou encontrando. Será que ficou lá no Marrocos?
Agora é bom para eles voltarem com a humildade. Antes de passar pelo Monterrey,
pelo Raja, eles já estavam falando do Bayern.
Muçulmana e atleticana
Adriana Aparecida se converteu para a religião muçulmana há
dois anos, mas garante que nunca viu tantos turbantes em Belo Horizonte, nem na
mesquita em que faz suas orações. A torcedora conta que ouviu várias
brincadeiras por conta do traje religioso.
- Eu sou muçulmana mesmo, mas sou atleticana também. Eu já
estou acostuma a usar essa roupa porque sou muçulmana há dois anos. Lógico
que de duas semanas para cá eu tenho passado por brincadeiras até mesmo no
trabalho. Às vezes eu passo em algum lugar e eles falam: “Olha lá, vai para
Marrocos!”. E eles nem sabem que eu também sou atleticana. Aí eu dou uma
risadinha disfarçada e pronto.
No entanto, mesmo com a derrota, Adriana garante que não
abandona a vestimenta por respeito à religião. Como atleticana ela diz que
também já passou por momentos piores.
- Não abandono a vestimenta por causa da religião, em
respeito ao meu corpo e a Alá também. Mesmo com a derrota estou feliz em ser
atleticana. Quando o time foi para a Segunda Divisão foi bem pior e eu superei.
Então agora é fichinha para mim que sou torcedora quase que fanática.
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