À moda uruguaia: Celeste sofre, mas recompensa torcida com vitória magra
Penúltimo amistoso antes da Copa tem pouco futebol, mas apoio de um Centenário lotado apesar de chuva e frio; gol diante da Irlanda do Norte é do reserva Stuani
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Na quarta-feira tem mais. A Eslovênia será o rival do adeus definitivo da Celeste de seu lar tão aconchegante. Uma despedida doída, uma vez que ficou claro que, com uma equipe muito mais operária do que inspirada, a grande força vem mesmo do urro de seus fanáticos torcedores. No Brasil, o Maestro Óscar Tabárez terá que se virar sem esse exército de luxo. Antes, no sábado, o treinador divulgará a lista definitiva de 23 nomes – dois, portanto, serão cortados.
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Sem
Suárez, lesionado, e Godín, poupado, ascenderam ao time, no ataque e na
defesa, respectivamente, o experiente Forlán e o jovem Coates – esse
último um dos que precisava mostrar serviço para seguir na delegação. O
problema é que a zaga não teve muito trabalho,
fora pouco testada. E até permitiu o sempre cauteloso time uruguaio se
lançar à frente. Responsabilidade que, historicamente, acaba complicando
a Celeste. Com os meias Ramirez e Rodriguez abertos, os volantes
Gargano e Arévalo Rios precisavam ajudar a armar. Nunca foi a deles.
Forlán e Cavani ficaram pouco abastecidos.Mas e daí? Os charruas que encaravam chuva e frio só queriam torcer. Aplaudiram até pisada na bola de Arévalo Rios e saída claudicante de Muslera. Sobrou vaia apenas para o árbitro brasileiro Leandro Vuaden por amarelar Gargano.
O clima de amistoso parecia cada vez mais arrefecido. Começou a ter cara de Copa no segundo tempo. Houve apenas uma troca no intervalo (Stuani na vaga de Forlán) e o goleiro irlandês demorou diversas vezes para repor a bola. Além de dois amarelos para os visitantes por entradas duras. E não é que Stuani, egresso do banco, resolveu? Rodriguez mostrou lampejo de lucidez em bela arrancada e ofereceu a bola a Cavani, que foi ao fundo e brindou Stuani e todo o Centenário. A torcida dos celestes valeu a pena.
Depois do 1 a 0, aos 16, ressurgiu o clima de festa. E começaram as substituições mais fortuitas. Até porque o gol suado saiu. Assim como a vitória. Com a cara do Uruguai.
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