Desclassificado da F-1 por ser "lento demais", Al Pease morre aos 92 anos
Inglês radicado no Canadá entrou para a história da Fórmula 1 como único piloto
a ter recebido uma bandeira preta por causa da baixa velocidade, em 1969
Comente agora
O colombiano Juan Pablo
Montoya alcançou a velocidade mais alta já registrada por um carro de Fórmula 1
durante uma corrida: 372.6 km/h, no GP da Itália de 2005. Na outra extremidade
deste ranking está Al Pease, que mal conseguia passar dos 60 km/h. Nascido na
Inglaterra e naturalizado canadense, o ex-piloto morreu no último domingo, aos
92 anos. Ele permanece até hoje como único competidor a ter sido
desclassificado de uma prova da categoria por ser “lento demais”.
Apaixonado por esportes a
motor, Pease aproveitou o patrocínio de uma grande marca de lubrificantes
automotivos para realizar o sonho de disputar a F-1. O inglês alugou um Eagle e
se preparou para a estreia, no GP do Canadá de 1967. O resultado, entretanto,
não poderia ser mais catastrófico: Pease terminou a corrida com uma diferença
de 47 voltas para o vencedor, o tricampeão Jack Brabham. No ano seguinte, ele
voltou a se inscrever para a etapa canadense, mas sequer conseguiu se classificar
para a largada.
O “auge” da carreira de Pease
na F-1 veio em 1969. De volta ao GP do Canadá, desta vez com um Lola, o inglês
com fama de lento acabou atrapalhando os adversários. O estopim aconteceu
quando o retardatário quase jogou o líder da corrida - o futuro tricampeão Jackie
Stewart, da Tyrrell - para fora da pista. O chefe da equipe de Stewart, Ken
Tyrrell, recorreu à direção da prova para pedir a desclassificação de Pease,
alegando que ele estava prejudicando o andamento do GP. A solicitação foi
aceita, e o inglês recebeu uma bandeira preta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário