Thiago Silva dribla marcação da vida e tem o papel de liderar o Brasil no hexa
Capitão da seleção brasileira leva a sério a missão de ser protagonista na equipe após passar pelas mais diversas provações na vida pessoal: "A Copa não é brincadeira"
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- E difícil de dormir, de você acordar um dia e passar um dia todo sem pensar. É quase impossível e eu ultimamente tenho perdido até noites de sono. Não é brincadeira, Copa do Mundo é coisa muito séria - disse o zagueiro do PSG, em seu perfil no Jornal Nacional, exibido nesta segunda-feira.
A Copa do Mundo será mais um desafio na vida de Thiago Silva. O primeiro deles foi antes mesmo de seu nascimento, há quase 30 anos. Isso porque dona Ângela, quando estava grávida do jogador, não teria recursos para criar mais um filho e estava decidida a fazer um aborto.
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Eu cheguei a chorar no colo do meu pai,
dizendo que não queria fazer (o parto), mas eu também não tinha
condição. Só que ele não deixou que eu fizesse... cometesse um pecado -
disse dona Ângela, mãe de Thiago Silva.
Diante da mudança de planos, Thiago Silva foi criado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E aqueles tempos não eram fáceis.
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Já era uma favela bem conhecida. Sempre tinha tiroteio do outro lado e
os policiais vinham para o lado onde eu morava. E, quando chegava em casa, eu dava graças a Deus
de chegar bem. Às vezes, chegava em casa não tinha uma carne pra comer,
mas tinha sempre um arroz, feijão e ovo - disse Thiago Silva.
Thiago superou os desafios da infância e, após ser reprovado nas tentativas de entrar em um grande clube carioca, foi aprovado no Barcelona... da terceira divisão
do Rio de Janeiro. Em seguida, se profissionalizou no Juventude, de
Caxias do Sul, e seguiu para o Dínamo de Moscou. Mas os problemas
seguiram o acompanhando, e Thiago Silva ficou seis meses internado na
Rússia por conta de uma tuberculose.
- Foi a pior parte da vida dele e da nossa. O dia dele dentro daquele quarto era deprimente - lembrou a mãe de Thiago Silva.
Após
os períodos difíceis, a vida começou a sorrir para o zagueiro. No
Fluminense, ele virou ídolo e iniciou sua trajetória rumo à seleção
brasileira. No Milan, ficou conhecido em toda a Europa e no PSG passou a
ser considerado um dos melhores do mundo em sua posição. Falta agora
repetir o gesto da Copa das Confederações e, como capitão, levantar a
taça de campeão do mundo dia 13 de julho, no Maracanã.
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