"Fatalidade" contra Bomba ajudou Elizeu Capoeira, diz o hoje campeão
Atual detentor do cinturão dos meio-médios do Jungle
Fight fez de derrota em 2013 um aprendizado. Ele é só elogios ao seu
mestre Cristiano Marcello
Por Ivan Raupp
Rio de Janeiro
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Elizeu
Capoeira vive o
melhor momento de sua carreira após conquistar o cinturão dos meio-médios (até 77kg) do
Jungle
Fight. Agora são três vitórias seguidas na maior organização de MMA do
planeta, todas por nocaute. E antes dessa ótima sequência houve um duelo
que serviu muito de aprendizado para o lutador. Elizeu enfrentou o hoje
atleta do UFC Guilherme Bomba no Jungle Fight 54, em junho de 2013, e
estava indo bem até ser finalizado com um mata-leão pelo adversário na
parte final do segundo round. De
acordo com o próprio ele, foi uma fatalidade. Uma fatalidade que o ajudou a evoluir bastante como profissional.
Elizeu Capoeira comemora a conquista do cinturão do Jungle Fight (Foto: Fred Pontes/Divulgação)
- Não existe derrota, e sim aprendizado sempre, a cada luta que você faz, independentemente do resultado. Acredito que foi uma
fatalidade.
Eu tinha estudado o jogo dele, sabia até com que golpe ele iria
começar, mas me perdi um pouco na distância. Ele acabou me atingindo com
o direto, e fui surpreendido no começo. Consegui reverter a situação,
estava bem, e ele me pegou no pico do cansaço. Fui dar um golpe frontal,
um chute circular, ele entrou com um frontal, e eu me desequilibrei.
Nessa fatalidade que tive, ele me finalizou. Acabou me pegando no pico
de cansaço. Foi uma oportunidade que ele achou, mas acho que eu poderia
ter dado mais de mim. Há sempre a possibilidade de você dar o seu
melhor. Acredito que tenho muito a melhorar e, infelizmente, ele foi
superior naquela oportunidade. Conseguiu colocar o jogo dele e me pegou
justamente numa fatalidade. Então, foi mérito dele mesmo - disse ao
Combate.com.
Outro fator que contribuiu muito na evolução de Elizeu Capoeira foi,
segundo ele, a ajuda de seu mestre, o ex-lutador Cristiano Marcello, que
comanda a equipe CM System em Curitiba. O campeão do Jungle Fight está
no time há quatro anos.
- O Cristiano significa toda a minha evolução, da minha
parte técnica, da parte de amadurecimento como atleta. Quando cheguei, já tinha algumas lutas, era meio cru e não tinha muita
visão de jogo,
não tinha aquela estrutura de como ser um atleta, e ele me deu todo
esse suporte junto dos outros treinadores. Se sou o que sou, com certeza
ele tem muito mérito nisso, porque a minha evolução foi graças a ele.
Me deu toda a estrutura para eu poder estar no nível que estou hoje. Só
tenho a melhorar, tenho muito pela frente, e ele está sempre trabalhando
essa minha evolução. Só tenho a agradecer ao Crstiano por tudo que ele
tem feito - afirmou.
Elizeu (na ponta esquerda) e toda a equipe CM System (Foto: Arquivo pessoal)
Elizeu Zaleski dos Santos, mais conhecido como Elizeu Capoeira por conta de sua origem na
arte marcial brasileira, tem o objetivo comum de quase todos os
lutadores:
entrar no UFC. Mas diz que também lhe agradaria fazer uma defesa de
cinturão no Jungle. O que ele mais quer, na realidade, é curtir o
momento e não deixar que passe rápido.
- Para mim é um sonho, um objetivo que eu venho traçando desde que
entrei no Jungle Fight. Venho trabalhando com a equipe, focando,
investindo, então é a realização de um sonho conquistar o citurão do
maior evento de MMA da
América Latina.
A vontade de estar em voos maiores é grande. Pretendo lutar no UFC,
logicamente, mas também gostaria de defender meu cinturão. Mantenho meus
pés no chão e tenho de estar bem focado e preparado para fazer
boas apresentações - finalizou.
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