Mesmo se sentindo em casa, Levir Culpi não crava permanência no Galo
Técnico fala que boa proposta do exterior, além de qualidade de vida, podem atrapalhar a renovação de contrato com o Atlético-MG
Sobre a renovação que é dada como certa
nos bastidores, mesmo com a saída de Alexandre Kalil, Levir deixou no ar que
somente algo do exterior pode tirá-lo do clube.
- O que posso responder é que se
permanecer no Brasil o time ideal para eu treinar é o Atlético-MG, se tiver essa
oportunidade. Não penso em sair, a não ser que seja algo para o exterior, algo
diferente que não espero. Mas se for ficar no Brasil gostaria muito de
continuar no Atlético-MG porque podemos fazer um trabalho com continuidade para
até, quem sabe, melhorar os resultados.
Com a informação de uma possível mudança
de ares, Levir explicou que sempre há propostas de fora, mas que só aceitaria
se fosse para um clube estruturado e num país com melhor qualidade de vida.
- Pode me tirar uma proposta do exterior,
qualidade de vida e trabalhar com futebol num país ou clube organizado. Isso
pode me tirar, sempre existe coisa no ar, mas nesse momento não tenho que dar
respostas. Só tenho que conversar com o pessoal do Atlético-MG.
Na quarta passagem pelo clube e perto de
se tornar o terceiro treinador que mais vezes dirigiu o Galo (se renovar se
tornará o terceiro), Levir garante estar em casa.
- Não sei se sou o treinador ideal do
Atlético-MG (pelos bons resultados em quatro passagens), mas sei que me sinto
bem aqui. Houve empatia em todas as vezes que vim, com resultados, mas estou
feliz e tenho que agradecer. Não sei se sou o certo, mas tenho que agradecer
todas as coisas boas que passei aqui em Minas Gerais.
Veja outros trechos da entrevista do treinador
28 anos de carreira, mas estes sete meses
foram os mais intensos?
- Essa foi especial porque foi pouco tempo
e pelas coisas que aconteceram. Foi a decisão da Recopa, logo em seguida o
Corinthians, depois o clássico com o Cruzeiro, aí o Flamengo, depois mais duas
vezes o Cruzeiro, sempre jogos emocionantes. Uma sequência que não me lembro de
ter passado. Com o Cruzeiro passei por uma série de finais, mas desta vez foi
intenso e não me lembro de nada disso. Só sei que em seis anos de Japão não aconteceu
nada parecido com o que aconteceu aqui.
Pedidos da torcida para ficar
- Não deve alterar, porque ficar no clube
envolve uma série de coisas. Lembro de vencer a Série B e os torcedores queriam
a continuidade, e agora, 14 anos depois, quando falaram meu nome não queriam
que eu voltasse. Depende do resultado e agora eles estão muito positivos. As
coisas tendem a continuar, mas é rápido para inverter, se o Cruzeiro faz 2 a 0
e leva para os pênaltis, ou se ganhasse de 3 a 0, a mesma proporção de alegria
agora seria inversa, vamos muito para cima e para baixo, por isso procuro
analisar com tranquilidade.
Título sem concentração
- Se tivéssemos perdido duas ou três
partidas a crítica ia cair em cima e a situação seria insustentável, isso
acontece no futebol brasileiro. Mas tomamos a decisão e em 16 partidas sem
concentrar conquistamos dois títulos. Os jogadores tem que entender, temos que
evoluir, tivemos alguns problemas e aconteceu o que falei no primeiro dia, que
não iríamos sacrificar o grupo por causa de dois ou três. Os jogadores
administram isso, houve entendimento, responsabilidade e somos profissionais.
Não há necessidade de trancar jogador para não sair, e se sair tem que ter
consciência e assumir a responsabilidade. Deu ao grupo o sentido de
profissionalismo e união, que nos levou para essa conquista que foi importante.
Meta no Brasileiro
- Nós pensamos em fazer o melhor e são
dois jogos pela frente. Tivemos uma reunião com os jogadores, o Maluf esteve
presente e falou sobre um assunto importante que é arrecadação de dinheiro para
pagar os profissionais. E é uma ótima oportunidade, já que se nos
classificarmos entre os primeiros temos a premiação da CBF, e seria importante.
Provocação de Alexandre Mattos, de que
Copa do Brasil é secundária
- Não vou responder dessa maneira. Nós
vamos jogar domingo contra o Coritiba e o interessante é encher o estádio,
vamos dar volta olímpica com essa taça e vai ser muito legal. Isso vai ficar na
memória por muitos anos. Será o ultimo jogo do Kalil. Ele é um visionário
maluco, contratou o Ronaldinho quando ninguém contrataria. Foi lá em Curitiba e
me chamou também, não me comparando ao Ronaldinho. Daniel deve fazer um grande
mandato. E quem participou disso sabe que foi muito difícil. O Cruzeiro está de
parabéns, pois foi bicampeão. E ao lado deles está o Atlético, que levou um
título contra eles. Então é comemorar esses títulos.
Mais emoção em 2015
- Às vezes, nas férias, por incrível que
pareça podemos nos sentir angustiados, falta jogo, e se tiver que voltar para o
Atlético fico tranquilo, porque vai acontecer emoção. E depois que se passa um
mês de férias já dá vontade de voltar, principalmente para o Atlético que é um
clube de emoção.
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