Equilíbrio nas alturas: highline é uma
das
atrações do Circuito Radical
"Eu gosto muito de caminhar rápido, e é divertido ter uma pessoa ao lado, faz aflorar a competitividade", afirma o atleta espanhol Ricardo Vicente
Caminhar a 150 metros de altura sobre uma fita que balança sob os pés. Dar passos calculados e pendular os braços em busca de um equilíbrio que parece impossível. Desafios vividos pelos praticantes de highline (traduzindo do inglês, a linha alta). Mas, no Circuito Radical - evento deste domingo do Esporte Espetacular, há um ingrediente a mais. É competição. É corrida. Um contra o outro, um ao lado do outro. Ganha quem chegar primeiro na pista criada na Chapada dos Guimarães.
- O highline dual me encanta. Eu gosto muito de caminhar rápido, e é divertido ter uma pessoa ao lado, faz aflorar a competitividade - afirmou o espanhol Ricardo Vicente.
O alemão Damian Jorren é outro competidor. Ele foi a primeira pessoa no mundo a cruzar um highline de 300 metros, façanha que demorou cerca de 40 minutos. No Circuito Radical, que tem como cenário a Chapada dos Guimarães, a prova um contra um é rápida, disputada numa fita de 20 metros:
SAIBA MAIS
- Estamos num local muito legal para fazer highline. Esse desafio me deixou ansioso.
As duas fitas paralelas foram montadas nos paredões da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
Além de bike trial e moto aquática, Circuito Radical também tem highline e spaceline (Foto: Marcos Serra Lima)
A 100 km dali, na cidade de Jaciara, uma modalidade nunca antes vista no Brasil. O spaceline!
- O spaceline é um highline não apenas entre dois pontos. podem ser três pontos, quatro. e tem uma junção no centro onde todas linhas se encontram - explicou Damian.
O brasileiro Caio Afeto ficou maravilhado com a novidade: “o nome já diz, o space line é uma linha no meio do espaço. É uma coisa diferente. Você pode andar e andar com mais duas pessoas ao mesmo tempo. Isso é incrível.”
Transformar o Spaceline em competição, à primeira vista, parece algo contraditório.
A modalidade parte do princípio de que um atleta precisa ajudar o outro.
Afinal, qualquer tentativa de acelerar o passo faz a fita balançar. Como todas as fitas estão interligadas, todos tendem a perder o equilíbrio.
Se um deles cai e fica pendurado pelo cinto de segurança, a tendência é que os outros não aguentem o solavanco e caiam também.
Mas o Circuito Radical é uma competição e precisa de um vencedor - o desafio é ir e voltar no spaceline sem cair.
- Qualquer passo que você dê vai balançar a fita e se a outra pessoa não estiver muito atenta pode escorregar e cair. então, tem que estar muito atento nesse momento - explicou Caio.
Chapada dos Guimarães garante cenário incrível para a disputa (Foto: Marcos Serra Lima)
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