"Guria" viaja 9h para ver "maestro" Werdum reger noite de autógrafos
Patricia Matte, que completou 15 anos na última quarta, saiu de Uruguaiana rumo a Porto Alegre para tirar fotos com peso-pesado, Rashad Evans e ring girls brasileiras
Uma viagem de nove horas, cruzando 780km, para assistir a uma edição do UFC já seria uma prova de amor ao MMA. A jovem Patricia Matte, de 15 anos, fez mais: deixou Uruguaiana com a mãe para a sessão de autógrafos promovida pelo Ultimate, na noite desta quinta-feira, em um shopping center no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, cidade que abriga o próximo evento da organização no país, domingo, no Gigantinho.
Acompanhada pela mãe, Patrícia, que completou 15 anos na quarta, recebeu uma camisa das mãos de Fabricio Werdum, com quem tirou foto e recebeu um pôster autografado. Além do peso-pesado e das ring girls brasileiras, Rashad Evans, ex-campeão dos meio-pesados, também sentiu o carinho da torcida brasileira.
- Gosto mais do Werdum, que é daqui. Foi bom porque ganhei brinde e tirei foto. Fiquei feliz por ter vindo - disse Patricia, acompanhada pela mãe, garantindo que volta para a pesagem, embora não tenha conseguido comprar bilhetes para domingo.
Enquanto Patrícia se envergonhava ao saber que a matéria seria publicada na internet, dezenas de fãs se aboletavam em busca de uma recordação dos lutadores. Gaúcho, Werdum estava, literalmente, em casa. O "maestro" regeu o público ao puxar vaias para Rashad - que nada entendeu - e a todo momento pedia a participação da torcida.
Acostumado a falar, Werdum também ouviu conselhos dos presentes. Um fã, por exemplo, indicou o caminho que o peso-pesado deverá seguir para vencer Cain Velásquez, dia 13 de junho, no México.
- Não vai para a trocação com o Cain - pediu um adolescente, que recebeu um "está louco" como resposta.
Para delírio dos torcedores, Werdum continuava com suas brincadeiras. Pedia aplausos e brincava com amigos e conhecidos que estavam no palco. Todos riam. E, ao ser interpelado por tamanha animação, justificou.
- Estou agitado, acabei de tomar um café (risos).
De itens do jiu-jítsu, como quimonos e faixas, até luvas de boxe, Werdum e Evans atenderam os gaúchos como puderam. Homens, mulheres e crianças passaram pelo local para guardar uma recordação. O americano, apesar das dificuldades com a língua, demonstrou bom humor, dançou e se esmerou para entender os nomes dos fãs que clamavam por autógrafos - artigo raro em tempos de "selfies" e redes sociais.
No jogo de perguntas e respostas, o frisson diminuiu. Voltou a ficar inflamado apenas quando Werdum quis saber se tinha mais torcedores do Grêmio - seu time de coração - ou do Internacional. A torcida entoou o hino do tricolor gaúcho, sob vaias dos colorados. Clima de futebol sob a batuta de Werdum, que pediu a paz nos estádios e, rapidamente, uniu os arquirrivais, que voltaram a falar de MMA.
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