Cris Cyborg arrasa Van Duin em 45s e mantém cinturão dos penas do Invicta
Hérica Tibúrcio é surpreendida pela japonesa Ayaka Hamasaki e perde o cinturão peso-átomo do evento em decisão dividida. Marina Shafir é nocauteada em 37s
Não deu nem para o começo. Com uma atuação impecável e totalmente dominante, a brasileiraCris Cyborg arrasou a neozelandesa Faith van Duin na luta principal do Invicta FC 13, realizado em Las Vegas na noite da última quinta-feira, em apenas 45s, mantendo o cinturão peso-pena do evento. No dia do seu aniversário de 30 anos, a brasileira se deu o melhor presente possível: uma vitória rápida e inquestionável. Logo após a luta, Cyborg agradeceu sua equipe e provocou Ronda Rousey.
- Muito obrigada a todos que estiveram comigo. Foi uma grande vitória. Agora eu quero enfrentar Ronda Rousey. Pare de fugir - disse, ainda no hexágono. Confira a galeria de fotos do evento.
A luta começou com Duin agarrando Cyborg para evitar os golpes da brasileira. Muito mais forte fisicamente, Cyborg não deu chances à neozelandesa e, com uma sequência de socos de direita e esquerda, derrubou a rival, e só precisou de mais alguns golpes para selar a vitória.
Japonesa Ayaka Hamasaki surpreende e tira cinturão peso-átomo de Hérica Tibúrcio
Em sua primeira defesa do cinturão peso-átomo do Invicta FC, a brasileira Hérica Tibúrcio foi surpreendida pela japonesa Ayaka Hamasaki. Em uma luta dura, mas dominada pela desafiante, Tibúrcio foi derrotada por decisão dividida dos juízes (48-47, 47-48 e 49-46), perdendo o título. Hamasaki tornou-se a primeira japonesa a sagrar-se campeã do Invicta.
A luta começou com a brasileira sendo surpreendida pelos ataques da japonesa, que aproveitava a vantagem de envergadura para atacar a campeã. Tibúrcio tentava chutes baixos, mas a japonesa se movimentava bem e golpeava no contra-ataque. Em um movimento de muita agilidade, Hérica Tibúrcio atacou em velocidade e encaixou uma guilhotina. A japonesa resistiu e acabou recompondo a guarda. A campeã terminou o round montada.
No segundo round, logo no início, Hamasaki derrubou a brasileira, caindo por cima e, após passar a meia-guarda, aplicou um "ground and pound" que, se não foi muito contundente, serviu para minar as forças de Hérica Tibúrcio, que já se mostrava um pouco cansada. No fim do round, a brasileira tentou uma tática de sacrifício, puxando a japonesa para a sua guarda. Hamasaki caiu por cima, mas não segurou a brasileira, que levantou-se e, a segundos do intervalo, encaixou uma guilhotina, que não encerrou o combate por ter sido dada já quase no intervalo.
No terceiro round a desafiante imprensou a brasileira na grade, derrubando-a em seguida. Por cima no chão, Hamasaki controlava as ações, e a brasileira, mesmo aplicando alguns socos de baixo para cima, tinha dificuldade de sair da posição. Após alguns minutos, Tibúrcio levantou-se, mas foi novamente derrubada pela japonesa. Com agilidade, a campeã buscou as costas da rival e passou a buscar o mata-leão. Hamasaki se defendia, e conseguiu chegar ao intervalo sem ser finalizada.
A japonesa iniciou o quarto round encurtando a distância e derrubando Hérica Tibúrcio, ficando por cima no chão. A brasileira era agressiva na guarda, mas Hamasaki resistia e ficava por cima no chão. Em posição de vantagem, a japonesa controlava as ações, e a brasileira aos poucos ia se desesperando por não conseguir impor a sua estratégia.
No quinto e último round, mais cansada, a brasileira sucumbiu à força física e ao gás da japonesa. Com um plano de jogo eficiente, Hamasaki evitava o chão da campeã ficando por cima constantemente e, na trocação, usava a vantagem de envergadura para evitar a aproximação e os golpes em velocidade. Com as derrubadas constantes, Hamasaki marcava pontos e consolidava a vantagem na luta até o fim, sagrando-se campeã com inteira justiça.
Saiba como foram as demais lutas:
Tonya Evinger massacra Irene Aldana e conquista o título peso-galo
Saiba como foram as demais lutas:
Tonya Evinger massacra Irene Aldana e conquista o título peso-galo
Um massacre em quatro rounds. Assim pode ser definida a vitória por nocaute técnico da americana Tonya Evinger sobre a mexicana Irene Aldana, aos 4m38s do quarto round. Mostrando total superioridade na luta, Evinger esbarrou na raça da mexicana, que mesmo subjugada durante todo o combate, não se entregou e procurou resistir o quanto pode.
A luta começou com as duas lutadoras buscando o duelo no solo. Aldana ficou por baixo de Evinger, que, mesmo de costas, aplicou boas cotoveladas no rosto da mexicana. A americana conseguiu a montada e, sentada na barriga da mexicana, desferia socos constantes, castigando o rosto da rival. Evinger ainda encaixou uma chave de braço, mas a mexicana, com muita raça, livrou-se do golpe. Porém, ainda por baixo no chão, Aldana sofria com as tentativas de finalização de Evinger, que castigou-a por todo o round.
No segundo assalto, consciente da superioridade da americana no chão, Aldana tentou partir para a trocação, mas Evinger derrubou-a na primeira chance que teve. Por cima no chão, Evinger pressionava a mexicana, que apenas montava a guarda, sem conseguir agredir a rival. Cansada, Aldana foi totalmente dominada no round.
No terceiro round, já cansada, Evinger se movimentava com menos velocidade, e Aldana se aproveitava para igualar a luta. Mais experiente, a americana controlava a luta e pressionava a mexicana na grade, fazendo o tempo passar. Após conseguir a montada, Evinger manteve a pressão sobre a mexicana até o intervalo.
No quarto round, mesmo se movimentando mais, Aldana tentava os chutes altos, mas Evinger levou a luta novamente para o chão e, montada, tentou encaixar um katagatame. A mexicana defendeu, e Evinger passou a usar o ground and pound. Aldana resistia ao castigo e não se entregava, até que o árbitro decidiu encerrar o combate, decretando o nocaute técnico.
Pannie Kianzad leva a melhor na decisão unânime contra Jessie-Rose Clark
No duelo peso-galo entre Austrália e Suécia, quem levou a melhor foi a representante europeia. Em uma luta disputada nos dois primeiros rounds e controlada no terceiro, Pannie Kianad levou a melhor na decisão unânime dos juízes (triplo 30-27).
A luta começou com muita movimentação, com a australiana Clark imprensando a sueca Kianzad na grade. Melhor na trocação, Kianzad conectava bons socos no rosto de Clark, que recuava até ceder as costas para a rival na grade. A australiana defendia de todas as formas as tentativas de queda da sueca, que só conseguiu a derrubada a dez segundos do intervalo, terminando o round por cima no chão.
Kianzad voltou para o segundo round mais agressiva na trocação, encaixando bons socos e dominando Clark até levá-la novamente para o chão. Com a meia-guarda passada, a sueca usava os cotovelos para desestabilizar a defesa adversária. Kianzad conseguiu a transição para tentar um triângulo invertido, mas a australiana livrou-se da posição e puxou a rival para a guarda, quase encaixando uma chave de braço em seguida. A sueca recuperou-se novamente e terminou o round novamente em vantagem no chão.
No terceiro e último round as duas lutadoras optaram pela trocação, e Kianzad mais uma vez levou a melhor. Com um boxe mais afiado e técnico, a sueca agredia mais a rival, somando pontos e impedindo que Clark, mais cansada, se aproximasse para tentar golpeá-la. Com melhor movimentação e mais gás, Kianzad controlou a luta em seus momentos finais, evitando por em risco a sua vitória.
Amber Brow finaliza Catherine Costigan e acaba com sua invencibilidade
Mostrando muita qualidade na luta de chão, a peso-átomo americana Amber Brow precisou de apenas 3m34s para finalizar a irlandesa Catherine Costigan com um mata-leão após castigar a rival no chão durante todo o combate. Esta foi a primeira derrota de Costigan em seis lutas como profissional, e a quinta vitória em seis lutas de Brow.
A luta começou com as duas lutadoras encurtando a distância e aplicando golpes curtos, até que Brow conseguisse a derrubada, já caindo com a guarda passada e montada em Costigan. Mostrando bom controle no solo e aplicando duras cotoveladas na irlandesa, Brow tentou um katagatame, que foi defendido pela rival. Com maior qualidade na luta agarrada, Brow aproveitou a virada no chão da adversária para encaixar um mata-leão, finalizando a luta sem dar qualquer chance de reação à irlandesa.
Jamie Moyle mantém invencibilidade ao vencer Amy Cadwell Montenegro
Em uma luta muito disputada e equilibrada, a peso-palha Jamie Moyle venceu Amy Cadwell Montenegro por decisão dividida dos jurados (29-28, 28-29 e 29-28), aumentando sua invencibilidade para três lutas como profissional. Já Montenegro sofreu a segunda derrota em oito lutas na carreira.
A luta começou truncada na grade, com Moyle levando a melhor na troca de golpes curtos. Após alguns segundos novamente na grade, Moyle dominou as costas de Montenegro e tentou apkicar um mata-leão, mas a adversária defendeu o golpe. Moyle não desistiu e quase encaixou uma chave de braço, mas Montenegro novamente livrou-se do golpe, desta vez erguendo a rival e jogando-a no chão. A luta voltou a ser disputada em pé, e não houve mais quedas até o intervalo.
Percebendo que não levaria vantagem na luta agarrada, Montenegro voltou para o segundo round buscando a trocação, estratégia aceita por Moyle, que dominou o centro do octógono e passou a encurralar a rival na grade. As duas lutadoras passaram a trocar golpes seguidamente até que, aparentando cansaço, travaram a luta na grade. Moyle conseguiu uma boa queda, mas Montenegro levantou-se a segundos do fim do round, permanecendo de pé até o intervalo.
No terceiro round, mesmo cansadas, as duas atletas buscaram manter o ritmo de luta, e Montenegro conseguiu imprensar Moyle na grade. A luta teve momentos de trocação franca, mas Montenegro buscou a grade aproveitando-se do desgaste de sua adversária. Moyle tentou uma última reação, mas Montenegro não permitiu que a rival crescesse no round, respondendo aos ataques e igualando a disputa até o fim.
Marina Shafir é nocauteada pela estreante Amber Leibrock em 37s
Companheira de treinos e amiga pessoal de Ronda Rousey, a peso-pena Marina Shafir fez nesta quinta-feira a luta de abertura do Invicta FC 13 contra a estreante Amber Leibrock. Apesar de entrar escoltada pelo peso-pesado do UFC, Josh Barnett e ter a barulhenta torcida das companheiras de equipe Jessamyn Duke e Shayna Baszler, Shafir não resistiu aos ataques constantes de Lebrock e, foi nocauteada em apenas 37 segundos de luta.
Leibrock começou o combate aproveitando sua maior envergadura, desferindo jabs e diretos no rosto de Shafir, que não conseguia encurtar a distância nem defender-se dos ataques da rival. Após uma sequência de jabs e diretos acertarem o rosto de Shafir, ela caiu e recebeu diversos socos até que o árbitro Steve Mazzagatti interrompesse a luta. Após o anúncio oficial, Shafir foi abraçada pelas amigas e chorou bastante do lado de fora do hexágono.
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