quinta-feira, 2 de junho de 2016

Cruz garante: "Se eu vencer o Faber, não vou precisar enfrentá-lo de novo"

Campeão do peso-galo afirma que não vê um quarto duelo acontecendo contra 
o "California Kid", desafiante ao cinturão da categoria neste sábado, no UFC 199

Por Torrance, EUA
Dominick Cruz (Foto: Evelyn Rodrigues)Dominick Cruz afirma que Faber dá trabalho aos integrantes do top 5 da categoria, mas garante que irá vencê-lo (Foto: Evelyn Rodrigues)
O terceiro capítulo da rivalidade entreDominick Cruz e Urijah Faber será escrito neste sábado, no UFC 199, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Dono do cinturão peso-galo do Ultimate, "The Dominator" espera que este seja o último ato entre eles e não vê um quarto confronto acontecendo, caso bata o compatriota.
-  Eu acho que se eu vencê-lo dessa vez não vou precisar enfrentá-lo de novo. Mas ele é o tipo de cara que se lutar contra qualquer um no top 5 ainda pode lutar muito bem. Eu acho que ele ganha do Cody e também de outras pessoas na categoria. Recebo muitas perguntas sobre merecimento, o que eu acho tolice, porque todos merecemos estar aqui. Estamos todos lutando, todos competindo no maior nível, então, o que é merecer? Não cabe a mim descobrir se merece ou não, mas o que eu vejo é que ele ainda é um dos melhores caras da categoria. Ele está no top 3, top 4 o tempo todo e se mantém. Então é uma luta dura, independente do que todas as pessoas pensam. Eu sei o que vou encarar e estou preparado para isso - declarou o representante da Alliance MMA, em entrevista à imprensa, na quarta-feira.
Cruz perdeu para Faber por finalização em 2007, no único revés do seu cartel, na edição 26 do WEC. Quatro anos depois, o troco aconteceu quando o agora campeão derrotou o "California Kid" no UFC 132.
Confira a entrevista completa: 

Topo da divisão


Ele se colocou nessa posição e eu não gostar dele o coloca ainda mais nessa posição. Então, sei o que deve acontecer de novo, até porque fiquei com um gosto amargo na boca por não lutar por causa da lesão. Mas, muito raramente, tinha vezes em que eu tinha que me certificar de que estaria de volta e eu tinha que aceitar isso. Agora, posso só curtir que estou aqui, estou de volta ao topo, onde eu sempre soube que pertenci. Então, estou curtindo essa posição. É diferente. Ele sabe lutar. Eu nunca neguei isso. Nunca neguei que ele soubesse lutar, só digo que eu sou melhor.
Dominick Cruz (Foto: Evelyn Rodrigues)Atleta participou do treino-aberto nesta quarta-feira, em Los Angeles, nos Estados Unidos (Foto: Evelyn Rodrigues)

Faber x Dillashaw

Quando o TJ quis enfrentar o Faber, eles tinham essa coisa estranha de irmão mais velho. Faber fazia o papel de irmão mais velho de TJ. A verdade é que Faber não quis enfrentar TJ pelo cinturão porque ele não queria perder para o irmão mais novo. Então todo o seu ego, toda a reputação... não teria desculpas se ele perdesse para o TJ. Mas essa é a carreira do Faber, montada em desculpas e quando ele perde fala somente das coisas que fez bem. Ele nunca admite o que ele faz de errado.
Faber x Garbrandt

Eu só acho que é uma luta de estilos diferentes. Ele também conhece Cody. Cody é muito bom. Eu vejo as coisas um pouco diferente. Afinal, esses dois terão que se enfrentar uma hora. Se eu tivesse que apostar em um, provavelmente seria no Faber.
Futuro na categoria
Não me interesso muito com o que pode acontecer, somente com o cara que eu vou enfrentar agora. Como eu disse, o cara que eu estou enfrentando agora é top 3. É nisso que estou pensando agora. Eu luto em dois dias. A última coisa que eu penso é nele, não em qualquer outra pessoa.
Carreira

Eu tenho enfrentado o top 2 da minha categoria desde 2010. E se não são o top 2 depois de três anos sem lutar, eu encarei os seis melhores, em uma sequência de seis vitórias. Não é sempre fácil chegar e ser totalmente incrível, o melhor do mundo, o melhor peso-por-peso, ou entre os dois melhores do mundo. E toda vez que ele lutou, ele provou que não só não conseguiu finalizar a luta, algo que ele sempre se gaba de fazer, mas perdeu. É diferente terminar as lutas contra top 15 e enfrentar caras em um nível completamente diferente que estão no top 2. É um nível completamente diferente. Eu senti, sei a diferença e dou crédito aos caras que eu enfrentei. Quando são caras tão bons, você tem que fazer o melhor para vencer.
Dominick Cruz (Foto: Evelyn Rodrigues)Representante da Alliance MMA diz que precisa conviver com as perguntas sobre lesões (Foto: Evelyn Rodrigues)

Lesões

Se teve uma coisa que eu aprendi durante todo esse tempo é deixar acontecer as coisas que a gente não tem como controlar. Quando vocês vêm me perguntar eu não posso controlar. Não posso apontar o dedo e dizer: "Me pergunte isso, me pergunte aquilo". Se vocês querem me perguntar sobre as minhas lesões, que são parte da minha história agora, querendo ou não, eu represento as pessoas que sofreram lesões, goste ou não. Eu fiquei muito tempo machucado. E a maioria dos atletas do planeta se machucam. Os mais bem pagos se machucam. Eu sou um deles e está tudo bem, é o que é.
Dificuldade

Ainda é parte de mim. É o que me faz ir além. É parte da minha história. Ter passado por isso, usar para voltar melhor, evoluir e aceitar em vez de lutar. Eu vou responder perguntas sobre as minhas lesões porque, gostando ou não, eu fiquei fora por três anos e meio por causa de lesões. Então eu imagino perguntas assim.
Superlutas

Por que não? Eu aceitaria, com certeza. Eu posso subir para o peso-pena e lutar muito bem. Eu perco muito peso para chegar aos 61,2kg, não é divertido. Isso representa um grande problema para atletas maiores, mas eu comecei a minha carreira no peso-leve. E foi assim que meu estilo foi construído. Sabia que enfrentava caras maiores e mais fortes. Tinha 63,5kg quando comecei a lutar, aos 19 anos. Eu ganhei tamanho e peso ao longo dos anos, mas meu estilo foi construído enfrentando caras maiores e mais fortes. Tudo o que eu fazia era não deixá-los me tocarem. Eu pensava: "Não coloque suas mãos em mim, não encoste um dedo em mim, não me segure". Usei isso no início da minha carreira. Isso me levou a usar a mesma tática para o peso que eu estou hoje e tem funcionado muito bem para mim.
Dominick Cruz (Foto: Evelyn Rodrigues)Atleta é a favor das superlutas e mostra-se aberto a encarar adversários da divisão de cima (Foto: Evelyn Rodrigues)

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