Com sobrenome de cantor, Arthur insiste em só falar alto com as mãos
Dono da melhor pontaria do Brasília, ala costuma chegar cedo e sair tarde do ginásio para treinar arremessos: ‘Meu aproveitamento tem de ser bom’
Na noite de quinta-feira, Arthur manteve a mão calibrada, acertou quatro dos seus cinco chutes e terminou com 15 pontos na impressionante vitória sobre Franca. Sentado no banco do ginásio Nilson Nelson após mais uma sessão de arremessos, o ala de 2m de altura bateu um papo com o GLOBOESPORTE.COM. Sem alterar a voz, claro.
nos arremessos (Foto: Divulgação/Cadu Gomes)
ARTHUR: (Risos) É claro que meus times sempre tiveram bons jogadores, de seleção brasileira, foram fatores positivos, deu tudo certo para mim. Esta sexta final seguida eu quero coroar com o título, fico feliz pela cidade. Os dois títulos que conquistamos, até as derrotas que a gente teve, a série que não terminou, eu lembro bastante de todos esses detalhes. Mas a mais marcante foi mesmo a do ano passado. A gente vinha de duas derrotas para o Flamengo, com uma pressão psicológica muito grande. Conseguir vencer foi um fato muito importante para mim.
Acontece com frequência de o treino acabar e você ficar arremessando sozinho, ou chegar mais cedo ao ginásio para treinar. Hoje você é o melhor do time no aproveitamento dos chutes de dois e de três. É fruto desse trabalho?
Eu sempre gostei, desde cedo, de ficar arremessando bola sozinho. É claro que quando você é moleque acaba fazendo mais, está mais empolgado. Mas até hoje eu faço. Às vezes chego mais cedo, às vezes mais tarde, meia hora, uma hora batendo bola. É a minha característica. Eu dependo muito dos arremessos, então meu aproveitamento tem que ser bom. Como neste ano estou indo bem, dá mais motivação ainda para treinar e ajudar o time. Claro que ainda tem uma margem para melhorar, mas estou muito bem na quadra, no ambiente com o grupo, em tudo.
Este momento deve ser ainda mais especial para você, que nasceu em Brasília. É um sentimento diferente disputar tantas finais representando a sua cidade?
Estar numa final de qualquer jeito, por um time de ponta, já é muito importante. Estando na sua cidade, esse sentimento duplica, felicidade dobrada. Minha família, meus amigos de infância, todo mundo sente orgulho de ter um representante da cidade no time. Fico muito motivado com isso, em todo lugar que eu vou o povo comenta.
Como começou sua relação com o basquete em Brasília?
Eu sempre fiz esporte desde moleque, futebol, natação, vôlei. Gostava de todos, mas com 13 anos fui fazer basquete. Já no segundo treino a técnica me chamou para jogar na equipe da minha idade. Aí eu não ia pagar escolinha, que minha mãe pagava. Parei com todos os outros esportes e me dediquei só ao basquete. Eu era alto e isso também foi importante. Comecei a jogar em 1995 e não parei mais.
Você começou a aparecer pouco depois, em Ribeirão, mas acabou voltando a Brasília. Jogando há tanto tempo na cidade, o que curte fazer nas horas de folga?
Em época de temporada não faço muita coisa. Tem muito amigo que deixo de ver, perco muito evento de família. A primeira coisa que eu faço nas férias é participar de tudo quanto é coisa da família: aniversário, festas. Dormir mais tarde e acordar tarde sem compromisso também. Gosto também de viajar, sem ser para jogar, sem me preocupar com horário, viajar com a namorada, a família.
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