Meu Jogo Inesquecível: vitória nos pênaltis do Timão faz Pe Lanza chorar
Vocalista da banda Restart não esquece vibração da torcida no triunfo por 2 a 1 (5 a 4 nas cobranças) sobre Botafogo, pela semi da Copa do Brasil 2008
Apaixonado pelo clube, Pe Lanza está tentando se acostumar a assistir aos jogos pela televisão. Da rotina de acompanhar todas as partidas do Timão no estádio, o vocalista reconhece que o aumento no número de shows e viagens da banda pop-rock, criada em agosto de 2008, deixa o tempo cada vez mais escasso. Mas ele ainda se emociona quando lembra dos momentos vividos junto ao “bando de loucos” nas arquibancadas e recorda uma decisão nos pênaltis contra o Botafogo, pela semifinal da Copa do Brasil de 2008 (confira os melhores momentos no vídeo acima).
amigos (Foto:Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Com o placar - mesmo da primeira partida, no Rio, só que vencida pelo Botafogo - mantido até o fim, coube a Pe Lanza se ajoelhar e orar na disputa de pênaltis. Após Chicão, Herrera, Nilton, Alessandro e Acosta converterem suas cobranças pelo Corinthians, Zé Carlos perdeu o último chute do Botafogo, para festa dos mais de 60 mil presentes. Com o resultado, o Alvinegro chegou à final do torneio, mas acabou perdendo o título para o Sport.
Rodeado por torcedores rivais em meio aos familiares, o cantor se orgulha por ter escolhido seu time de coração sem influências externas ao campo de futebol, palco onde viu brilhar o meia Marcelinho Carioca, com quem teve forte identificação.
- Olha que ironia do destino: moro perto do estádio do São Paulo, minha família por parte de mãe é palmeirense e meu tio, desde pequeno, sempre me influenciou a ser santista, com roupas do Santos e me levando à Vila Belmiro. Mas nunca me marcou tanto. Acho que virei corintiano mesmo quando vi jogarem Marcelinho Carioca, Edílson, Dinei... Eu era pequenininho, mas lembro de um gol do Marcelinho em que ele chapelou o cara de letra e fez o gol (veja o lance no vídeo acima). Queria bater falta igual a ele: ajoelhava, colocava a bola no chão... Só firula, não sei jogar bola (risos) - contou o vocalista, que, mesmo em meio aos shows e ensaios da banda, tenta se reunir com amigos uma vez por semana para jogar futebol.
Se ver o músico com roupas em preto e branco pode causar estranheza aos fãs do Restart, Pe Lanza fala que as cores não se restringem só aos uniformes do Timão e que também gosta de adotar o estilo no vestuário pessoal.
- Eu tenho a nova camisa do São Jorge (atual terceiro uniforme do Corinthians), também gosto do modelo que era uma cruz roxa com fundo preto, mas acho que acaba fugindo um pouco da tradição do clube. A camisa mais bonita do time para mim é a do segundo uniforme, que é preta com as listras brancas. Gosto muito de me vestir de preto, apesar de a galera achar que eu combino mais com o colorido - confessou.
Contato com o ídolo Ronaldo
O cantor se diz fã declarado do Fenômeno, que encerrou sua carreira pelo Corinthians no início deste ano. Mas o vocalista nunca teve a chance de chegar perto do ex-jogador, e o caminho que conseguiu contato com o ídolo foi através de uma mídia social na internet.
Nome ‘Restart’ nasceu do futebol virtual
Música e futebol têm tudo a ver, são duas paixões que o brasileiro nunca vai deixar de ter"
Pe Lanza,
vocal do Restart
vocal do Restart
- Nesse dia eu estava “zicado” (sem sorte), perdendo uma partida atrás da outra. Aí, no terceiro jogo eu falei: “Chega, não quero mais perder. Aperta o restart (botão para reiniciar o videogame).” Na hora a gente pensou na palavra como nome para a banda, já que estávamos querendo mudar, trazer um show novo, e o termo dá a ideia de recomeço. Tinha tudo a ver com a nossa cara.
Pe Lanza garante que não estava jogando com o Corinthians naquela ocasião.
- Corinthians não, rapaz... (risos). Acho que estava com o Liverpool, pois gostava de jogar com o Fernando Torres (atacante da seleção espanhola).
Música sobre futebol?
O cantor do Restart confessa já ter pensado em gravar uma música sobre futebol. Embora ache muito difícil compor uma canção sobre o assunto, encontra outra forma de concretizar a vontade.
Felipe, Fábio Ferreira (Acosta), William e Chicão; Alessandro, Nilton, Eduardo Ramos, Diogo Rincón (Marcel) e Wellington Saci (Carlão); Dentinho e Herrera | Castillo, Renato Silva, Andre Luis e Bruno Costa; Túlio Souza (Zé Carlos), Leandro Guerreiro, Diguinho, Lucio Flavio e Jorge Henrique; Fábio (Alexsandro) e Wellington Paulista (Adriano Felício) |
Técnico: Mano Menezes | Técnico: Cuca |
Gols: no segundo tempo, Acosta, aos 6, Renato Silva, aos 9, e Chicão, aos 19 minutos | |
Cartões amarelos: Dentinho, Herrera, William (COR), Castillo e Fábio (BOT) | |
Local: Morumbi (São Paulo). Data: 28 de maio de 2008. Competição: Copa do Brasil (semifinal). Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR). Público presente: 61.752 espectadores |
Nenhum comentário:
Postar um comentário