Em visita à Cidade de Deus, seleção bate bola com jovens de projeto social
Liderados pelo capitão Benjamin, atletas conheceram de perto a comunidade pacificada; crianças do projeto participaram de torneio em Pequim, na China
Firmado através de uma parceria entre o Governo do Estado e a Escolinha de Futebol Zico 10, o projeto começou na Cidade de Deus e chegou ao outro lado do mundo. Um grupo de 18 meninos atendidos participou de um torneio de futebol em Pequim, na China, na semana passada. Este projeto já atende a duas mil crianças de nove comunidades que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Professor de educação física, o 2º sargento Orlando Luiz praticamente trocou a farda pelo uniforme e acompanhou as crianças durante a viagem ao país asiático. No campo, o resultado não foi dos melhores: perdeu quatro jogos e ganhou apenas um, terminando na sexta colocação. Entretanto, o legado cultural recebido pelas crianças valeu mais do que o título.
- Nós estamos resgatando a cidadania dessas crianças que ficaram perdidas ao longo de 40 anos aqui na Cidade de Deus. Eles só viam coisas horríveis e hoje têm passeios turísticos, futebol, área de lazer e, ainda, tiveram a oportunidade de visitar o outro lado do mundo - afirmou o sargento Orlando Luiz.
Ex-morador do Morro do Chapéu Mangueira, no Leme, o atacante Benjamin não escondeu a alegria em poder conhecer de perto o trabalho desenvolvido com as crianças da Cidade de Deus.
- Tive a chance de vir aqui antes da pacificação, então eu sei bem como era a realidade. Nasci em uma área carente, fui criado no Chapéu-Mangueira, hoje pacificado. Espero que a molecada tenha várias oportunidades, não só no esporte, como na educação, na saúde e que possamos vê-los crescerem cada vez mais. Poder dar esta contribuição não tem preço - disse o craque Benjamin.
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