Jovem goleiro Rafael, do Cruzeiro,
é flagrado em exame antidoping
Resultado da contraprova dá positivo para predinisona e dexametasona, encontradas em pomada e num colírio para conjutivite, respectivamente
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O médico do clube, Sérgio Freire Júnior, foi o representante do Cruzeiro na abertura da contraprova. Alguns dias antes do jogo, Rafael estava em tratamento de uma conjuntivite bacteriana e de uma inflamação na pálpebra que se chama blefarite, em ambos os olhos. O jogador passou por uma avaliação oftalmológica e foi passado pra ele o uso de uma pomada (Maxidol D) e de um colírio (Zypred). A substância encontrada no colírio é a predinisona, e a encontrada na pomada é dexametasona.
Sérgio Freire Júnior explicou o que foi detectado na urina do atleta.
- As substâncias são corticoides. O uso de forma tópica, no caso do colírio e da pomada, é permitido pela comissão de controle de doping. Só que o corticoide, de uma forma sistêmica, como comprimido, intramuscular e intravenoso, é proibido.
Sérgio Freire Júnior também fez questão de explicar como foi detectada as substâncias.
- O exame do Rafael deu resultado positivo porque a concentração, principalmente da predinisona, foi de uma concentração mais alta. De alguma forma o organismo dele absorveu mais do que o tolerável pelos padrões do controle de dopagem. Com isso, o laboratório perde o parâmetro de tolerabilidade – explicou.
O goleiro afirmou ao médico que não tomou nenhum comprimido nem injeção. No dia do jogo, como ainda estava com irritação, confirmou que usou o colírio. A pomada já tinha acabado. O resultado da contraprova ainda não foi entregue oficialmente à Federação Mineira de Futebol. Na próxima segunda-feira, após a notificação, a FMF vai encaminhar o processo de denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva.
* Com colaboração de Luciana Machado e Gustavo Chaves
Nenhum comentário:
Postar um comentário