Mundial consagra Lochte, derruba marcas e vê Brasil forte e polêmico
País leva quatro ouros e faz sua melhor campanha, mas encara resistência fora d'água; Lochte e Sun batem primeiros recordes desde o fim dos supermaiôs
Foi apenas uma semana de natação em Xangai, mas muita água correu nas piscinas. Apesar das polêmicas fora d'água, o Brasil cravou sua melhor participação em Mundiais, com quatro ouros. Michael Phelps deu lugar a Ryan Lochte como melhor nadador do planeta, um jovem astro chinês surgiu, e até o que parecia impossível aconteceu: dois recordes mundiais caíram, mesmo com a proibição dos supermaiôs. Confira abaixo os fatos mais relevantes do Mundial de Esportes Aquáticos, que chegou ao fim neste domingo.
Cielo, Lochte e Sun: personagens do Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai (Foto: Getty Images)
O Mundial de 2009, em Roma, foi um divisor de águas para o Brasil. Com um campeão olímpico no elenco, o país entrou definitivamente na elite da natação ao conquistar dois ouros, uma prata e um bronze, além de estar presente em 18 disputas de medalhas. Em Xangai, os brasileiros reduziram em um terço o número de finais, mas carregaram na tinta dourada: foram quatro subidas ao degrau mais alto do pódio, garantindo pela segunda edição seguida a melhor marca do país na história. Todas as medalhas brasileiras foram de ouro: Ana Marcela Cunha na maratona aquática de 25km, Felipe França nos 50m peito e Cesar Cielo nos 50m borboleta e 50m livre.
Três dias antes do início das disputas da natação em Xangai, Cesar Cielo não sabia se poderia competir. Absolvido pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) na acusação de doping, o brasileiro foi liberado para competir. E fez bonito na piscina do Centro Esportivo Oriental. Venceu as provas de 50m livre e 50m borboleta e ficou em quarto lugar nos 100m livre.
Jason Dunford: protesto após o ouro conquistado por Cesar Cielo nos 50m borboleta (Foto: agência AFP)
Ao se tornar campeão mundial nos 50m borboleta, Cielo teve de enfrentar a resistência de alguns adversários, que não concordaram com a decisão do TAS de manter apenas a advertência imposta pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Logo após a prova, o queniano Jason Dunford fez sinal de negativo enquanto o brasileiro chorava com a conquista do ouro. Dunford logo ganhou apoio do sul-africano Roland Schoeman, campeão olímpico em Atenas-2004, que também esteve no Mundial. No twitter, Schoeman criticou a decisão do TAS e elogiou a reação do queniano. O francês Alain Bernard e o americano Jason Lezak também criticaram o tribunal. O ouro de Felipe França nos 50m peito também foi contestado. Sites americanos acusaram o brasileiro de fazer um movimento de perna ilegal na hora da chegada. Como nenhum adversário protestou e a Fina não aceita recursos em vídeo, o resultado foi mantido.

Quem pensou que o desempenho no Pan-Pacífico era apenas fogo de palha se decepcionou. Após superar Michael Phelps na competição do ano passado, o americano Ryan Lochte comprovou no Mundial de Xangai o posto de novo astro da natação mundial. Na piscina do Centro Esportivo, não viu Phelps ou qualquer outro nadador à sua frente. Faturou cinco ouros, sendo quatro individuais, e um bronze no revezamento 4x100m livre. Tudo isso sem sequer vibrar, como se fosse apenas uma prévia do que vem por aí em Londres-2012.
Ryan Lochte: quatro ouros individuais e um surpreendente recorde mundial em Xangai (Foto: Reuters) 
Coube também a Ryan Lochte a missão de tirar os recordes mundiais da geladeira. Desde a proibição dos supermaiôs, em 2009, as marcas estavam congeladas, mas o americano brilhou nos 200m medley e conseguiu o que parecia impossível. No último dia de competição, outro recorde mundial foi quebrado: o chinês Yang Sun, de apenas 19 anos, baixou a marca dos 1.500m, que por sinal era a única a ter sobrevivido à era dos trajes tecnológicos.
Embalada pelo sucesso das Olimpíadas de Pequim-2008, a equipe chinesa fez bonito em casa e, por pouco, não tirou o título das mãos dos americanos. A disputa pela liderança no quadro de medalhas se arrastou até o último dia da competição em Xangai, mas os americanos acabaram levando a melhor, por apenas dois ouros. Yang Sun, xodó da torcida, garantiu dois ouros, uma prata e um bronze, para delírio da torcida.
Quem pensou que o desempenho no Pan-Pacífico era apenas fogo de palha se decepcionou. Após superar Michael Phelps na competição do ano passado, o americano Ryan Lochte comprovou no Mundial de Xangai o posto de novo astro da natação mundial. Na piscina do Centro Esportivo, não viu Phelps ou qualquer outro nadador à sua frente. Faturou cinco ouros, sendo quatro individuais, e um bronze no revezamento 4x100m livre. Tudo isso sem sequer vibrar, como se fosse apenas uma prévia do que vem por aí em Londres-2012.
Coube também a Ryan Lochte a missão de tirar os recordes mundiais da geladeira. Desde a proibição dos supermaiôs, em 2009, as marcas estavam congeladas, mas o americano brilhou nos 200m medley e conseguiu o que parecia impossível. No último dia de competição, outro recorde mundial foi quebrado: o chinês Yang Sun, de apenas 19 anos, baixou a marca dos 1.500m, que por sinal era a única a ter sobrevivido à era dos trajes tecnológicos.
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