domingo, 28 de agosto de 2011

Na base da disposição, Avaí vira para cima do Figueirense na casa do rival
Alvinegro cria mais, fica duas vezes na frente do placar, mas desperdiça pênalti e vê o maior adversário conseguir a vitória com dois gols de William
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Depois de 35 anos, Figueirense e Avaí voltaram a se enfrentar pela Série A do Campeonato Brasileiro. E, num duelo eletrizante no Orlando Scarpelli, os visitantes mostraram muita disposição para virar o jogo e vencer por 3 a 2, com gols de William (dois) e Lincoln - Ygor e Júlio César marcaram para os donos da casa. Depois de estar duas vezes na frente do placar, o alvinegro, mesmo mais organizado, com mais posse de bola e com quase o triplo de finalizações, acabou surpreendido pelo rival, que, agora, chega aos 17 pontos, na 18ª colocação, e passa a sonhar com uma reação para escapar da zona do rebaixamento. O Figueira fecha o primeiro turno com uma campanha regular, com 26 pontos na 10ª colocação.
Na próxima rodada, quarta-feira, o Avaí recebe o Flamengo, na Ressacada, enquanto o Figueira viaja para enfrentar o Cruzeiro, em Ipatinga.
O primeiro tempo foi muito movimentado, com ótimas chances para os dois lados, três gols e um pênalti perdido. O Figueirense, com a marcação adiantada, pressionou em bloco o Avaí, que ficou acuado dando chutões a cada investida do rival. Depois de quase chegar ao gol duas vezes, com Elias e Wellington Nem, o Figueira teve a sua ofensividade premiada aos 18 minutos, quando Ygor cabeceou e Felipe não conseguiu evitar a abertura do placar: 1 a 0.
Lincoln comemora o primeiro gol do Avaí contra o Figueirense (Foto: Ag. Estado)Lincoln comemora o primeiro gol do Avaí contra o Figueirense no Orlando Scarpelli (Foto: Ag. Estado)
Empurrado pela torcida, empolgada com o primeiro gol, o Figueira partiu para matar o jogo e teve uma ótima oportunidade quando Júlio César foi derrubado na área por Pedro Ken. Mas, na cobrança do pênalti, o próprio Júlio César mandou para fora, à direita do gol. A história do jogo parecia toda a favor do time alvinegro, mas, aos poucos, o Avaí equilibrou o duelo e só não empatou porque o goleiro Wilson fez três grandes defesas, em conclusões de Dirceu, Bruno Silva e Arlan. A pressão dos visitantes funcionou e, aos 38 minutos, Lincoln aproveitou cruzamento de Arlan para cabecear no contrapé de Wilson e fazer 1 a 1.
A reação dos visitantes parecia consistente, mas, com 17 finalizações contra oito do Avaí na primeira etapa, o Figueirense colocou justiça no placar aos 44 minutos, quando Juninho cruzou rasteiro da esquerda, Júlio César bateu para a defesa de Felipe, a bola voltou no jogador e foi parar no travessão, para, no segundo rebote, o mesmo Júlio César concluir para fazer 2 a 1.
Várias chances desperdiçadas pelo Figueira
O Figueira não voltou com o mesmo ímpeto para a segunda etapa, dando espaços para o Avaí, principalmente pelo lado direito, onde Arlan fazia a festa. A exemplo do primeiro gol, o lateral do Avaí mostrou sua qualidade ofensiva ao fazer grande jogada aos 14 minutos e rolar para William, já na pequena área, bater para deixar tudo igual: 2 a 2.
O Avaí conseguiu o empate na base da raça e na inspiração individual de Arlan, mas o Figueirense era mais organizado e ameaçava regularmente. Com 30 minutos do segundo tempo, o time da casa já contabilizava 24 finalizações, contra 10 do rival, além de ter 55% de posse de bola. Resultado: as chances eram criadas uma atrás da outra, mas o Figueira não conseguia desempatar.
O técnico Jorginho ainda colocou o atacante Somália para tentar a vitória, mas o Avaí se defendida com todas as forças, abdicando do ataque cada vez mais. Aos 40, Edson Silva acertou a trave neste que poderia ter sido o lance da vitória do Figueira.
E, num dos passes de mágica dos deuses do futebol, o Avaí mostrou que a luta é meio caminho andado para uma vitória. Aos 41 minutos, o lançamento longo terminou com a cabeçada certeira de William. Um brinde à raça. Final: 3 a 2.

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