Meu Jogo Inesquecível: tricolor Dado Villa-Lobos vê gol de 'escudo' no Fla
'O gol do Renato não foi de barriga', diz músico, ex-Legião Urbana, que ainda vibra ao recordar título carioca sobre o Fla em 95 na vitória por 3 a 2
Naquele domingo, o Flamengo, com Sávio e Romário, jogava pelo empate para conquistar o campeonato, mas foi o Fluminense, de Renato Gaúcho, Ailton e Djair, que comemorou. Com gols de Renato Gaúcho, aos 30 minutos, e Leonardo, aos 42, o Tricolor saiu com boa vantagem para o intervalo. O time da Gávea só conseguiu reagir e diminuir o marcador com Romário, aos 26 do segundo tempo. Seis minutos depois, uma finalização de Fabinho deixou tudo igual no Maracanã. Só que, enquanto a torcida rubro-negra comemorava o título, um chute cruzado de Ailton, que não tinha a direção do gol, aos 42 minutos de jogo, desviou em Renato Gaúcho e entrou.
- O gol não foi de barriga, foi de escudo. Se você perceber, ele (Renato Gaúcho) faz o movimento, a bola pega no escudo (da camisa) e entra.
Torcedor tipo importação
França (Foto: Alexandre Durão/Globoesporte.com)
E antes mesmo de vir em definitivo para o Brasil, o músico pôde conhecer de perto o Tricolor das Laranjeiras e o seu ídolo da infância, Rivelino. Em julho de 1976, enquanto residia na França, o time carioca excursionou pelo país e disputou, em Paris, um amistoso contra o Paris Saint-Germain, que terminou empatado em 1 a 1.
- Meu pai não gostava de futebol, mas tenho um irmão mais velho que gostava, e o Fluminense era o time da época. Eu estava em Paris e vi o Rivelino jogar contra o Paris Saint-Germain. Ele acabou saindo machucado da partida e passou do meu lado na maca. Foi o meu primeiro jogo do Fluminense no estádio - recordou o músico, que na época chegou a torcer para o Saint-Étienne, da França.
Linha tênue entre música e futebol
Aos 14 anos, Dado desembarcou no Brasil com o objetivo de seguir a mesma profissão do pai: diplomata. Mas, em 1983, um convite para ser guitarrista da banda Legião Urbana o fez mudar os planos. Passando a se dedicar à carreira musical, sem deixar a paixão pelo futebol de lado, ele se mostrou surpreso com as coincidências envolvendo o sucesso do grupo e as campanhas do Fluminense.
- Foi um dos piores anos da minha vida, talvez o pior. O Renato se foi em outubro, o Fluminense caiu para a segunda divisão (terminou em penúltimo lugar e só não foi rebaixado por intervenção da CBF. Porém, no ano seguinte, o time voltou a ficar em penúltimo, teve de disputar a Série B em 1998 e a Série C em 1999). Dali para frente foi lamentável, para apagar. Mas agora estamos em 2011 - afirmou Dado.
Colecionador de camisas
Há 25 anos vivendo no Rio de Janeiro, o músico se tornou um torcedor ilustre do Fluminense e já foi até homenageado pelo clube com uma camisa personalizada. E, quase sem querer, adquiriu o hobby de colecionar camisas do Tricolor.
Welerson; Ronald, Lima, Sorlei e Lira; Márcio Costa, Aílton, Djair e Rogerinho (Ézio); Renato Gaúcho e Leonardo (Cadu) | Roger, Marcos Adriano (Rodrigo), Gelson, Jorge Luiz e Branco; Charles Guerreiro, Fabinho, Marquinhos e William (Mazinho); Romário e Sávio |
Técnico: Joel Santana | Técnico: Vanderlei Luxemburgo |
Gols: no primeiro tempo, Renato Gaúcho aos 30 minutos e Leonardo aos 42. No segundo tempo, Romário aos 26 minutos, Fabinho aos 32 e Aílton aos 42' | |
Cartões amarelos: Rogerinho e Renato Gaúcho (Flu); Marcos Adriano, Jorge Luiz, Branco e Charles Guerreiro (Fla). Cartões Vermelhos: Sorlei, Lima e Lira (Flu); Marquinhos (Fla) | |
Local: Maracanã, Rio de Janeiro. Data: 25/06/1995. Competição: Campeonato Carioca. Árbitro: Léo Feldman. Renda: R$ 1.621.850,00. Público: 120.418 torcedores |
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