Eder Jofre pede maior valorização ao boxe e ataca MMA: 'É assassinato'
Bicampeão mundial de boxe admite assistir às batalhas do octógono, mas faz ressalva: "Tenho uma bronca danada, é covardia"
(Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Eder Jofre não gostaria de ver o boxe substituído, no gosto dos brasileiros, pelo MMA. Ele prefere o ringue. Na prática, não gosta nada da febre atual.
- Chego a me sentir mal quando falo disso. Para mim, é assassinato, não esporte – disse ele, por telefone.
Eder Jofre considera as lutas excessivamente violentas. Percebe exagero quando um atleta domina o outro.
- Eu fico possesso, com uma bronca danada de ver um esportista com o outro no chão, quase desacordado, e dando cotovelada. É covardia. Para mim, não serve. Não aceito de forma nenhuma. Falam que o boxe é violento. Isso que é violência. O cara está desacordado, e o outro fica dando golpe nele. Só falta morder.
O ex-pugilista, porém, admite que assiste às disputas do octógono pela televisão. Ele não vê paralelo com o boxe.
- Até assisto, porque está no meu sangue, mas assisto com bronca. O cara tem a mão livre, e bate com o cotovelo. Eles usam as luvas que usamos para bater no saco de areia. Eles se estraçalham uns aos outros. E querem me dizer que o boxe é violento...
Eder Jofre lamenta o sucesso que o esporte alcançou no Brasil. Para ele, deveria haver maior valorização do boxe.
- O povo brasileiro gosta de ver lutas assim. Sai sangue, o cara cai e levanta, cai e levanta, cai e levanta. É emocionante mesmo. Mas, para mim, é covardia.
Eder Jofre foi campeão do mundo no peso galo em 1960, pela Associação Mundial de Boxe. Em 1973, foi campeão mundial no peso pena, pelo Conselho Mundial de Boxe.
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