Passado, presente e futuro
qua, 18/01/12
por Rafael Lopes |
categoria Fórmula 1, Temporada 2012
Neste momento, Rubens está nos Estados Unidos, onde curte férias com a família na Flórida. E qual seria seu futuro? Opções não faltariam. Conversei com pessoas próximas ao piloto sobre isso. E elas foram unânimes: é quase impossível que o veterano brasileiro assuma um cargo de consultoria em alguma equipe de Fórmula 1. Nas palavras delas: “Duvido muito que o Rubinho troque um fim de semana com a família para trabalhar e não correr.” Sua experiência poderia muito bem ser aproveitada em uma competição como o novo Mundial de Endurance (WEC). Disputar as 24 Horas de Le Mans por uma equipe grande seria um excelente caminho.
O fato é que sair da Fórmula 1 não é o fim do mundo. Muito pelo contrário, diga-se. Se não fechar nada relacionado à categoria, Rubinho deve ficar curtindo um ano ao lado da esposa Silvana e dos filhos Dudu e Fernando. Aí sim pensaria em correr por outra categoria. Falei do WEC, mas a Fórmula Indy e a Nascar, que correm nos ovais americanos, estão fora de cogitação. A esposa do piloto acha a proximidade dos muros muito perigosa, sensação que aumentou após a morte de Dan Wheldon na última corrida do ano passado. O fato é que a experiência e o know-how adquiridos nestes 19 anos são um excelente valor em qualquer categoria.
Em 1993, estreou pela Jordan e fez uma corrida espetacular em Donington Park – estava em terceiro a poucas voltas do fim e seu carro quebrou. Depois, em 1994, começou o ano com pódio no GP do Pacífico e fez sua primeira pole na Bélgica, em Spa-Francorchamps. O problema foi a morte do ídolo e amigo Ayrton Senna. Em 1995, mesmo sem ter um carro à altura, assumiu a responsabilidade de ser o principal representante brasileiro na F-1. Talvez tenha sido seu grande erro. Mas recomeçar nunca foi problema para ele. Em 1997, topou o desafio de construir a Stewart e chegou à Ferrari em 2000 credenciado por excelentes atuações na equipe inglesa.
No time vermelho encontrou um enorme obstáculo de nome Michael Schumacher. Após seis temporadas de algumas vitórias, dois vice-campeonatos e polêmicas, aceitou a proposta da Honda para 2006. O projeto da equipe japonesa não era dos melhores e ela saiu da Fórmula 1 no fim de 2008, com a crise econômica mundial. Quase ficou fora da categoria naquele ano, mas Ross Brawn o escolheu para correr pela Brawn GP. E deu azar. Jenson Button se adaptou mais rapidamente ao carro e foi campeão mundial em 2009. Em 2010, realizou um sonho de infância: fazer parte da Williams. Mas a equipe não era a mesma de outros tempos. Mesmo assim superou com folga seus companheiros – o alemão Nico Hulkenberg e o venezuelano Pastor Maldonado.
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