Fla e Traffic rompem, advogados são acionados e caso pode ir para Justiça
Clube, que vai arcar com salários de R$ 1,250 mi de R10, cobra dinheiro da empresa, que também aciona advogados para reaver seus investimentos
- Cada parte se sentiu prejudicada. O Flamengo acha que nós falhamos ao não pagar ao Ronaldinho, nós achamos que fomos prejudicados quando o clube não entregou a propriedade da parte da camisa e o projeto de fidelidade e sócio-torcedor. A Traffic deve os R$ 750 mil por mês ao Ronaldinho, o Ronaldinho deve os treinos, concentração e jogos para o Flamengo, e o Flamengo deve à Traffic a entrega das propriedades desimpedidas. Quando um elo passou a não funcionar, a engrenagem se comprometeu - afirmou o diretor executivo da Traffic, Fernando Gonçalves.
- Agora, começa a dinâmica dos advogados, cada parte defendendo os seus direitos e com suas estratégias. Temos como característica esgotar todos os recursos, mas no meio do caminho pode acontecer... (caso parar na Justiça). Desde que o Flamengo parta para solucionar a questão do Ronaldinho sozinho, vamos preparar a defesa dos nossos direitos - destacou o diretor executivo da Traffic.
A Traffic deixou de depositar mensalmente R$ 750 mil na conta do jogador há seis meses, e o débito está em R$ 4,5 milhões. A empresa suspendeu o pagamento para forçar o Flamengo a assinar o contrato que oficializaria a parceria na contratação do jogador. Desde a chegada do atacante ao clube, há um ano, um memorando sustentava o acordo. Para viabilizar a decisão de arcar com o salário integral de Ronaldinho, o Fla tem a possibilidade de realocar o contrato do jogador ao contrato dos direitos de transmissão de TV dos jogos do time. Parte do dinheiro do acordo fechado com a Cosan, no valor de R$ 9 milhões, poderá ser utilizada para o pagamento de salários de R10.
Agora, saímos de cena e entram os advogados"
Fernando Gonçalves
Segundo Fernando Gonçalves, pelo lado da Traffic, foram dois os pontos principais para o rompimento:
- Não conseguimos chegar a um entendimento sobre as propriedades desimpedidas, uma que vinha da camisa. E outro ponto muito importante foi o programa de fidelidade e do sócio-torcedor. Tivemos várias reuniões, foram conversas em alto nível, mas, agora, saímos de cena e entram os advogados.
O rompimento começou a se desenhar quando Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, colocou em dúvida a viagem do jogador para Bolívia, no primeiro jogo pela pré-Libertadores, contra o Real Potosí.
- Quando começou aquela discussão se ele viajava ou não, o Assis já tinha notificado, nós também. Acredito que o Assis e o Ronaldinho tenham pressionado o clube para resolver a situação. Mas o Michel (Levy, vice definanças) fez uma ligação muito gentil, disse que as duas instituições são amigas. Não teve estresse - completou o diretor executivo da Traffic.
Procurado pela reportagem, o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, não atendeu as ligações.
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