Média de público do Vasco é a menor entre brasileiros na Libertadores
Os 12.712 pagantes por jogo ficam bem abaixo dos outros cinco times do país. Dirigente nega decepção, mas reconhece problema com área vip
ingresso (Foto: Divulgação / Flick Oficial do Vasco)
A média de público contra Nacional-URU, Alianza Lima-PER e Libertad-PAR ficou em 12.712 pagantes. Levando-se em conta que são colocados à venda cerca de 19 mil bilhetes (a capacidade máxima é de 23 mil), conclui-se que um terço dos lugares estava vazio. É uma média bem inferior à dos outros brasileiros na Libertadores.
O curioso é que a Copa do Brasil do ano passado, competição que credenciou o Vasco a disputar a Libertadores, atraiu mais gente. Naquela campanha, que teve média de 14.066 pagantes, somente uma partida não teve público maior do que qualquer uma das três na Libertadores. Foi contra o Náutico, disputada com reservas, após vitória no jogo de ida por 3 a 0.
Média de público | Jogos | Ingressos de arquibancada | |
---|---|---|---|
Corinthians | 29.587 | 2 | R$ 50 |
Flamengo | 27.328 | 2 | R$ 40 a R$ 60 |
Fluminense | 23.233 | 2 | R$ 40 a R$ 50 |
Inter | 24.100 | 2 | R$ 70 a R$ 90 |
Santos | 18.646 | 2 | R$ 50 |
Vasco | 12.712 | 3 | R$ 60 |
OBS: O Corinthians já vendeu antecipadamente todos os seus ingressos de arquibancada. |
O Vasco, no entanto, não considera baixa a presença dos torcedores na Libertadores. Segundo o vice-presidente de patrimônio Fred Lopes, o público tem correspondido às expectativas, e as melhorias feitas em São Januário não são motivo suficiente para atrair mais gente. Ele argumentou ainda que são destinados 2.500 ingressos para os visitantes e, na vitória por 2 a 0 sobre o Libertad, nessa quarta-feira, o setor ficou praticamente vazio.
- O torcedor é motivado pelo time. Claro que o torcedor fica feliz com o estádio novo. Isso eleva a autoestima, mas não é suficiente para encher o estádio. A Libertadores tem tido um bom público, mesmo com o time perdendo o primeiro jogo. Até que se inaugurem esses estádios para a Copa do Mundo, o Vasco atualmente tem um dos mais modernos da América Latina - disse o dirigente.
Um fator que pode contribuir para os públicos decepcionantes na Libertadores é o preço dos ingressos. A arquibancada em São Januário custa R$ 60, preço acima do cobrado por Corinthians, Flamengo, Fluminense e Santos - apenas no Inter custa mais caro. Na Copa do Brasil de 2011, os bilhetes saíam pela metade do preço, tendo custado R$ 20 em alguns jogos promocionais.
Comparação entre médias de público pagante do Vasco | |
---|---|
Libertadores (2012) | 12.712 |
Copa do Brasil (2011) | 14.066 |
Brasileirão (2011) | 13.866 |
Brasileirão (2010) | 13.967 |
Série B (2009) | 25.730 |
Fred Lopes concorda que a área vip de São Januário ainda não é bem explorada:
- O Setor Premium foi criado com o objetivo de trazer vendas corporativas, em trabalho com a rede hoteleira e agências de turismo, coisa que ainda aconteceu. Ainda não se definiu o modelo ideal. A empresa responsável está trabalhando para isso. Já identificamos o problema. A média tem sido muito baixa, o que é ruim para nós e para a empresa que fez o investimento. Acredito que haja uma falha na forma de explorar o local. A ideia é atingir um público mais elitizado, com poder aquisitivo maior. Por isso não se pode banalizar o valor. O que acho que está acontecendo é um erro na forma de vender o produto.
O Vasco volta a jogar em São Januário neste domingo, mas pelo Campeonato Carioca: enfrenta o Resende, às 16h, pela quinta rodada da Taça Rio. O torcedor terá bastante tempo para sentir saudade de ver jogos pela Libertadores, já que os dois restantes no Grupo 5, contra Alianza Lima e Nacional, serão fora de casa. Ou seja, a chance de ver o Caldeirão fervendo terá de esperar as oitavas de final, caso o Vasco consiga a classificação.
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