Maurício Ramos: 'Se forem bater no Deola, têm de bater em mim primeiro'

Com frases de efeito, zagueiro sai em defesa do goleiro e cobra reação da equipe na Copa do Brasil. 'Estamos com um saco de batatas nas costas'

Por Diego Ribeiro São Paulo

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Mauricio Ramos, em coletiva no CT do Palmeiras
(Foto: Diego Ribeiro/globoesporte.com)

O zagueiro Maurício Ramos andava em baixa, mas voltou a ser titular do Palmeiras no jogo contra o Guarani, que decretou a eliminação da equipe do Campeonato Paulista. Apesar da derrota por 3 a 2, Maurício teve atuação regular, e por isso deve ser mantido para o confronto contra o Paraná, nesta quarta, pela Copa do Brasil. Prestigiado, o zagueiro concedeu entrevista nesta terça-feira e surpreendeu com um repertório de frases impactantes.
A mais forte delas foi em defesa de Deola, goleiro que já não vinha inspirando confiança na torcida e passou a ser massacrado por falhas na derrota para o Guarani. Ramos diz que Deola está abatido, mas deve ser mantido como titular para o jogo contra o Paraná.
– Se forem bater nele, têm de bater em mim primeiro. Passamos tanta confiança para ele quanto ele passa para nós. Quem nunca errou um dia? Quantas vezes ele já nos salvou? – disse Maurício Ramos.
O futebol tem um palmo entre o céu e o inferno. Saímos do Paulista, mas temos uma chance para ganhar um título e chegar à Libertadores – emendou o zagueiro.

Estamos entrando com um saco de batatas nas cotas. Aí nada dá certo..."

Maurício Ramos

A sinceridade de Maurício Ramos chamou a atenção. Ele reconheceu que o Palmeiras tem sentido o peso das decisões, já que a pressão por títulos é constante no Palestra Itália. Nos últimos dez anos, o torcedor comemorou apenas um Campeonato Paulista (2008). O zagueiro quer reação imediata para acabar com esse peso.
– Os detalhes têm pesado. O detalhezinho é o que falta para o Palmeiras crescer. Deus tem algo preparado, não é possível ser só saco de pancadas, saco de pancadas... Quando ganharmos o primeiro título, vamos deslanchar – profetizou Maurício Ramos.
O pedido da comissão técnica foi para que a equipe tentasse jogar com alegria nesta quarta-feira, esquecendo-se do que passou e voltando seus esforços apenas para a Copa do Brasil. Inspirado, Maurício Ramos usou uma metáfora para explicar o espírito atual do Palmeiras.
– Estamos entrando com um saco de batatas nas costas, aí vamos lá e nada dá certo. Tem de tirar esse saco de batatas e jogar como se fosse na várzea, jogar feliz. Por causa da eliminação, ninguém dormiu direito, mas agora temos o campeonato de nossas vidas. É fazer o melhor para esquecer o que passou – afirmou o zagueiro.
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