A 10 sem dono: em Fla, Flu e Vasco, mítica camisa fica guardada no cabide
Número mais emblemático do futebol está vago nos três cariocas, e torcedores elegem preferidos: Adriano, Thiago Neves e Carlos Alberto
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O número que tem Pelé como símbolo maior costuma significar ídolo e
referência dentro de campo. Mas no Rio de Janeiro, três dos quatro
grandes times não têm um camisa 10 na ativa. Flamengo, Fluminense e
Vasco, que adotam a numeração fixa ao longo da temporada, estão
momentaneamente com o “posto” vago, situação que vai além da falta de um
atleta capaz de articular jogadas no meio-campo e de marcar gols
decisivos.
A camisa 10 do Flamengo está pendurada no cabide desde a saída de Ronaldinho, ainda no início do Campeonato Brasileiro. Recentemente, os esforços da diretoria durante a janela de transferências internacionais foram direcionados para a contratação de um craque que a vestisse. Diego, Riquelme e Felipe, do Vasco, foram alguns nomes tentados, mas todos sem sucesso.
Ronaldinho, Diego Souza e Rafael Moura, os últimos camisas10 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
A situação é mais recente no Fluminense, que na última semana negociou
Rafael Moura com o Internacional. Apesar de centroavante, ele vestia a
camisa 10, que agora está sem dono. Deco, que usou o número quando
brilhava pelo Porto, de Portugal, adotou o 20 quando passou a defender a
seleção de Portugal e o manteve quando se transferiu para o Barcelona,
em 2004. O 20 tornou-se até mesmo uma marca para o jogador.
Em São Januário, Diego Souza era o dono da camisa 10 que foi do ídolo e presidente do clube Roberto Dinamite. No entanto, o jogador foi negociado com o Al Ittihad, da Arábia Saudita, e deixou o número sem dono. Apesar de serem os maestros do meio-campo, Juninho e Felipe têm as suas preferências: 8 e 6, respectivamente.
- Dentro do elenco, acho que ninguém deveria usar essa camisa, pois cada um já tem o seu número. É minha opinião. Mas se algum jogador disser que gostaria de vestir a 10, a comissão técnica achar certo e eu, como diretor, aprovar, legal - afirmou o diretor de futebool Zinho, quando a janela de transferências internacionais ainda estava aberta.
Adriano com a 10 do Flamengo: torcida espera
pela volta do Imperador (Foto: Agência Globo)
Já os tricolores esperam que Thiago Neves
seja o herdeiro da camisa 10. Ele usou o número em sua melhor passagem
pelo clube, em 2008, e não esconde o desejo de recuperá-lo após a saída
de Rafael Moura.
- Gostaria sim de voltar a jogar com a camisa 10 do Fluminense. Mas a marca TN7 acabou pegando, né? Isso é com a diretoria, na verdade. Se eles quiserem me dar novamente a 10, eu aceitaria - disse o jogador, que teve 40% dos votos, vencendo Wellington Nem, Deco, Rafael Sobis e Wagner.
No Vasco, o eleito pelo público foi Carlos Alberto. Em sua volta ao Vasco, em março deste ano, o meia optou pelo número 84, em referência ao ano de seu nascimento, pelo fato de o 19, seu preferido, estar com o volante Nilton. Vencedor da enquete com 37% dos votos, à frente de Felipe, Juninho, Tenorio e Wendel, ele prefere seguir como está.
- Fico feliz que a torcida do Vasco tenha me escolhido, já que essa camisa tem muita história no Vasco. Mas, na verdade, nunca liguei muito para número. Na maior parte da minha carreira, não usei o 10 - lembrou Carlos Alberto, que vestiu esse número apenas no Flu.
Único grande clube do Rio de Janeiro a ter um 10, o Botafogo viveu o
incremento das vendas com a chegada de Seedorf. Mas os outros clubes
minimizam o possível impacto comercial da ausência do dono da camisa
mais popular do futebol.
- Hoje em dia a cultura mudou um pouco, nas lojas você consegue personalizar as camisas, colocar o nome de jogadores do passado, o próprio nome, fazer a camisa personalizada. Vende muito sem número. A gente não coloca camisas com outros números à venda para deixar a critério do torcedor. A procura está sendo muito maior pela camisa sem número, então não compensa. Ano que vem talvez possa ser uma realidade. Por enquanto, não compensa. Se muitos lojistas pedirem, colocamos. A procura é por camisas sem número e a camisa 10 - explicou Gabriel Skinner, relações esportivas da Olympikus, fornecedora do material do Flamengo.
O Fluminense também não enxerga a situação como um problema de marketing ou técnico. O diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano afirma que, por enquanto, a camisa 10 que já foi do craque Rivellino, na década de 70, segue sem dono.
- A saída do Rafael Moura está muito recente. Até o momento ninguém me fez pedido algum. Por ora segue do jeito que está - minimizou.
Daniel Freitas, diretor de futebol do Vasco, garante que o número sairá do armário até o fim da temporada apenas se algum jogador for contratado e o clube julgar que ele deva herdar a camisa que foi de Roberto Dinamite. Ainda há a possibilidade de trazer um reforço para o setor.
- Não estamos pensando nesse assunto, mas ninguém do atual elenco vai usar essa camisa. O Vasco não vai mexer na numeração que foi definida no início do ano - frisou o dirigente.
A camisa 10 do Flamengo está pendurada no cabide desde a saída de Ronaldinho, ainda no início do Campeonato Brasileiro. Recentemente, os esforços da diretoria durante a janela de transferências internacionais foram direcionados para a contratação de um craque que a vestisse. Diego, Riquelme e Felipe, do Vasco, foram alguns nomes tentados, mas todos sem sucesso.
Em São Januário, Diego Souza era o dono da camisa 10 que foi do ídolo e presidente do clube Roberto Dinamite. No entanto, o jogador foi negociado com o Al Ittihad, da Arábia Saudita, e deixou o número sem dono. Apesar de serem os maestros do meio-campo, Juninho e Felipe têm as suas preferências: 8 e 6, respectivamente.
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As torcidas, entretanto, já têm os seus preferidos, manifestados no
resultado das enquetes promovidas pelo GLOBOESPORTE.COM nas páginas dos
respectivos clubes. Em todas as três situações, ficou clara a
preferência do público pela manutenção do número original de cada
atleta. E no caso do Flamengo, o preferido trata-se de alguém que não
faz parte do elenco. Com 76% dos votos, os rubro-negros desejam ver mais
uma vez Adriano
vestindo a camisa 10, embora o Imperador ainda se recupere da segunda
cirurgia no tendão de Aquiles e não tenha previsão de retorno aos
gramados. Ele ganhou a pesquisa que tinha Adryan, Vagner Love, Liedson e
Negueba como os candidatos. Além disso, a diretoria ainda prefere não
tratar da possível contratação do atacante, mesmo que sonhe com novo
casamento.- Dentro do elenco, acho que ninguém deveria usar essa camisa, pois cada um já tem o seu número. É minha opinião. Mas se algum jogador disser que gostaria de vestir a 10, a comissão técnica achar certo e eu, como diretor, aprovar, legal - afirmou o diretor de futebool Zinho, quando a janela de transferências internacionais ainda estava aberta.
pela volta do Imperador (Foto: Agência Globo)
- Gostaria sim de voltar a jogar com a camisa 10 do Fluminense. Mas a marca TN7 acabou pegando, né? Isso é com a diretoria, na verdade. Se eles quiserem me dar novamente a 10, eu aceitaria - disse o jogador, que teve 40% dos votos, vencendo Wellington Nem, Deco, Rafael Sobis e Wagner.
No Vasco, o eleito pelo público foi Carlos Alberto. Em sua volta ao Vasco, em março deste ano, o meia optou pelo número 84, em referência ao ano de seu nascimento, pelo fato de o 19, seu preferido, estar com o volante Nilton. Vencedor da enquete com 37% dos votos, à frente de Felipe, Juninho, Tenorio e Wendel, ele prefere seguir como está.
- Fico feliz que a torcida do Vasco tenha me escolhido, já que essa camisa tem muita história no Vasco. Mas, na verdade, nunca liguei muito para número. Na maior parte da minha carreira, não usei o 10 - lembrou Carlos Alberto, que vestiu esse número apenas no Flu.
Gostaria sim de voltar a jogar com a camisa 10 do Fluminense"
Thiago Neves
- Hoje em dia a cultura mudou um pouco, nas lojas você consegue personalizar as camisas, colocar o nome de jogadores do passado, o próprio nome, fazer a camisa personalizada. Vende muito sem número. A gente não coloca camisas com outros números à venda para deixar a critério do torcedor. A procura está sendo muito maior pela camisa sem número, então não compensa. Ano que vem talvez possa ser uma realidade. Por enquanto, não compensa. Se muitos lojistas pedirem, colocamos. A procura é por camisas sem número e a camisa 10 - explicou Gabriel Skinner, relações esportivas da Olympikus, fornecedora do material do Flamengo.
O Fluminense também não enxerga a situação como um problema de marketing ou técnico. O diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano afirma que, por enquanto, a camisa 10 que já foi do craque Rivellino, na década de 70, segue sem dono.
- A saída do Rafael Moura está muito recente. Até o momento ninguém me fez pedido algum. Por ora segue do jeito que está - minimizou.
Daniel Freitas, diretor de futebol do Vasco, garante que o número sairá do armário até o fim da temporada apenas se algum jogador for contratado e o clube julgar que ele deva herdar a camisa que foi de Roberto Dinamite. Ainda há a possibilidade de trazer um reforço para o setor.
- Não estamos pensando nesse assunto, mas ninguém do atual elenco vai usar essa camisa. O Vasco não vai mexer na numeração que foi definida no início do ano - frisou o dirigente.
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