Cyborg sonha com luta contra Ronda Rousey em dezembro: 'Fala bastante'

Ainda suspensa por ter sido flagrada no exame antidoping, lutadora brasileira confirma desejo de retornar ao octógono contra rival americana

Por Felipe Santos Uberlândia, MG

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Ainda cumprindo suspensão por ter sido flagrada no exame antidoping no fim do ano passado, a lutadora brasileira Cris Cyborg  já está pensando no fim da punição, em dezembro. No entanto, ela não poderá escolher adversária para o retorno ao octógono, mas, se pudesse, teria a sua ‘preferida’.

- Quero lutar com a Ronda Rousey - declarou Cyborg durante um seminário de MMA em Uberlândia, nesta segunda-feira.
A lutadora americana costuma fazer provocações pela imprensa quando questionada sobre a luta contra a brasileira, considerada uma das mais esperadas do MMA feminino. Diante de tantas polêmicas e declarações, Cris acredita que todos os torcedores querem ver o embate entre elas, mas dentro do octógono.

Não gosto de falar. Gosto de lutar, diz Cyborg
(Foto: Felipe Santos/GLOBOESPORTE.COM)

- Na minha volta, luto com qualquer uma. Mas existe a polêmica para o confronto com a Ronda, a americana que fala bastante. Eu não gosto de comentar muito, gosto é de lutar. Acredito que essa luta deva ser realizada, todo mundo quer ver e eu quero lutar. Não tem empecilho nenhum, só entrar em um acordo de peso. Se me derem oportunidade de um combate com ela, eu quero - revelou Cyborg.
O peso da atleta brasileira foi um dos alvos das declarações de Ronda.  Em recente entrevista à TV norte-americana, a atual campeã dos pesos-galos do Strikeforce fez questão de enfatizar que a razão de Cyborg não conseguir perder peso é a utilização de esteroides, motivo pelo qual a brasileira foi punida no ano passado. Após uma luta contra Hiroko Yamanaka, o exame da brasilera deu positivo para anabolizantes. Indiferente às provocações, Cris afirmou que a resposta dela será durante a luta.
- Se a arma dela é ficar falando fora do octógono, a minha é lá dentro. Sempre respeitei minhas adversárias, jamais gostei de falar. Cada um tem suas características e suas armas. Vou estar preparada como nas outras lutas e vou respeitar como sempre fiz com  minhas adversárias. Meu trabalho é dentro do octógono e vou fazer de tudo para buscar o nocaute - garantiu.
Motivação

Enquanto espera o dia 17 de dezembro, prazo final da punição, Cyborg disputa outras competições para se manter em forma. Em junho,  foi campeã mundial de jiu-jítsu e vai lutar o mundial da categoria sem quimono, no mês de novembro.
- Vou continuar treinando e competindo em outras categorias para conseguir motivação,  já que não posso lutar pelo MMA. Espero estar no octógono em breve, apesar de não ter nada certo ainda, devo competir no fim de dezembro ou janeiro - salientou.
Outro caminho escolhido pela lutadora foram os seminários. Em Uberlândia, cidade onde já morou e tem muito carinho, a atleta preferiu dizer que o evento que ela participou foi uma confraternização com o trabalho do professor Paraíba, representante do esporte na cidade. O seminário, segundo ela, busca incentivar o MMA como opção de atividade física nas academias. Cyborg comemorou, inclusive, a popularização do esporte que tem passado até em canais abertos.

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Cyborg e Paraíba treinam antes de seminário em Uberlândia (Foto: Felipe Santos/GLOBOESPORTE.COM)

- Os brasileiros, na maioria dos campeonatos, são os vencedores. O Brasil tem um nome muito forte no MMA e a gente tem que ter orgulho disso. É violento, mas os dois lutadores estão preparados. É um esporte que tem regras, disciplina, dieta e profissionais por trás. Fico feliz de representar o MMA feminino. É importante que as pessoas vejam que a modalidade é um esporte como o judô e o futebol - concluiu.