Empate sem gols desespera mais
o Figueirense do que a Portuguesa
Time catarinense mantém oito pontos do
16º colocado e a angústia com o rebaixamento próximo. Lusa soma mais um
ponto e segue sob ameaça
DESTAQUES DO JOGO
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DecepçãoLoco AbreuO uruguaio foi a esperança de gols do técnico Márcio Goiano e dos torcedores do Figueira, mas passou os 65 minutos em campo sem mostrar serviço. Saiu vaiado.
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arbitragemSó na bolaO árbitro Marcos André Gomes da Penha distribuiu apenas dois cartões amarelos, um para cada time, e chegou a assinalar bem um 'jogo perigosa' na área da Lusa.
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eficienteLéo SilvaO volante foi o nome da Portuguesa no jogo Orlando Scarpelli. Deu proteção à defesa e ainda apareceu bem na frente para armar ou finalizar.
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
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O desespero continua. Porém, para o Figueirense, se mistura com a agonia. A Portuguesa se satisfez com empate fora de casa. Para o time mandante do Orlando Scarpelli, foi mais uma cartada errada na luta que trava contra o rebaixamento. O 0 a 0 foi muito mais prejudicial para o Figueira, que não consegue ao menos se aproximar da 16º colocação do Brasileirão, que está ocupada pelo Bahia, hoje o primeiro time fora da zona do rebaixamento.
O Figueirense esteve em cima da Lusa pela maior parte do tempo da partida em Florianópolis, na noite deste sábado. A Portuguesa também produzia lances de perigo, mas não foi o suficiente também para desfazer a igualdade. O time catarinense está oito pontos atrás dos baianos e tem apenas 15 por disputar. A Portuguesa, agora com 40 pontos, mantém uma distância do Z-4, mas não está confortável com os sete pontos mais do que o Sport.
As equipes continuam a jogar pela permanência no próximo fim de semana. O Figueira vai ao Rio de Janeiro para o embate contra o Flamengo, às 21h de sábado, no Engenhão. Já a Portuguesa volta ao Canindé porque no domingo recebe o Bahia, às 19h30m, no encerramento da 34ª rodada,
Bem mais ameaçado de rebaixamento do que a Portuguesa, o Figueirense tratou de ir para frente já nos primeiros movimentos no Scarpelli. O time da casa arriscava mais, enquanto a Lusa tinha menos chances. Prova do desespero alvinegro foi a entrada de Loco Abreu, que estava desde a 15ª rodada, há 79 dias, sem atuar com a camisa alvinegra (na derrota por 2 a 0 para o Flamengo). Foi ele quem teve a primeira chance. O uruguaio chegou pela esquerda e a defesa cortou o cruzamento. No rebote, ele furou de primeira e na segunda deu um chapéu no marcador. Porém, Dida saiu e abraçou a bola.
Sete minutos depois, foi a vez de Aloísio causar perigo à meta do ex-goleiro da seleção brasileira. Ronny encarou a marcação e colocou na cabeça do atacante. O arremate tirou tinta do travessão. Aloisio acertaria a cabeçada na rede aos 29, após Elsinho mandar para a área. O autor de 12 gols pelo Figueirense no Brasileirão colocou de cabeça na rede. Mas não valeu. O atacante estava bem adiantado e o impedimento foi assinalado.
A melhor e única chance da Portuguesa no primeiro tempo foi aos 31 minutos. Em chegada pela direita, Luís Ricardo mandou para área. Os homens da Lusa tramaram e colocaram Léo Silva, que vinha de trás, na pinta e já dentro da área. Mas ele mandou colocado até demais. O balão passou rente ao poste esquerdo de Wilson. O Figueira respondeu com Claudinei, que cabeceou antes dos zagueiros, mas no meio do gol e nas mãos de Dida.
Eficiente, Lusa mantém o placar fechado
Na mesma batida voltou o Figueirense para o segundo tempo. lançado à frente, Aloisio avançou até o bico esquerdo da pequena área e antes da chegada do marcador deu um toque de direita. A bola passou por Dida e na frente de Ronny, que não encostou e viu a bola sair pela linha de frente. Na sequência, o Figueira quase foi punido por não fazer o gol. Luis Ricardo cruzou com precisão para Bruno Mineiro, sozinho na área. Ele tentou a cobertura de Wilson, que se esticou e respirou aliviado pela bola tocar no travessão e sair pela última linha.
Dida, seguro na maior parte do jogo até então, falhou e por pouco não deu a bola de presente para Aloisio marcar. Julio Cesar cruzou da esquerda e Dida se atrapalhou. O camisa 9 do Figueira chegou para dar o chute e o goleiro se recuperou. Depois de metade da etapa, a Lusa passou a dar sinais de que estava satisfeito com o empate. O time ficou mais fechado, mas não abdicou de sair com os três pontos. Aos 33, Marcelo Cordeiro quase marcou de falta. A bomba assustou Wilson, mas foi para fora.
Também de falta, Moisés tentou aos 39 minutos. A batida do lado esquerdo do gramado foi para o gol e no punho do camisa 1 do Figueirense, que tirou de soco. No instante seguinte o retrato do desespero do time catarinense. Mancando e com dores, Aloísio tentava ajudar a equipe, mas suas feições não escondiam o sofrimento de estar lesionado e ter que continuar em campo. Saiu, torceu do lado de fora e escutou as vaias da maioria dos 3.118 que estiveram no estádio.
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