Rafael dos Anjos, sobre ser o número 1 do Brasil nos leves: 'Difícil dizer'

Lutador carioca chega à sua sétima vitória nas últimas nove lutas e diz que vai ter paciência para disputar o cinturão da categoria

Por Klima Pessanha Rio de Janeiro

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O Brasil foi representado por dois brasileiros no UFC 154, sábado, em Montreal (CAN), e teve 50% de aproveitamento. Enquanto Rodrigo Damm foi derrotado por Antonio Carvalho no card preliminar, Rafael dos Anjos dominou o combate contra Mark Bocek e ficou com o triunfo após decisão unânime dos jurados. Mais do que superar um canadense lutando em casa e empurrado pela torcida, o carioca de 28 anos manteve uma boa sequência de vitórias e está cada vez mais próximo do patamar onde estão os principais lutadores do peso-leve do Ultimate.
Rafael chegou ao seu terceiro triunfo seguido, o sétimo nas últimas nove lutas. São poucos os atletas dentro do UFC que têm esse retrospecto na categoria. Entre os brasileiros, o carioca tem a melhor sequência de resultados, mas mesmo assim ele prefere manter os pés no chão e disse que não considera o número 1 do país no peso-leve.
- Há muitos caras duros por aí, o Gleison Tibau, o Thiago Tavares... É difícil dizer. Para falar a verdade, nunca parei para pensar sobre isso. Na categoria como um todo, acredito que já estou ali entre os dez ou 15 melhores e quero desafios novos. Sei que uma disputa título não está tão perto, mas também não está longe. Quero ir até lá passo a passo, sou paciente - disse Rafael dos Anjos, por telefone, ao SPORTV.COM.

Rafael dos Anjos comemora vitória sobre Mark Bocek (Foto: Agência Getty Images)

Wrestling de Bocek preocupava
Na luta de sábado, Rafael dos Anjos teve grande performance e chamou a atenção principalmente pela eficiente defesa de quedas. Mark Bocek tentou derrubar o brasileiro em 11 oportunidades e não teve êxito em nenhuma delas. Rafael defendia e contra-atacava na mesma moeda, tendo sucesso em quatro das cinco vezes que tentou colocar o canadense no chão.
- Fiquei mais preocupado com as quedas porque assisti às lutas anteriores dele (Bocek) e ele conseguia colocar todo mundo para baixo. Até mesmo quando ele lutou contra o Ben Henderson (em 2011), que é canhoto como eu e atual campeão, conseguiu derrubar umas cinco ou seis vezes, se não me engano. Treinei muito wrestling e consegui empurrar a cabeça dele para baixo sempre que tentava me derrubar. Então, acho que consegui ir bem nessa parte, estou feliz - explicou o carioca.
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Rafael dos Anjos vai tirar alguns dias de folga para descansar um pouco e recuperar o pé, um pouco machucado por causa dos chutes que deu na luta. Ele quer voltar aos treinos na semana que vem. Por enquanto, ele só pensa em comer à vontade.
- Está na hora de tirar a barriga da miséria (risos).