Veloz, frio e fanfarrão: o jeitão de Kimi Raikkonen, o 'Homem de Gelo' da F-1
Talentoso nas pistas e dono de personalidade peculiar, finlandês da Lotus conquista fãs e dá tempero ao mundo automatizado e previsível da categoria
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perdido voo para São Paulo (Foto: Reprodução)
Se em comemorações e com os amigos o finlandês se solta e curte o momento, diante de câmeras e microfones o “Homem de Gelo” faz jus ao apelido. No rosto, a expressão é neutra e constante. Não parece feliz, muito menos triste. No máximo entediado, demonstrando uma leve ansiedade para que acabassem os compromissos profissionais.
Um perfil excêntrico que arrebata fãs ao redor do mundo e dá um tempero a mais no automatizado mundo da categoria. Na entrevista, frases curtas, fala arrastada e voz baixa, quase sussurrando, como se estivesse com preguiça de responder. Sobre a expectativa de disputar o título de 2013 após conquistar sua primeira vitória em seu retorno à F-1, no GP de Abu Dhabi, em outubro, foi direto:
- Nós tentaremos – resumiu.
presenteada à equipe da Lotus (Foto: Reprodução)
- Eu não me importo. Eles quiseram fazer...
Campeão mundial em 2007, Kimi é avesso ao mundo de compromissos extra-pista que cercam a Fórmula 1 moderna. A rotina incessante de entrevistas, coletivas e eventos promocionais foi um das razões de se afastar momentaneamente no fim de 2009. Foram dois anos no mundial de rali, até a volta à F-1 através da Lotus neste ano. Raikkonen tem feito uma temporada consistente para quem não guiava um monoposto há dois anos. Parecia que nunca havia saído da categoria. Pontuou em 18 das 19 etapas, subiu sete vezes ao pódio – uma no lugar mais alto – e ocupa a terceira posição na classificação, atrás apenas dos dois pilotos que disputam o título neste domingo, Sebastian Vettel e Fernando Alonso. O finlandês fez uma avaliação positiva de seu retorno.
- Tem sido bom. Claro que quando você começa bem, sempre quer ir melhor. Mas no geral, tem sido bom. Não conhecia ninguém, não sabia o quão bom o carro era e eles tiveram muita dificuldade no último ano – analisou, lembrando as dificuldades vividas pela equipe em 2011.
- No passado, pelo menos, quando chovia, criavam rios na pista. Ela ficava traiçoeira. Em alguns lugares aquaplanava. Sabemos que há chance – destacou.
- Não sabemos o que pode acontecer. Eles estão muito próximos. Dois caras com grande talento, Vettel e Alonso. Qualquer erro pode gerar uma chance inesperada
um fim de semana de Fórmula 1(Foto: AP)
- Acho que para todo mundo é bom quando a temporada acaba. Principalmente para o time, porque eles trabalham muito duro, viajando muito. É bom ir para casa, recarregar as baterias e se preparar para o próximo ano.
Questionado para quando planejava uma segunda aposentadoria da F-1, foi seco.
- Tenho contrato para ano que vem. Então, não tenho planos sobre isso.
E para terminar, uma pergunta sobre Felipe Massa. Afinal, os dois foram companheiros de Ferrari de 2007 a 2009, e devem se conhecer bem. Após reagir no campeonato, o piloto brasileiro pode voltar a disputar títulos futuramente?
- Não sei – resumiu.
Esse é o Iceman.
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