Fator visitante pode ser atenuante em julgamento do Timão na Conmebol
San José poderá dividir responsabilidade com o Corinthians pela morte do torcedor boliviano depois de permitir a entrada de sinalizadores no estádio
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O presidente do San José, Freddy Fernández, viu falha da polícia de Oruro na questão da segurança do público. Segundo o dirigente, as revistas foram feitas só nos jornalistas e torcedores bolivianos. O clube informou que vai apresentar sua defesa à Conmebol com base na investigação policial para que a entidade sul-americana tome suas decisões.
No código disciplinar, o artigo 18 traz uma relação de possíveis punições para os clubes em situações de "comportamentos inadequados da torcida", como advertências, repreensões, multas de R$ 200 a R$ 200 mil, anulação ou repetição do jogo, perda de pontos, atuar com portões fechados, proibição de jogar em um estádio ou um país, exclusão da competição (presente ou de futuras edições) e perda de licença. Apesar da gravidade do caso, o risco de exclusão do torneio, entretanto, é improvável para as duas equipes.
Diferente do Brasil, identificação de infrator não livra clube de culpa
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No Brasil, quando há problemas envolvendo torcidas no estádio, na
maioria das vezes em casos de objetos arremessados no campo, o clube
pode escapar de punição se o infrator for identificado e punido, segundo
determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Mas na
Conmebol não há orientação para esse tipo de situação no código
disciplinar. Mesmo que encontrem o autor do disparo do sinalizador que
matou o jovem boliviano, Corinthians e San José ainda serão punidos.
Porém, a identificação do culpado pode amenizar a futura punição no
julgamento.Em Oruro, 12 torcedores do Corinthians estão detidos em uma cela na "Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen" (Força Especial de Luta Contra o Crime) como suspeitos. Todos se dizem inocentes no caso. A polícia informou que apreendeu nove sinalizadores de navio no meio da torcida alvinegra no estádio, logo após a tragédia.
Presidente do Tribunal de Disciplina, o brasileiro Caio Rocha - que também é vice-presidente do STJD - não poderá participar desse julgamento, pois o código veta a participação de advogados dos países dos clubes envolvidos. Com isso, o uruguaio Adrián Leiza assumirá novamente a presidência do tribunal, assim como aconteceu no caso da avalanche da torcida do Grêmio, no duelo contra a LDU na pré-Libertadores, e como fará em relação ao caso da final da Copa Sul-Americana do ano passado, entre São Paulo e Tigre, da argentina.
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