Meu Tesouro: presente da torcida, busto é o maior orgulho de Pepe
Em meio a medalhas e honrarias dos quatro cantos do mundo, 'Canhão da Vila' exalta homenagem recebida após título mundial do Santos, em 62
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- A torcida do Santos era comandada pelo Jucir Campos, um grande alvinegro, infelizmente já falecido. Eu era considerado um jogador-símbolo do Santos, o "Menino de Ouro", como me chamavam. Eu já tinha 27 anos de idade. E eles (torcedores) me deram esse presente, que eu guardo com grande carinho. Isso não tem preço. É algo que estará gravado eternamente na lembrança da família Macia.
até as 'entradas' da calvície' (Foto: Lincoln Chaves)
- Eles fizeram até as "entradinhas" no cabelo, pois eu já estava ficando calvo (risos)... Não há dinheiro que pague esse sentimento. Eu sou muito emotivo. Tenho muitas medalhas, mas esse troféu (busto) é, realmente, o mais importante que já conquistei. As homenagens que já recebi são todas importantes, mas essa foi da torcida. Significa o carinho do torcedor do Santos pelo Pepe, desde aquela época.
Memórias do Rasunda
tem lugar especial no acervo (Foto: Lincoln Chaves)
Chama atenção, contudo, uma das últimas honrarias recebidas pelo ídolo alvinegro, devidamente arquivada em um armário de vidro, próximo ao busto. Trata-se da medalha que Pepe recebeu em agosto último, antes do amistoso entre Brasil e Suécia, quando foi homenageado no Estádio Rasunda, em Estocolmo - palco do primeiro título mundial da Seleção, em 1958. Na ocasião, o "Canhão da Vila" (que foi banco na decisão) dividiu os holofotes com Pelé, Mazzola, Zito e oito jogadores da Suécia vice-campeã mundial.
- Foi incrível. Ficamos um dia, voltamos no outro. Mas valeu a pena. Aproveitei também para levar a minha esposa e dar um passeio (risos). Foi maravilhoso ser lembrado, ainda mais porque faz tanto tempo... Encontramos os componentes daquela Suécia, almoçamos juntos. Foi uma festa de Primeiro Mundo, do jeito que os suecos sabem fazer.
carreira de Pepe (Foto: Lincoln Chaves)
- Naquela época, não havia troca de camisas. Eu tenho meia-dúzia (de camisas), mas que são de pouco tempo atrás, já como treinador, dos clubes pelos quais passei, como Guarani e Ponte Preta. Em 1955, dei a camisa do título para um grande amigo, já falecido. Mas isso (ficar com o uniforme) não era muito comum.
O que não diminui em nada a riqueza do Memorial que Pepe mantém, com zelo e carinho, dentro da sala de casa.
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