Campeão interino do Jungle superou lesão grave e traumatismo craniano
Macapaense Robson New ficou dois anos e meio parado por conta da luta contra Fabrício Guerreiro e ouviu do médico que teria de se aposentar
Comente agora
E as sequelas vieram mesmo. Até hoje Robson tem a chamada amnésia curta. Ele às vezes não se lembra direito de coisas que acabaram de acontecer. Mas nada que, segundo ele, atrapalhe-o nas lutas. O macapaense ficou dois anos e meio afastado do MMA e, após esse período, voltou a treinar aos pouquinhos. Ao perceber que se sentia bem, quis se testar no cage novamente. Se vencesse, seguiria no esporte. Se não, pararia. E não é preciso dizer qual foi o resultado daquela ocasião. Culminou no futuro com a vitória por finalização, com pouco mais de um minuto do primeiro round, sobre o gaúcho Wagner Noronha, no Jungle Fight 50, realizado em Novo Hamburgo (RS), no último sábado, e que rendeu a ele logo de cara o cinturão interino dos moscas (até 57kg).
- Eu voltei a lutar contra o Jean Sentinela, um atleta muito dedicado do nosso estado. Ele, inclusive, é meu amigo, meu parceiro. Só que lá em cima a gente é bem profissional e faz o trabalho. Consegui ganhar em pouco tempo no primeiro round, e isso foi o grande incentivo para eu voltar de vez. Desde lá, Deus está me concedendo vitórias. O Wallid (Ismail, presidente do Jungle) agora me deu a oportunidade, e fiz meu trabalho. Finalizei, mas se não tivesse finalizado ia buscar o nocaute, até porque sou um atleta completo e não gosto de enrolação.
Blog UltiMMAto: confira notícias, vídeos e curiosidades sobre o mundo do MMA
Hamburgo (Foto: Ivan Raupp / SporTV.com)
- É muito treino na guarda. Treino muito jiu-jítsu e muay thai, estou preparado para trocar pancada em cima e finalizar no chão. Ele vacilou ali com o braço, aproveitei e finalizei. Só largo quando o juiz para, sou profissional. É o meu trabalho. Creio que machuquei o braço dele, porque ele não bateu, mas pedi desculpas para ele depois. Só fiz o meu trabalho.
De origem humilde, Robson vive com a família na capital do Amapá e, após ficar o domingo em Porto Alegre, será recebido com festa nesta segunda-feira em sua cidade. Ele está desempregado no momento e espera ter cada vez mais sequência nas lutas para poder viver disso definitivamente. A mãe dele até brinca com o fato de Robson passar o dia inteiro na academia:
- Minha mãe fala que vai comprar uma rede para eu colocar na academia, porque eu paro em casa. Treino de manhã, de tarde e de noite, só chego em casa para dormir.
- A gente gosta de dividir o pouco que tem. Gosto de ajudar os mais necessitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário