Pettis se encanta com o Brasil e diz que Aldo é mais difícil do que Bendo

Americano afirma que esperava enfrentar o brasileiro bem antes de agosto,
mas não se arrepende: 'Eu pedi essa luta, tenho que estar pronto para ela'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro

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Não bastasse a pequena diferença de apenas 4kg entre elas, as categorias peso-pena e peso-leve ficaram ainda mais integradas recentemente por conta do casamento das lutas. Campeão até 66kg, José Aldo vai enfrentar o até então principal desafiante ao cinturão até 70kg, Anthony Pettis, no UFC 163, dia 3 de agosto, provavelmente no Rio de Janeiro. O americano, que pediu para descer de divisão para fazer esse combate, já venceu o atual campeão dos leves, Ben Henderson, quando os dois estavam no extinto WEC. E qual campeão é o melhor? Para Pettis, o brasileiro é um adversário mais difícil do que o compatriota:

Anthony Pettis é tietado por fã brasileiro em academia na Ilha do Governador (Foto: Ivan Raupp)

- Considerando que eu lutei contra o Ben Henderson e conheço o estilo dele, digo que o José Aldo é um casamento mais difícil. Ele é completo, ainda não chegou nem perto de ser batido. Considerando que já ganhei do Ben Henderson, o Aldo é uma luta mais difícil para mim - disse, durante entrevista coletiva realizada na academia Pro Quality Fitness Center, na Ilha do Governador, nesta quinta-feira.
Pettis chegou ao Rio de Janeiro nessa quarta para incrementar os treinos de jiu-jítsu com os irmãos Diego e Daniel Moraes. O americano se encantou com a Cidade Maravilhosa e até brincou com as distrações que o lugar lhe oferece:

Pettis com seu treinador de jiu-jítsu, o brasileiro
Diego Moraes (Foto: Ivan Raupp)

- A cultura é incrível, estou aqui há dois dias e vi que a cidade tem várias distrações. A comida é incrível, a bebida também, estou empolgado por lutar aqui e foi uma boa decisão vir treinar esse tempo no Brasil. Se eu vivesse aqui, não estaria onde estou neste momento na minha carreira por causa dessas muitas distrações (risos).
Quando pediu para descer de peso, logo após José Aldo vencer Frankie Edgar no UFC 156, em fevereiro, Pettis alegou que estava cansado de esperar uma chance pelo cinturão dos leves. No entanto, se tivesse permanecido na divisão de cima, provavelmente lutaria contra Ben Henderson quase na mesma época de seu duelo contra Aldo. Ele afirmou que esperava enfrentar o brasileiro muito antes de agosto, mas não se mostrou arrependido com a decisão:
- Me pularam da disputa de título (dos leves) umas três vezes. Quando eu desci de categoria, me disseram que eu lutaria muito em breve. E o José Aldo já tinha dito que pretendia subir para os leves. Então, acho que seria algo interessante para mim. Nos leves, me garantiram que eu seria o próximo adversário do campeão. Quando desci, eu achei que lutaria muito antes, talvez em junho, mas por alguma razão o UFC colocou só para agosto, provavelmente para ele (Aldo) poder lutar aqui (no Brasil). Eu pedi essa luta, então tenho que estar pronto para ela.

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Sergio Pettis, Pascal Krauss e Diego Moraes posam com o desafiante de José Aldo (Foto: Ivan Raupp)

Faixa-preta de jiu-jítsu, Aldo tem uma trocação impressionante, mas pode tentar levar a luta para o chão por conta das grandes habilidades do oponente em pé. Pettis, entretanto, não acredita nessa possibilidade.
- José Aldo é um dos melhores strikers do mundo, e eu também sou um ótimo striker. A luta vai ser em pé com certeza. As quedas vão ficar resumidos ali a um round - declarou.