Ivan Batman conquista cinturão dos leves do Jungle Fight com finalização
Lutador carioca vence pela quinta vez seguida através de
um mata-leão e finaliza vencedor do GP da categoria, Lúcio Curado, em
apenas 2m10s
Por Combate.com
Barra do Piraí, RJ
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O tocantinense Lúcio Curado era o defensor do cinturão, conquistado com
justiça no GP dos pesos-leves. Porém, o carioca Ivan Batman,
credenciado por nove vitórias nas últimas 10 lutas, era o favorito no
evento principal do Jungle Fight 54, neste sábado, em Barra do Piraí, e
confirmou as expectativas ao derrotar o até então campeão. O lutador da
equipe Team Tavares/Ataque Duplo dominou Curado e o finalizou em somente
2m10s. Foi sua sexta vitória consecutiva, e a quinta seguida através do
mata-leão.
Ivan Batman encaixa o mata-leão que finalizou a luta (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)
Ivan Batman não perdeu tempo e logo catou a perna direita do campeão.
Lúcio Curado tentou se manter de pé e arriscou uma joelhada, mas o
carioca o levou para o chão. Por cima, Batman acertou golpes na cabeça e
passou à meia-guarda. Curado repôs sua guarda e tentou explodir para
sair de baixo, mas o lutador da Team Tavares rapidamente partiu para as
costas e finalizou com um mata-leão, em apenas 2m10s.
- É muita dedicação, muito treino. Tenho que agradecer à toda equipe do
Team Tavares/Ataque Duplo. Esse cinturão não é só meu, é de cada um que
está ao meu lado. Acho que o grande erro dele foi não acreditar nas
minhas quedas e não ter treinado as defesas de queda, porque minha
especialidade é o chão, estou muito tranquilo ali, tanto é que coloquei
para baixo, bati e consegui finalizar - disse um emocionado Ivan Batman,
que não continha as lágrimas pelo título conquistado.
Ivan Batman comemora com o cinturão dos pesos-leves (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)
No coevento principal, as duas lutadoras começaram se estudando muito e
demoraram a partir para o combate. Érica tentou um direto de direita e
mergulhou buscando uma queda, mas Bethe conseguiu se esquivar. A
paraense telegrafou um chute no corpo e acabou colocada para baixo por
Bethe. A potiguar, todavia, não tinha nenhum interesse em ficar no chão:
rapidamente se pôs de pé e passou a defender as quedas. Érica ainda
conseguiu fechar uma guilhotina e uma chave de braço no minuto final,
mas Bethe escapou da primeira e foi salva pelo gongo na segunda.
Bethe Correia dominou Érica Paes e conquistou vitória por pontos (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)
Bethe seguiu mostrando bom sprawl no segundo round e acertou bons
golpes em pé. Érica parecia mais cansada após fazer muito esforço por
quedas e finalizações, e apelou para chamar a adversária para o chão.
Seus cruzados passavam no vazio, enquanto Bethe encaixava bons jabs e
chutes baixos. No minuto final, a paraense puxou a rival para sua
guarda, mas Bethe se levantou e conseguiu um knockdown com um direto de
direita. No último round, a potiguar continuou melhor, se movimentando
bem, enquanto Érica apenas a perseguia. Quando tentou a queda, foi bem
travada. Ela ainda tentou virar o round com joelhadas no corpo no
clinche do muay thai, mas levou outro knockdown com um direto de
direita. Bethe saiu do combate dançando e rebolando em comemoração. Ela
foi anunciada vencedora por decisão unânime.
- Eu sabia que a Érica Paes queria me levar para o chão e eu treinei o
anti-jiu-jítsu, para não ser derrubada - contou Bethe Correia, que segue
invicta em seis lutas.
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A ex-BBB Marien (centro) foi ring girl convidada, ao lado de Geisa Vitorino e Syllvia Andrade (Foto: Ivan Raupp)
Saldo empatado para lutadores da casa
Desde o início, a torcida de Barra do Piraí mostrou empolgação incomum,
berrando e torcendo mesmo em lutas sem representantes locais, como a
primeira luta da noite, entre Alexandre Capitão e Leandro 7 Bala.
Capitão rapidamente encurtou a distância, cinturou 7 Bala e jogou para
baixo. Com facilidade, o manauara conseguiu montar e transitar para as
costas. A partir daí, foi fácil: fechou o esgana-galo e finalizou o
faixa-preta de jiu-jítsu 7 Bala em apenas 1m20s.
- Quero dedicar a vitória ao meu sobrinho. Quando eu saí de casa, eu
perguntei, "Sobrinho, o que você quer?" E ele disse, "A vitória, tio!"
Então a vitória é para ele - disse o manauara.
Apesar de estar lutando na casa do adversário - Thiago Manchinha é
natural de Barra do Piraí -, Lucas "Cangaceiro" Melo começou a segunda
luta atacando com golpes em linha. A afobação acabou lhe prejudicando e
Manchinha conseguiu derrubá-lo. A partir daí, pareceu uma reprise da
primeira luta: o fluminense montou sobre o cearense, passou às costas e
buscou um mata-leão. Cangaceiro, porém, mostrou melhor defesa que 7 Bala
e impediu que Manchinha fechasse a posição. Ele sobreviveu até o fim do
round, mesmo com a torcida manifestando-se em uníssono a favor do
atleta local.
No segundo round, Manchinha levou o combate para o chão logo no início
e, desta vez, ameaçou com uma chave de braço. Na metade do round,
Cangaceiro escapou e o árbitro Flávio Almendra recolocou seu adversário
em pé. Porém, o fluminense logo levou o cearense de volta ao solo e
continuou dominando. Ele encaixou uma chave de braço e arriscou um
triângulo, mas não conseguiu finalizar. O terceiro round foi mais do
mesmo, e Manchinha mostrou ter mais gás. Mesmo quando o combate ficava
em pé, o fluminense acertava mais golpes. Ele terminou vitorioso por
decisão unânime, para delírio da torcida.
- Procurei a finalização o tempo inteiro, mas o cara é muito duro. Mas
consegui a vitória para esta torcida - comemorou Thiago Manchinha.
Na terceira luta, entretanto, o lutador da casa não teve a mesma sorte.
Nelsinho Júnior foi dominado por Murilo Filho, que acertou bons golpes
em cima e dominou a luta quando foi para o chão. Por cima, o atleta da
Clayton Mangueira Team castigou o fluminense no ground and pound, até o
árbitro apontar nocaute técnico a favor do lutador de Mendes.
- Sou daqui da cidade ao lado, de Mendes, tive vários parentes e amigos
aqui comigo - disse Murilo, garantindo que teve muita torcida a seu
favor mesmo na casa do adversário.
A quarta luta, entre Guilherme Bomba e Elizeu Capoeira, foi bem
disputada. Bomba começou melhor, mas Capoeira cresceu na metade do
primeiro round e passou a andar para frente e dominar a trocação. No
segundo round, Capoeira voltou a pressionar e seu adversário chegou a
dobrar os joelhos após levar um gancho no queixo. Todavia, Bomba mostrou
queixo duro, se manteve em pé, acertou um pisão frontal e conseguiu
derrubar seu rival. Ele rapidamente tomou as costas e,
surpreendentemente, finalizou com um mata-leão. Foi o melhor confronto
da noite.
No combate internacional do evento, Ederson Lion encurtou a distância e
foi para o clinche com o peruano Jackson Mora no começo. Após os dois
se desvencilharem, a luta ficou aberta, e ambos acertaram golpes
perigosos. O destaque do primeiro round foi um chute alto rodado de Lion
que acertou Mora no rosto. No início do segundo período, o brasileiro
foi para cima rapidamente e acertou em cheio com um cruzado de esquerda
que mandou o peruano para a lona. Mora fez o possível para se defender,
mas Lion pegou as costas e fechou um mata-leão para finalizar a luta.
- Faço parte dessa selva e sou leão dessa selva - disse Lion, em referência ao seu apelido e ao nome do evento.
Confira os resultados completos do Jungle Fight 54:
Jungle Fight 54
29 de junho de 2013, em Barra do Piraí (RJ)
CARD DO EVENTO
Ivan "Batman" Jorge venceu Lúcio Curado por finalização (mata-leão) aos 2m10s do primeiro round
Bethe Correia venceu Érica Paes por decisão unânime
Ederson Lion venceu Jackson Mora por finalização (mata-leão) aos 20s do segundo round
Guilherme Bomba venceu Elizeu Capoeira por finalização (mata-leão) aos 2m25s do segundo round
Murilo Filho venceu Nelsinho Junior por nocaute técnico aos 3m44s do primeiro round
Thiago Manchinha venceu Lucas "Cangaceiro" Melo por decisão unânime
Alexandre Capitão venceu Leandro "7 Bala" por finalização (esgana-galo) a 1m20s do primeiro round
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