Glover não descarta encarar Lyoto no futuro, mas cogita subir de categoria
Amigos, lutadores vivem dilema na categoria até 93kg do UFC, e mineiro conta que eles conversam abertamente sobre isso: 'Não ficamos com rabo preso'
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- A gente tem que conversar e ver como vai ser. Tenho facilidade para subir para o peso-pesado, sou grande. Ao mesmo tempo o Lyoto tem como descer para os médios. A gente tem que sentar e ver. O futuro a Deus pertence. Pode acontecer no futuro, mas a gente não tem pensado nisso - disse em entrevista ao Combate.com.
- O Anderson Silva é o cara, o maior da história, mas ele perdeu e agora todo mundo quer saber de enfrentar o Chris Weidman porque ele tem o cinturão. Todo mundo quer enfrentar o Jon Jones porque ele está com o cinturão. Seria mais saborosa a vitória sobre ele, porque está ganhando várias vezes, mas o objetivo é o cinturão.
O mineiro de Sobrália-MG enalteceu as qualidades de Bader e falou ainda sobre a realização do sonho de fazer uma luta principal em seu estado natal e sobre as melhores lutas que fez na carreira. A seguir, veja a entrevista completa:
COMBATE.COM: Você vai fazer uma luta principal de evento do UFC no Brasil. O que isso representa na sua carreira?
GLOVER TEIXEIRA: É o sonho de todo mundo que está ali. Estou empolgadão com essa luta, vai ser um lutão. O Bader é um cara duro. E vai ser no estado onde eu nasci. Estou muito feliz.
Depois de todo aquele problema com o visto americano, você esperava ter essa trajetória tão rápida e gloriosa no UFC?
A gente sempre espera o melhor. Sempre treinei muito, com lutadores tops, mesmo não estando no UFC. Eu sabia que tinha potencial para lutar no UFC. Treinava com vários caras do UFC e me dava bem. Sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer.
O Ryan Bader é um cara de qualidade, mas está abaixo de você no ranking. Os fãs esperavam uma luta sua contra o Rashad Evans ou alguém desse nível. Você também esperava um cara mais bem posicionado?
Naquele momento eu pensei que seria o Rashad, porque ele falou depois da luta que poderia me pegar. Mas o Bader também está na lista. Ele fez várias lutas no UFC. Perdeu para o Lyoto, mas venceu a última no primeiro round de forma rápido. Está nos tops há bastante tempo. Não foi uma surpresa. Eu sabia que poderia ser ele.
Acha que uma vitória sobre o Bader pode te levar à disputa de cinturão? Ou vai precisar de mais uma ou duas lutas?
Não sei. Depende de como você vence, da sua performance, de como você está no dia. Não é ganhar, é como você ganha. Se for uma luta bonita e boa, com certeza pode sim (lhe dar a chance de disputar o cinturão). Mas isso depende do UFC. A gente vai fazer o possível para isso acontecer.
Não estou sabendo de nada, até porque estou com luta marcada.
Qual o seu palpite para essa luta: Jones ou Gustafsson?
Acho que o Jon Jones tem a possibilidade de ganhar, porque tem o wrestling melhor. Ele vai botar para baixo e ganhar no chão.
Muita gente acredita que você é o meio-pesado com mais chances de tirar o cinturão do Jon Jones. Concorda?
Concordo com certeza (risos). Se eu não concordar, vai ser falta de confiança da minha parte. Não sei se só eu, mas acredito no meu potencial sim.
Enfrentar o Jon Jones, número 1 do ranking peso por peso e muito badalado atualmente, é um grande objetivo seu? Ou é conquistar o cinturão, independentemente do rival?
É independentemente do adversário. Se ele perder ou mudar de categoria, vou estar lá e buscar cinturão. O Anderson Silva é o cara, o maior da história, mas ele perdeu e agora todo mundo quer saber de enfrentar o Chris Weidman porque ele tem o cinturão. Todo mundo quer enfrentar o Jon Jones porque ele está com o cinturão. Seria mais saborosa a vitória sobre ele, porque está ganhando várias vezes, mas o objetivo é o cinturão.
Você e Lyoto estão nas cabeças, e uma luta entre vocês é cada vez mais possível. Você aceitaria enfrentá-lo?
A gente deixa isso mais neutro, porque não pode começar falando muito. Nós somos muito amigos e vamos evitar ao máximo.
Belém (Foto: Reprodução Twitter)
Claro, já zoei demais, a gente brinca o tempo todo. O Lyoto é meu amigo mesmo, de sair com ele, beber e falar tudo. Eu e o Lyoto somos assim, não ficamos com rabo preso.
Pelo cinturão você aceitaria enfrentar o Lyoto?
Depende, né? A gente tem que conversar e ver como vai ser. Tenho facilidade para subir para o peso-pesado, sou grande. Ao mesmo tempo o Lyoto tem como descer para os médios. A gente tem que sentar e ver. O futuro a Deus pertence. Pode acontecer no futuro, mas a gente não tem pensado nisso.
Olhando para trás, qual foi a melhor luta que você fez no UFC?
Acho que a melhor luta foi a última (finalizou James Te Huna no primeiro round com uma guilhotina). Eu me senti muito bem, estava muito bem preparado, sem lesão nenhuma.
E a melhor luta da sua carreira inteira?
Acho que foi a luta contra o (Rameau) Sokoudjou (venceu por nocaute no primeiro round no WEC, em 2006). Foi muito boa para mim. Foi muito rápido, e eu estava muito bem, quase perfeito. Outra luta que sempre brinco foi a de 5 segundos (nocauteou Jorge Oliveira em apenas 5s, em 2008). Essa foi perfeita, foi rápida. Você ganha o dinheiro rápido e vai embora rápido (risos).
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