'Aldo teve sorte por lesão do Zumbi Coreano', afirma técnico de Lamas
Daniel Valverde, responsável pelo wrestling e chão do
americano, acredita que confiança será fator decisivo para tomar
cinturão dos penas do brasileiro
Por Alexandre Fernandes
Rio de Janeiro
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Desafiante ao título dos pesos-penas diante de
José Aldo, dia 1º de fevereiro, na luta principal da noite do UFC 169, Ricardo Lamas sabe que este será o
duelo
mais importante de sua carreira no MMA. Para o confronto, inclusive, o
americano contará com os brasileiros Cesar Carneiro, para comandar o
treino de boxe e Muay Thai, e Daniel Valverde, responsável pela parte de
wrestling e chão do lutador, na fase final da sua preparação.
Em entrevista por telefone ao
Combate.com, os
treinadores se mostraram confiantes que o cinturão poderá mudar de mãos
no ano que vem, ressaltando que o adversário da vez poderia ser outro,
caso Chan Sung Jung não tivesse se machucado no confronto de 3 de
agosto, no UFC 163, no Rio de Janeiro, quando acabou derrotado por José
Aldo no quarto round.
José Aldo e Ricardo Lamas se enfrentam no UFC 169, em fevereiro (Foto: Getty Images)
- Essa, com certeza, é a luta mais importante da carreira do Ricardo
Lamas. Estamos muito felizes pela confirmação, mas claro que era algo
que já esperávamos, até mesmo pela maneira como ele veio construindo sua
trajetória no UFC, com quatro vitórias contundentes. Agora vamos
trabalhar muito duro para vencer um lutador completo como é o José Aldo,
mas que é um ser humano e possui falhas. Tanto que na luta contra o
Zumbi Coreano ele deu um pouco de sorte porque o cara estava crescendo
no combate quando se machucou - afirmou Daniel Valverde, faixa-preta de
judô e jiu-jítsu.
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Na luta contra o Zumbi Coreano, ele (José Aldo) deu um pouco de sorte
porque o cara estava crescendo no combate quando se machucou"
Daniel Valverde
Com três meses para se preparar para a luta, Valverde não imagina que o
longo tempo entre a última vez que Lamas subiu no octógono, diante de
Erik Koch em janeiro, e o confronto de fevereiro vá fazer alguma
diferença no ritmo de jogo do americano. Muito pelo contrário. Segundo o
treinador, quem sairia em alguma desvantagem seria justamente José
Aldo, por ter se lesionado mais recentemente.
- Eu acho que quando você está sem lutar por lesão, consequentemente,
você pode sofrer uma falta de ritmo de treino. E Ricardo não está
machucado. Ele já vem treinando wrestling e movimentação no chão. Por
ter lutado só em janeiro, ele pode perder um pouco da adrenalina da
luta. Mas ele é um competidor nato, já está no meio há muito tempo,
lutando wrestling, tem muita experiência e está saudável. Já o José Aldo
é justamente o contrário, já que ele se lesionou em agosto contra o
coreano - ressaltou o treinador.
Técnico também da brasileira
Amanda Nunes,
que fará sua segunda luta no UFC, dia 6 de novembro, contra Germaine de
Randamie, Daniel Valverde vê como maior perigo de José Aldo a
imprevisibilidade do manauara, por ser perigoso tanto em pé quanto no
chão. Por isso, o treinador diz que tudo deve ser usado para conseguir o
objetivo final. Até mesmo usar do idioma para tentar desvendar as
instruções de Dedé Pederneiras no córner oposto.
Daniel Valverde e Cesar Carneiro também treinam a brasileira Amanda Nunes no UFC (Foto: Ivan Raupp)
- Acho que ser brasileiro pode ajudar sim. O Ricardo conhece algumas
palavras de português também e a gente sabe como eles trabalham, como o
Dedé Pederneiras, que faz um excelente trabalho lá, gosta de trabalhar. O
José Aldo vai ser o cara mais duro que ele já vai ter enfrentado, com
aquelas joelhadas imprevisíveis. Então, até mesmo por saber da
competência do lado de lá, vamos trabalhar ainda mais forte. Agora, o
Ricardo Lamas tem muita confiança no nosso trabalho, por ver como nós
fazemos também com a Amanda Nunes, isso aumenta muito a confiança dele.
Vão ser 10 semanas trabalhando incessantemente para buscar esse sonho do
título - disse Daniel Valverde.
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