Preparador físico acha que Spider devia parar, mas promete apoio
Rogério Camões diz que Anderson Silva 'fez demais' pelo esporte e estava bem na passagem do primeiro para o segundo round contra Chris Weidman
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Anderson Silva (Foto: Reprodução )
- Acho que o Anderson não tem nada a provar para ninguém. Eu até falei para ele no dia seguinte, "Você não fez muito não, você fez até demais." Ele não tinha que se desculpar por nada. Mas o Anderson é um cara que tem muita personalidade. Ele sempre escolheu muito os treinadores, os amigos, as lutas. Ele sempre pediu opinião aos treinadores, mas sempre fez as escolhas dele. É um momento muito difícil. O cara é um supercampeão e eu sou como um pai para ele. É muito difícil e ele tem que tomar um tempo. A recuperação é o mais importante para mim agora. Depois que ele se recuperar, a escolha que ele fizer, vamos apoiar - garantiu Camões no programa de rádio "Mundo da Luta", na noite de domingo. Ele se emocionou e chorou durante a declaração.
Como um dos responsáveis pelo córner de Anderson Silva na luta com Weidman, o preparador viu de perto a chocante lesão sofrida pelo lutador e relatou ter ouvido um barulho muito alto no momento do choque. Ele disse ainda que o ex-campeão dos pesos-médios sentiu muita dor, que foi difícil colocá-lo na maca porque estava difícil de imobilizar a perna, e que Spider precisou ser medicado no caminho do hospital em que passou por cirurgia.
- Foi a imagem mais chocante que eu já vi. Nunca tinha visto coisa tão chocante em mais de 20 anos de carreira. Nunca tinha visto um acidente tão grave - afirmou Camões.
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Também na entrevista ao "Fantástico", Anderson Silva afirmou que Weidman não deveria considerar a luta uma vitória e que tem "plena certeza" que venceria a revanche se não tivesse sofrido a lesão. Para Camões, o lutador brasileiro estava bem e poderia ter virado o jogo a partir do segundo round.
- Não esperávamos aquilo. A gente estava confiante antes de entrar no segundo round. Quando fomos para o córner entre o primeiro e segundo round, o Anderson disse, "Estou bem, levei uma mão dele por baixo, mas estou bem, consegui desgastá-lo bastante." A estratégia era manter o Anderson em pé, usar o muay thai dele, que é o que ele tem de melhor. Ele estava muito focado. Durante os três meses desse camp, ele não brincou. Ele é um cara que sempre brinca muito e, desta vez, ele estava muito sério, muito focado, não brincou com ninguém. Ele buscou muito a essência dele, o muay thai, e ele começou a usar isso, chutou duas vezes, e ele jogou muito forte aquele chute. Se não quebra a canela dele, se pegasse também, seria prejuízo para o Chris Weidman - disse o preparador físico.
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